Rolls-Royce Phantom: o céu (já não) é o limite
É o navio-almirante da Rolls-Royce e, com 5.76 m de comprimento, o termo não poderia ser mais bem empregue. Terminámos (muito) bem os ‘test-drives’ do ano da graça de 2022 com um agradável passeio pelas estradas de montanha dos Alpes bávaros, ao volante de um Rolls-Royce Phantom – da II série, se faz favor.
O Phantom
A nomenclatura Phantom data dos idos de 1925, está pois prestes a comemorar 100 anos. É um dos nomes mais importantes da história da Rolls-Royce, marca essa que já comemorou o centenário em 2004. Por norma, um Phantom tende a ser o modelo mais importante do fabricante inglês. O atual vai na oitava geração e foi lançado em 2017, recebendo em maio deste ano um revamp denominado Series II. É ainda a segunda geração a ver a luz do dia sob a propriedade da BMW.
Desenvolvido sobre a plataforma "Architecture of Luxury" (da Rolls-Royce, claro, com um nome destes, de que outro fabricante haveria de ser?), o Phantom apresenta medidas que impõem respeito: 5.76m de comprimento (sim, cinco metros e setenta e seis), que podem ser aumentados até aos 5.98 m da versão de distância entre eixos longa (EWB), para aqueles que se sintam mais claustrofóbicos; largura de 2.02 m; altura de 1.65 m (1.66 m, EWB); o peso, esse, é de 2560 kg (2610 kg na versão EWB).
A motorização vem da casa-mãe BMW: um V12 a gasolina de 6750 cm3, que debita uns mais que suficientes 563 cavalos. Caixa de velocidades automática, também de origem bávara, com oito relações. Tudo isto leva o Phantom aos 250 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente), com uma aceleração dos 0 aos 100 cumprida nuns meros 5.3 segundos (nada mal para um "projétil" de duas toneladas e meia, quem dera a muitos desportivos).
O interior
É o ponto forte de qualquer Rolls-Royce que se preze. As portas traseiras abrem ao contrário do sentido da marcha (só abrem com o carro parado, evidentemente) e dão acesso a um verdadeiro salão de um ‘club’ inglês – só falta um Jarvis a receber-nos com um brandy e um charuto. Aqui impera o luxo. E nada foi poupado para conferir ao(s) ocupante(s) o máximo que o dinheiro possa comprar – e que o bom gosto imponha limites. Os materiais e a execução de todo o interior são do mais alto nível e o departamento Bespoke (sob medida) da marca assegura que nenhum desejo do cliente mais exigente passará sem ser satisfeito.
O equipamento é pletórico e, além do infotainment da BMW, o Phantom oferece visão noturna, quatro câmaras de vídeo, assistente de alerta, cruise control adaptativo, head-up display, hotspot de WiFi, luzes dianteiras de laser (com um feixe de máximos de mais de 600 m), a lista prolonga-se quase sem fim. Apenas como ponto final, à laia de last but not least, o teto em "céu estrelado" proporciona o maior dos efeitos em condução noturna.
Ao volante
Ponto prévio: é grande, o volante, é bastante grande. De dimensões bastante generosas, permite no entanto um bom feeling da direção, qualquer que seja o piso e o tipo de curva que o Phantom esteja a efetuar. De notar que as quatro rodas são direcionais, ou seja, até aos 60 km/h as rodas traseiras viram ao contrário das dianteiras (calma, apenas 3o); dos 60 aos 80 km/h, mantêm-se perfeitamente alinhadas; e a partir dos 80 km/h rodam um grau na mesma direção das dianteiras, para aumentar a estabilidade a alta velocidade.
A primeira impressão, uma vez selecionado o D da caixa de velocidades, é o enorme tamanho do automóvel que nos rodeia. Ali à frente, uns bons dois metros à nossa frente, o Spirit of Ecstasy evolui quase como um ponto de mira, um compagnon de route de muitos e muitos quilómetros – sim, porque o Phantom, além de uma limousine de hiperluxo, é um carro, perdão, um automóvel para se conduzir (sim, conduzir) em loooongas distâncias.
Em termos dinâmicos, e apesar das duas toneladas e meia e dos quase seis metros de comprimento, o Rolls-Royce Phantom é surpreendentemente ágil. Não do ponto de vista de um paquiderme, mas verdadeiramente ágil, fácil de inscrever numa curva e sair dela com, lá está, agilidade. O enorme V12 responde de imediato a qualquer solicitação no acelerador. Dócil e paciente, aceita todo o tipo de ritmo de condução, do mais lento e pachorrento ao mais vivo e acelerado (sempre com um respeitável silêncio a bordo, fruto do notável isolamento acústico conseguido pelos artesãos da Rolls-Royce), sem perder a pose de um fleumático gentleman inglês. Uma das mais notáveis e diferenciadoras características de um Rolls-Royce é o pisar da estrada. A sensação de "andamento de tapete mágico" deve-se ao trabalho das suspensões, compostas por molas operadas pneumaticamente e por amortecedores controlados eletronicamente. O sistema usa ainda uma câmara montada à frente, que "lê" a estrada e configura as molas e os amortecedores para um pisar da estrada da mais alta qualidade.
O preço?
Se pergunta, é porque não o pode pagar.
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