Vinhos para contrariar o mau tempo e descontrair
Aproxima-se o tempo mais frio e as chuvas, que nesta altura são tudo menos “mau tempo”. Dois espumantes a Norte e a Sul, dois tintos com as mesmas latitudes, um Moscatel premiado e um branco com assinatura Reynolds.
Gloria Reynolds Branco 2020
Dos produtores Julian & Carlos Reynolds, com enologia de Nelson Martins, este branco alentejano provém de uma vinha localizada num cabeço da Herdade da Figueira de Cima, a uma altitude de 400 metros. Com a influência climática da Serra de São Mamede, este branco é feito exclusivamente com a casta Antão Vaz. Foram lançadas apenas 3000 garrafas com fermentação longa em depósito inox e estágio em barricas de carvalho francês sobre borras finas durante um ano. €36
Fita Azul Brut Nature Reserva
Um espumante da casa Vinhos Borges que celebra os quase 90 anos da marca e as várias gerações envolvidas. O espumante "multimillesimé", isto é, feito de vários anos considerados melhores, foi produzido pelo método clássico. Estagiou 15 meses em cave, sem adição de açúcar no licor de expedição. Desde 1934 que o vinho tem vindo a apresentar uma gama desde doce, meio-seco, seco e bruto, a este brut nature. €7,39
Quinta do Boição Reserva Bruto Arinto Camarate
Proveniente da quinta em Bucelas, uma das sub-regiões mais pequenas e antigas de Portugal, da gama de Espumantes Prestige, o vinho foi elaborado apenas com a casta Arinto de Bucelas com dégorgement em 2022. Elaborado pelo método clássico com estágio em cave durante um ano, em contacto com as borras. Foram produzidas 1699 garrafas. €18,99
Pôpa Reserve Tinto 2020
Um blend de Touriga Franca (45%), Touriga Nacional (30%), Tinta Roriz (15%) e Tinto Cão (10%) de vinhas com mais de 40 anos, com origem na Quinta do Pôpa. A vindima foi manual e os cachos parcialmente desengaçados. Maceração pré-fermentativa a frio, seguida de fermentação alcoólica em cubas de inox. Estagiou em partes iguais, em inox e em barricas de carvalho francês, sobre borras finas, durante nove a dez meses. €11,50
Monsaraz Cabernet Sauvignon 2020
Um tinto feito na região de Reguengos no Alentejo, da casa CARMIM, monocasta Cabernet Sauvignon, com enologia de Rui Veladas e Tiago Garcia. Vindima manual com as uvas desengaçadas e esmagadas, seguidas de maceração pré-fermentativa. Estagiou em barricas novas de carvalho francês durante 12 meses. Após o engarrafamento, o vinho estagia em garrafa durante três a seis meses em cave. €6,99
Moscatel Terras do Sado 2021
Este vinho de Setúbal conquistou recentemente uma medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, realizado na Sicília. A Sociedade Vinícola de Palmela revela o orgulho pelo voto de confiança que contribui para a expansão da cultura vitivinícola da região além-fronteiras. Nascido em solos arenosos e argilosos, o monocasta Moscatel beneficiou de uma sessão, pela primeira vez naquele concurso, inteiramente dedicada aos vinhos doces e fortificados. €3
Quinta de Baixo, um laboratório de grandes vinhos
Dirk Niepoort disse-o várias vezes, "a Bairrada sempre foi a minha grande paixão”, e foi na Quinta de Baixo que colocou todo o seu amor. E o filho Daniel.
António Pinto, de empresário a produtor de vinhos: “Prefiro pagar o preço pela minha independência”
O empresário transmontano que fez carreira no Porto lançou-se como produtor de vinhos verdes há 18 anos. Devagar, sem se render às grandes superfícies, conquistou um lugar no mundo dos vinhos portugueses.
Vinhos para provar com tranquilidade, dos 8 aos 300 euros
Numa altura em que as vinhas se começam a preparar para descansar, há novas colheitas e apostas recentes que passam, por exemplo, pelos Açores. Um rosé insular, um branco francês e outro de origem alemã, dois tintos a norte e um Porto com uma idade invejável.
Vinhos para surpreender (e alguns com potencial de guarda)
Na última semana do mês, o lançamento de um vinho do Dão que faz corar de vergonha os “reserva” que vão saindo todos os anos. Um transmontano com um posicionamento acima do comum, dois brancos do Alentejo e Douro, um tinto de Mértola e um espumante dos verdes.
Vinhos para brindar ao outono dos €6 aos €900
A um dia de entrar em outubro, faz sentido celebrar o mês onde grande parte dos vinhos já foram vinificados com um espumante, neste caso, um blend rosé. Da mesma região demarcada dos verdes, um tinto, dois alentejanos e um do Tejo, também tintos, e uma edição rara de vinho do Porto velho.
Vinhos para experimentar sem medos (incluindo um com 16,5% de álcool)
O São Martinho já lá vai, mas neste mês ainda se fazem aguardentes e, no vinho, escoam-se os excessos da chuva para não prejudicar as cepas. Dois tintos alentejanos da mesma casta para comparar e um outro clássico da região. A norte, uma produção exclusiva, um branco de excelência e um conhaque com nome e história.
Vinhos que assinalam o lavar dos cestos
Terminadas as vindimas em quase todo o país, é tempo de enologia onde as fermentações e estágios são preparados cuidadosamente. Uma estreia dos Açores, da ilha Terceira, com Adega dos Sentidos, ainda quatro brancos que percorrem o continente e um tinto de Mértola.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.