Vinhos para celebrar as vindimas
Num mês em que tradicionalmente acontecem as vindimas – há regiões que as fazem mais cedo e outras mais tarde –, vinhos que evocam uma das atividades mais antigas na agricultura. Dois tintos do Tejo e Douro, três brancos a Sul e a Norte e um açoriano com pontuações únicas.
Vinha dos Ultras – 1ºs - Jeirões 2020
Um Arinto dos Açores (com mais de 95%), field blend, numa produção de 867 garrafas. A enologia é de António Maçanita e as uvas provenientes de uma vinha com 60 a 80 anos a 80 metros do mar, onde domina o Arinto dos Açores, mas existem também Verdelho, Boal e Alicante branco. Vindimado à mão, vinificado em inox e em barricas de carvalho francês durante 12 meses. A revista Wine Advocate atribuiu 96 Pontos Parker, a maior nota alguma vez atribuída a um branco português. €295
Cabeça de Toiro Reserva Nature 2018
Um tinto de homenagem à Natureza, da Quinta de S. João Batista, inserida na Reserva Natural do Paul do Boquilobo (por cada garrafa vendida serão doados 0€,50), feito pelo enólogo Nuno Faria a partir das castas Syrah e Touriga Nacional. Um vinho DOC Tejo a pensar no ambiente com a ausência de cápsula e o rótulo constituído por fibras de algodão recicladas. €9,99
Gorro Alvarinho 2021
Um vinho branco monovarietal da Portugal Boutique Winery da sub-região Monção e Melgaço proveniente de vinhas de solo granítico influenciado pela Serra D’Arga. Vindima manual em caixas de 20 quilos com desengace total, esmagamento, seguida de prensagem. Estágio em inox sobre as borras finas durante cinco meses. Os responsáveis referem que se pretendeu mostrar o perfil tradicional da casta. €14
Casa da Atela Fernão Pires 2021
De uma vinha com cerca de 20 anos de idade, instalada em solos arenosos de charneca, pobres e bem drenados em Alpiarça, este branco monocasta com enologia de António Ventura fermentou cerca de 65% em pequena cuba de inox e os restantes 35% em barricas de 500 litros usadas. A casta é das mais expressivas e emblemáticas dos vinhos do Tejo. Teve batonage durante 130 dias. €12,75
Rafeiro Branco 2021
Feito na Herdade Monte Branco a partir das castas Arinto e Antão Vaz com enologia de António Ventura e José Figueiredo. Os vinhos confirmam, segundo a casa, a dedicação dos seus criadores e refletem o amor à vinha e à herdade com mais de 200 anos de tradição vinícola. A herdade do Oeste beneficia da influência com variações de temperatura e humidade entre o dia e a noite que determinam a maturação das suas uvas. €6,50
Restrito Tinto Grande Escolha 2017
Da região do Douro Superior, um DOC com enologia de Carlos Magalhães, feito a partir das variedades Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Com uma produção de 2000 garrafas, a vinificação foi feita com desengace, fermentação alcoólica em lagares de granito, com sucessivas pisas a pé a temperatura controlada. Envelhecido em barricas novas de carvalho francês durante 18 meses. €21
João Vicêncio e Nuno Faria. Quem são os enólogos do ano?
Os "Prémios Vinhos do Tejo", atribuídos todos os anos pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), premiaram recentemente empresas e personalidades que se destacaram na região em várias áreas. Entre elas, os enólogos do ano, atribuído à dupla Nuno Faria e João Vicêncio da Enoport Wines. Não tinham ligações às vinhas e ao vinho, mas a relação com o setor mudou tudo.
Há um novo restaurante na baixa lisboeta (e é tudo menos vulgar)
O edifício é histórico, o interior gracioso e o receituário português. No prato, a técnica apurada permite que os produtos regionais brilhem de forma divertida, com apresentação cuidada. É já ali, na rua dos Fanqueiros, que fica o In.Vulgar.
Vinhos para beber com serenidade
A chuva ainda não se manteve neste mês, mas já assustou algumas vindimas que ainda se fazem pelo país fora. Dois monovarietais brancos do Sul e do Norte e um ‘blend’ duriense, um tinto de vinhas velhas transmontanas e dois mais jovens do Alentejo e Douro compõem a lista de sugestões desta semana.
The Art of Flavours: o festival de gastronomia que junta 7 estrelas Michelin no Funchal
Arnaldo Azevedo, José Lopes e Tiago Bonito são apenas alguns dos chefs que vão cozinhar na terceira edição do festival gastronómico, de 16 a 17 de setembro.
Vinhos para festejar o equinócio
Neste dia de renovação nada melhor que fazer um brinde à saúde e fraternidade. Dois tintos que prometem surpreender, dois brancos monovarietais e dois rosés com um oceano entre os seus terroirs.
Vinhos que cheiram a outono
Num mês em que se inicia o outono no Hemisfério Norte e a primavera no Hemisfério Sul, vinhos que começam a antecipar a nova estação.
Vinhos para provar com tranquilidade, dos 8 aos 300 euros
Numa altura em que as vinhas se começam a preparar para descansar, há novas colheitas e apostas recentes que passam, por exemplo, pelos Açores. Um rosé insular, um branco francês e outro de origem alemã, dois tintos a norte e um Porto com uma idade invejável.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.