Prazeres / Sabores

Vinhos escolhidos a dedo para provar já

Num mês em que tradicionalmente se fazem pequenas reparações na vinha e ainda se iniciam novos enxertos em locais abrigados, eis seis vinhos ainda para provar conforme o gosto de cada um. Três tintos que vão do Douro ao Dão e Alentejo, dois brancos durienses e um açoriano que esteve “em parte incerta”.

Foto: Pexels
10 de fevereiro de 2023 | Augusto Freitas de Sousa

(A)parecido Branco 2017

Um branco 100% Arinto dos Açores da cooperativa Picowines da zona da Criação Velha, resultado de uma das primeiras experiências do enólogo Bernardo Cabral. O nome deve-se às cerca de 280 garrafas arrumadas na adega de forma descaracterizada que demoraram algum tempo a ser reencontradas. Quanto ao processo de vinificação, o vinho passou por uma fermentação em barrica antiga e estagiou durante oito meses. €100

(A)parecido Branco 2017.
(A)parecido Branco 2017. Foto: D.R

Vinha do Pinheiro Branco 2019

É o recente vinho da propriedade de José Alves entre a Régua e Mesão Frio com registos históricos que datam de 1484. Com enologia de Paulo Nunes, a seleção das uvas foi manual à entrada da adega, desengace total e maceração peculiar. Prensagem suave seguida de fermentação em barricas. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês de 500 litros. €40

Vinha do Pinheiro Branco 2019.
Vinha do Pinheiro Branco 2019. Foto: D.R

Símbolo 2017

Da casa Poças, produzido a partir das uvas provenientes da Quinta de Santa Bárbara, no Cima Corgo, com enologia de André Pimentel Barbosa. Um tinto feito a partir de castas de vinhas velhas, com 40 a 60 anos selecionadas e vindimadas à mão. Fermentação a temperatura controlada, com remontagem e maceração prolongada. Estagiou 18 meses em barricas novas de carvalho francês de 300 litros de capacidade, acrescido de um estágio de 12 meses em garrafa. €50

Símbolo 2017.
Símbolo 2017. Foto: D.R

Bela Luz Branco 2021

É o mais recente vinho produzido pela Herdade do Rocim com enologia de Catarina Vieira e Pedro Ribeiro. A vinha do Bela Luz é rica na planta Thymus mastichina, principal inspiração dos enólogos para este branco, oriundo de vinhas velhas da sub-região do Cima Corgo, com fermentação em barricas de 500 litros de carvalho francês e em talhas de barro de 140 litros. €27,90

Bela Luz Branco 2021.
Bela Luz Branco 2021. Foto: D.R

Herdade das Servas Reserva Tinto 2017

Um blend do Herdade das Servas fiel às edições anteriores feito a partir das quatro castas Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Alfrocheiro e Aragonez com maior destaque para as duas primeiras. Depois de apanhadas à mão, as uvas passam ainda por uma seleção em mesa de escolha, desengaçadas e fazem a maceração pré-fermentativa e a fermentação ocorre em lagares de mármore e em cubas de inox. Estagiou em barricas de carvalho francês durante 12 meses e em garrafa durante 24 meses. €23

Herdade das Servas Reserva Tinto 2017.
Herdade das Servas Reserva Tinto 2017. Foto: D.R

Taboadella Reserva Touriga Nacional 2020

Um tinto com enologia de Jorge Alves e Rodrigo Costa e viticultura de Ana Mota, da casta Touriga Nacional que os responsáveis da família Amorim referem ser no Dão que melhor se exprime. As uvas foram 100% desengaçadas por vibração e o estágio ocorreu 20% em barricas novas de 500 litros de carvalho francês e 80% em barricas similares, mas de segundo ano, durante 9 meses. €16,99

Taboadella Reserva Touriga Nacional 2020.
Taboadella Reserva Touriga Nacional 2020. Foto: D.R
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