Prazeres / Sabores

Pronúncia do Norte. Um vinho que é praticamente uma banda sonora

A Niepoort acaba de lançar um vinho em homenagem aos grandes GNR. Um vinho com ‘Pronúncia do Norte’, evidentemente. Um belo duriense.

Foto: D.R
01 de junho de 2022 | Bruno Lobo

Dirk Niepoort lançou um vinho em homenagem aos gloriosos GNR. Intitulado com sabedoria de Pronúncia do Norte, é um vinho elegante e cheio de caráter, tal como a banda. Um vinho do Douro, obviamente, de Tinta Roriz, Touriga Franca e muitas outras castas que encontramos nos tradicionais encepamentos da região, todas contribuindo para aumentar a complexidade e a alegria no copo… tal como num concerto dos GNR. Uma coisa é certa: só um tolo o chamaria de torpe.

GNR
GNR Foto: D.R

O Pronúncia do Norte foi buscar uvas a diferentes terroirs no Douro, uma espécie de best of, de vinhas entre os 30 e os 60 anos, plantadas entre os 150 e os 500 metros. Sendo sabido que nem Tóli César Machado, Jorge Romão ou Rui Reininho são propriamente enólogos, a verdade é que os elementos da banda provaram e contribuíram para este resultado final que, diga-se, vai ligar muito bem com carnes brancas, grelhados, ou pratos vegetarianos. Um tinto fresco, perfeito até para o verão, razão pela qual aconselhamos servir a uma temperatura mais baixa, a rondar os 14 graus.

Pronúncia do Norte 2019 Castas: Tinta Roriz e Touriga Franca (os antigos chamavam-lhe Francesa). Estágio: 22 meses em barricas de carvalho francês. € 20
Pronúncia do Norte 2019 Castas: Tinta Roriz e Touriga Franca (os antigos chamavam-lhe Francesa). Estágio: 22 meses em barricas de carvalho francês. € 20 Foto: D.R

Para Dirk Niepoort, a vida (e a sua marca) é "feita de amizades," e os GNR estão entre os amigos de longa data, "com quem temos brindado muitas vezes ao longo dos anos. Por isso nada melhor do que celebrar estas relações especiais" disse, a propósito do Pronúncia do Norte e dos 40 anos de carreira do grupo portuense. Bom vinho e boa música. No fundo, a harmonização perfeita. Obrigado a ambos.

GNR
GNR Foto: D.R
Saiba mais Sabores, Inspiração, Vinhos, GNR
Relacionadas

Vinhos para abrir as portas ao mês do verão

O tempo mais quente não implica necessariamente vinhos brancos ou rosés, mas quando se trata de bebida a solo, a tendência não recai sobre os tintos. Ainda assim, dois brancos alentejanos acompanhados um tinto clássico da região. A Norte, mais dois brancos e uma aguardente.

Vinhos para festejar o maior dia do ano

Quando o Sol atinge a sua posição mais alta no céu, no maior dia do ano, 21 deste mês, também se comemora o dia europeu da música. Razões mais do que suficientes para brindar com dois verdes brancos ou dois tintos do Alentejo e Douro. Ainda no Douro, um branco biológico e um moscatel vegan.

Vinhos que celebram regiões e terroirs

Dois prémios para um rosé duriense e um Alvarinho juntam-se a uma referência internacional para um verde branco. Tudo incentivos para novas vindimas e novos desafios. Um branco fresco de Lisboa, um rosé da nova geração e ainda um tinto clássico renovado no Douro.

Vinhos clássicos e fora da caixa ao mesmo tempo

Desde logo uma casta pouco amada, a Moscatel, que pode fazer grandes vinhos; um branco do Douro e um licoroso de Setúbal. A viagem passa pelo Tejo com um rosé recente, ainda pelo Douro com um tinto e um branco e a fechar um Encruzado clássico.

Vinhos para abrir janelas à primavera

As marcas do Pico, nos Açores, têm vindo a distinguir-se no panorama dos vinhos portugueses, mas agora também se juntam as uvas do Faial. Frescos e gastronómicos, um verde tinto, um tinto de Trás-os-Montes, dois brancos e um rosé alentejanos. Para acolher a primavera.

Vinhos para celebrar a terra mãe

Em todos os vinhos se comemora a natureza e as suas transformações. Um importante equilíbrio ambiental que importa preservar e fomentar. Uma seleção que promove a paridade: dois rosés do Alentejo, dois brancos dos Açores e da Bairrada e dois tintos do Douro.

Mais Lidas
Sabores Regresso ao passado, na Passarella

Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.