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O carro mais especial da coleção vintage herdada pelo rei Carlos III

O espólio de automóveis pertencente à família real inglesa é surpreendente e não era segredo que é um paixão partilhada entre Isabel II e o filho, Carlos III. Este modelo em particular tem uma história extraordinária.

Foto: Getty Images
04 de outubro de 2022 | Rita Silva Avelar
Durante vários meses será comum continuarmos a ler notícias sobre a rainha Isabel II, falecida a 8 de setembro deste ano. Mas, agora, todas as atenções se viram para Carlos, rei de Inglaterra, e se existia ainda alguma coisa que não soubessemos sobre ele, os jornais e revistas de todo o mundo revelam agora os detalhes mais improváveis sobre aquele que nunca se esperou que se tornasse rei (tal foi a longevidade do reinado da sua mãe).

Entre as paixões que os dois partilhavam, mãe e filho, estavam os carros. Nas últimas semanas, Carlos foi visto a conduzir um famoso Rolls-Royce que foi construído de propósito para a rainha há 72 anos, avança o The Telegraph. O Rolls-Royce Phantom IV, um dos apenas 18 já fabricados, pertencia à rainha desde 1950 e apareceu em várias ocasiões oficiais.
Rei Carlos III a sair do carro.
Rei Carlos III a sair do carro. Foto: Getty Images

Um dos detalhes mais fascinantes deste modelo é que em vez do símbolo Spirit of Ecstasy, a estatueta de prata tradicionalmente usada em veículos Rolls-Royce, está um dos símbolos associados à rainha, uma escultura de prata de São Jorge num cavalo, empoleirado sobre um dragão morto, uma obra de arte feita por Edward Seago, o falecido artista inglês, em 1952, mesmo ano em que a rainha ascendeu ao trono. Uma peça que pode ser transferida de carro para carro.

O interesse pela Rolls-Royce começou em 1949, quando o duque de Edimburgo conduziu um Bentley com um motor Rolls-Royce e ficou impressionado. A partir daí, a procura por um Rolls-Royce para a rainha conduziu a este modelo. Com uma premissa: que fosse o melhor carro do mundo, com todos os luxos a que uma rainha tivesse direito. O primeiro modelo do Phantom IV foi entregue à então princesa em 1950, e aquando da sua coroação tornou-se num dos carros oficiais do Estado. Até essa altura, quase todos os veículos reais eram Daimlers ou Lanchesters. A prova de que já nessa altura a rainha era visionária, uma qualidade que Carlos III homenageia agora, a manter o carro como um dos seus veículos de deslocação. 

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