Citroën BX, a ternura dos 40 e um dos modelos mais importantes da marca?
Não se fala muito dele, mas foi um dos modelos mais importantes da Citroën na transição e renovação da sua gama para dentro do universo PSA. Como o tempo passa: o Citroën BX acaba de completar 40 anos.

No princípio não era bem o verbo...
... era mais o substantivo: deusa ("déesse", a leitura en français do Citroën DS) – não esquecer que na língua de Baudelaire o Automóvel (la voiture) é feminino. Por muitos considerado "o" Citroën, o DS viria a ter descendência no CX e também nos mais pequenos GS e GSA. Estes, por sua vez, viriam a ser substituídos por um novo modelo, o BX.

Torre Eiffel, 23 de setembro de 1982
Quem subisse nesse dia o Champ de Mars em direção à Torre Eiffel, veria a enorme estrutura de ferro decorada com double chevrons (o logo da marca francesa, alusivo às rodas dentadas helicoidais, patenteadas por André Citroën). Pendurado ao nível do primeiro andar da Torre, um caixote de grandes dimensões, com um letreiro que dizia "Voilà la nouvelle Citroën" (eis o novo Citroën). A dada altura, o caixote foi sendo arriado, deslizando até ao solo, onde se abriu para revelar o BX. Aplausos de quem assistia, fogo de artifício, foi o apogeu de uma das mais originais apresentações do ramo automóvel. Uma semana depois, o Salão Automóvel de Paris abria portas, marcando o início da comercialização do novo modelo.

Projeto XB
Desde há alguns anos que o Citroën GS pedia um sucessor. Lançado em 1970, seria 10 anos depois rebatizado GSA, mas as vendas no final dos anos 70 acusavam já o peso da idade e as ofensivas da concorrência. Entra em cena em 1979 um novo projeto, codename XB. Concebido para ser maior que o GS/GSA, seria o segundo modelo da Citroën a nascer no novo ecossistema PSA, liderado pela Peugeot – o primeiro tinha sido o Visa.

Modelo BX
No caderno de encargos, o novo modelo teria de ser moderno, fora do convencional e inovador – no fim de contas, os genes-base do ADN da marca. Seria um tração dianteira, com motores a gasolina de 4 cilindros em linha (abandonando a arquitetura boxer do GS) declinados em duas cilindradas: 1360cm3 de 62 e 72 cavalos, e 1580cm3 de 90. Posteriormente chegaria outro gasolina de 1900cm3 e dois diesel, um 1700 e um 1900cm3. No caso do mercado português, sempre penalizado por uma absurda fiscalidade baseada no tamanho do motor, introduziu-se um raquítico 1100cm3 que, com os seus 55 cavalos, era manifestamente insuficiente para um carro daquele gabarito (4,23m de comprimento, 1,65m de largura, 1,36m de altura) e daquele peso (a partir dos 885kg). Não que o BX fosse muito pesado, pelo contrário – um dos pontos exigidos no referido caderno de encargos era precisamente o menor peso possível, para permitir boas acelerações e um consumo económico de combustível.
Como é evidente, não poderia faltar o sistema de suspensão hidropneumática, para assegurar os altos níveis de conforto e de aderência à estrada, temas tão caros à Citroën. Tal como, aliás, andar na crista da onda tecnológica: injeção eletrónica, catalisador e sonda lambda, caixa de velocidades automática, tração integral permanente e travagem com ABS.

Carroçaria de cinco portas, com o design a ser entregue ao estúdio Bertone e ao famoso chief designer Marcello Gandini (autor, entre outros, dos Lamborghini Miura e Countach, e do Lancia Stratos – coisa pouca). As linhas exteriores originais, angulosas, deram ao BX um forte caráter e uma personalidade marcada. No interior, o tablier futurista, inspirado no CX, recebia um conjunto de equipamentos onde se destacavam os dois satélites de comandos e funções, um de cada lado do volante monobraço. O equipamento do BX estava ao nível do que era habitual à época: teto de abrir (à manivela, claro), jantes de liga leve, ar condicionado, instrumentação digital, revestimentos em veludo, relógio digital e computador de bordo. Os dois primeiros, então, eram um verdadeiro must no mercado português.

Vida longa e feliz
Em 1985, a Citroën lançava uma versão carrinha (une break, s’il vous plaît) e, dois anos depois, oferecia ao BX um facelift que suavizou as linhas exteriores e dotou o interior de um novo painel de instrumentos.
Também o desporto motorizado passou pela linhagem do Citroën BX: uma série limitada de 200 exemplares, equipada com um motor 2.1 de 200 cavalos, serviu de homologação ao BX4 TC de Grupo B, a época área dos "monstros" que dominaram os ralis na primeira metade dos anos 80.

Ao longo de 12 anos, até ao final da produção em junho de 1994, saíram das fábricas de Rennes La Janais, na Bretanha, e de Vigo, em Espanha, 2.337.016 unidades do Citroën BX. Seria substituído pelo Xantia, lançado em 1992.
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