E os melhores vinhos para sardinhas são…
A sardinha é um peixe fácil e dá-se bem com muitos vinhos, mas de alguns é melhor fugir a sete pés. Vamos então descobrir onde apostar e o que evitar.
Chegámos a junho e o cheiro a sardinha assada enche o ar e abre o apetite para este património nacional. Especialmente quando acompanhado por uma fatia de pão a fazer de prato, batata cozida ou assada, uma saladinha de pimentos, tomate, cebola e, claro, um bom vinho…
Imaginamos que quem ande pelos Santos Populares termine a frase do nosso título com um sonoro "Todos!", até porque o arraial é amigo do copo, mas não propriamente da harmonia. Já quem se senta à mesa com mais tempo pode – e deve – dedicar algum cuidado ao vinho que escolhe para acompanhar as sardinhas.
A boa notícia é que tanto nos tintos, como nos brancos e rosés não é difícil encontrar-lhes parceiros, embora necessitemos de alguns cuidados para não exponenciar os sabores a "pexungo" ou a metal no vinho. A sardinha é um dos chamados peixes azuis, como o carapau, o salmão, o atum ou salmonete. Rica em óleos gordos – neste caso, felizmente, saudáveis, como o Omega 3 − tem imenso sabor e por isso pede vinhos frescos, com alguma mineralidade, que lhe cortem a gordura, mas não se sobreponham. A proximidade da vinha ao mar, ou seja, uns toques de salinidade no copo são também muito bem-vindos. Já tintos mais fortes, mesmo que servidos bem frescos não vão interagir tão bem. É esse o caso do Vinhão, nos verdes, um vinho muito utilizado em sardinhas, mas que seria mais bem guardado para o chouriço assado. O mesmo no caso dos brancos mais gastronómicos, florais ou doces. Aqui pede-se frescura, mineralidade e acidez, e é por isso que os verdes brancos ligam tão bem com sardinhas. Assim como os espumantes – brancos ou tintos dão sempre uma boa aposta. Feitas as apresentações, vamos então descobrir cinco vinhos que casam muito bem com sardinhas, especialmente se forem pequeninas e gordinhas, como diz o ditado…
Real Companhia Velha, Séries, Rufete 2017 Tinto
Antiga casta do interior norte do país, o Rufete dá origem a vinhos leves, pouco alcoólicos e frescos, exatamente o perfil que muitos consumidores procuram agora − assim como as sardinhas. Este Real Companhia Velha é um dos melhores exemplos de Rufete e expressa muito bem as características da casta, com taninos suaves e boa aptidão gastronómica. Servir fresco, a menos de 16ºC.
Paxá Wines, Negra Mole 2017 Tinto
Mais uma casta ancestral mal-amada, que passou a muito querida recentemente pela sua capacidade de produzir vinhos com pouca concentração e muita elegância. Fruta preta e vermelha muito presente e um toque salgado que faz a diferença no prato de sardinhas. Servir a 14ºC.
Vinha da Rosa Rosé 2022
Pela sua frescura, textura e delicadeza, este Vinha da Rosa de João Portugal Ramos dá um excelente parceiro para as sardinhas na brasa. Produzido em solos xistos, no Alentejo, tem ótima acidez natural e um final longo, com toques de framboesa. Os rosés, no geral, costumam ser uma boa aposta. Servir a 8/10° C.
Verdelho Magma Branco 2019
Austero, puro, fresco, mineral, iodado, vulcânico, salgado, acídulo… Este verdelho dos Açores dá um casamento feito no céu com sardinhas. Perfeito para potenciar o sabor e apagar a gordura típica do peixe. Aliás, todos os vinhos dos Açores são uma excelente escolha. Servir a 8°C.
Espumante Tinto Marquês de Marialva Bruto Baga Tinto
Um espumante das beiras, exclusivamente da casta Baga, atlântico, com notas de frutos frescos e muito elegante na boca. Termina bastante harmonioso, especialmente quando acompanhado por uma bela sardinhada. Servir entre 6 e 8ºC.
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