Prazeres / Artes

Palácio Duques de Cadaval inaugura exposição de cerâmicas contemporânea

"Obrigado à Terra" é o nome desta exposição inteiramente dedicada à cerâmica, arte milenar que alberga em si os quatro elementos essenciais à vida: água, ar, fogo e terra. Pierre Passebon é o curador e juntou 35 artistas.

Foto: Palácio Duques de Cadaval Photos
12 de junho de 2023 | Ângela Mata
O Palácio Duques de Cadaval volta a abrir as portas para receber uma nova exposição: Obrigado à Terra. O galerista Pierre Passebon é o grande responsável por juntar os 35 artistas, tendo sido ele o curador desta mostra. Nela, será possível conhecer o mundo vibrante e colorido de artistas contemporâneos, uns já amplamente conhecidos e outros emergentes. 

"Na escolha dos 35 artistas vimos um mundo totalmente diferente da cerâmica contemporânea. Nenhum trabalho é parecido com o outro, mostra não só uma criatividade vasta dos artistas desta arte, com nomes de renome e também talentos emergentes", revelou Alexandra de Cadaval que, juntamente com a irmã, Diana de Cadaval, comissionou esta exposição a Pierre Passebon.
O palácio, onde está patente esta exposição única, em Évora.
O palácio, onde está patente esta exposição única, em Évora. Foto: Palácio Duques de Cadaval Photos

"A exposição foi uma ideia de Diana e Alexandra de Cadaval. Fiquei imediatamente entusiasmado e, para a construir, rodeei-me de dois amigos apaixonados por cerâmica: Louis Lefebvre, especialista em cerâmica antiga e contemporânea, cuja galeria familiar dedicada a esta arte do fogo existe desde 1880; e Antoine Catzéflis, colecionadora e mecenas das artes, com quem trabalho ocasionalmente sobre este tema e se dedica à descoberta de novos talentos", explicou Pierre Passebon, curador de Obrigado à Terra.

A cerâmica remete-nos sempre para a Terra, para as formas artesanais, as expressões dos artistas, através do uso das mãos, dos moldes, das formas e dos tamanhos. Daí que o universo da cerâmica seja uma ode ao artesanato e nunca foi tão popular como hoje. Um reflexo pós-pandémico, que se liga com a urgência de nos reconectarmos ás origens. Esta exposição vem reiterar essa necessidade através de peças de arte que nascem de um ofício milenar.
Peça da artista portuguesa Joana Vasconcelos, também em exibição.
Peça da artista portuguesa Joana Vasconcelos, também em exibição. Foto: Palácio Duques de Cadaval Photos

A par da exposição, visitar o Palácio de Cadaval também é sentir de perto aquela que é a nossa história da portugalidade. Propriedade da família dos Duques de Cadaval desde a sua fundação, no século XIV, o palácio nasceu sobre as ruínas de um castelo mouro, no coração da cidade de Évora. Situado em frente ao templo romano de Évora, o palácio é um exemplo singular no património arquitetónico do país, resultando da fusão dos estilos mudéjar, gótico e manuelino.

A exposição estará patente no Palácio Duques de Cadaval, em Évora, de 17 de junho até ao dia 10 de dezembro.
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