Prazeres / Sabores

Nómada Chiado. Um ponto de encontro entre o design e a gastronomia

Uma explosão de sabores vindos da cozinha nipónica, o Nómada Chiado tem um menu de degustação que é o sonho de qualquer amante de sushi de fusão que não esquece as origens tradicionais.

Foto: Francisco Nogueira
08 de julho de 2022 | Rita Silva Avelar

Mal entramos no Nómada Chiado, junto ao Largo Camões, em Lisboa, sentimos o seu cenário envolvente. Mais para o fim da experiência, Rui Oliveira, um dos responsáveis pelo Nomáda Chiado (juntamente com o chef Francisco Bessone), há-de contar-nos sobre o prémio de design que o espaço recebeu: a distinção internacional Restaurant & Bar Design Awards.

Nómada Chiado
Nómada Chiado

Pensado pelo atelier Spacegram Studio, o Nómada Chiado faz-se notar pelos apontamentos em mármore rosa e as paredes de madeira criadas em 3D. O espaço divide-se por várias salas,  e acolhe-nos como se lá pertencessemos, convidando-nos a passar pela barra, onde o chef Francisco Bessone prepara os pratos com cuidado minucioso.

Nómada Chiado
Nómada Chiado Foto: Francisco Nogueira

Já na sala interior, começa a verdadeira aventura na cozinha nipónica. Há dois menus de degustação (com 10 ou 12 momentos, €65 ou €79), a abrir com quatros pratos de entrada muito particulares. São eles o cone de tataki de atum com pó de alga nori, sésamo e cebola confitada em vinho do Porto, crocante e delicioso; um tártaro de novilho, gengibre, pasta de malagueta e gema com citronela; vieiras com puré de goma wakame, beurre noisette e amendoim; e um carpaccio de lírio com ponzu, azeite de alho e raiz de aipo. Com estas combinações, a experiência podia perfeitamente terminar aqui e saltarmos para a sobremesa, mas o que vem a seguir é bom demais para ser dispensado.

Nómada Chiado
Nómada Chiado Foto: Francisco Nogueira

O chef abre o segundo momento da experiência com uma seleção de sushi e sashimi, onde se combinam lírio, atum, salmão, camarão, lavagante ou vieira em forma de rolls, niguiri, sashimi, maki ou gunkan, sempre com sabores muitíssimo apurados e distintos. Elementos da cozinha japonesa como o ponzu, o itogaki ou o tobiko vão sendo integrados de forma a enaltecer cada prato. Quando chegamos à sobremesa, há já um crescendo de sabores que nos fazem querer desfrutar de cada minuto no Nómada Chiado. Terminamos com um fofo de chá verde com matcha, chocolate branco, crocante feuillitine, e gelado de melão e gengibre, e com a certeza de querer voltar a repetir. 

Nómada Chiado
Nómada Chiado Foto: Francisco Nogueira

Onde? R. Horta Seca 5 B, Lisboa. Quando? Das 12h30 às 15h, das 19h30 às 23h (excepto sexta-feira e sábado, fecha às 23h30). Encerra à segunda-feira e ao domingo. Reservas 912 284 684

Saiba mais Nomáda Chiado, , Camões, Nómada, Largo, Lisboa, Francisco Bessone, Rui Oliveira, gastronomia
Relacionadas

Receita para uma sopa de peixe perfeita

Ideal para as noites de verão, esta receita do novo 'Livro do Peixe' de Teresa Cameira desafia a clássica sopa de peixe, com travos de pimento e limão. A obra oferece uma escolha de pratos confecionados apenas com peixe da costa portuguesa.

Vinhos para viajar pelo verão

No dia em que o navegador Vasco da Gama inicia a primeira viagem marítima da Europa à Índia, abrem-se os horizontes mas para viagens mais curtas e amenas. Um blend exclusivo que comemora bodas de prata no Alentejo e um rosé clássico. Ainda quatro brancos dos Açores, Tejo, Douro e verdes.

Mercado da Vila: o restaurante açoriano que reúne 4 cozinhas num só teto

Rúben Pacheco Correia tinha uma ideia, mas não podia concretizá-la sozinho. Por isso, juntou quatros chefes especialistas em diferentes gastronomias - Roberto Mezzapelle (italiana) Rui Paula (moderna), Donária Pacheco (açoriana) e Paulo Morais (oriental) - para ajudá-lo a erguer o Mercado da Vila, em São Miguel.

O Oitto é um português com pinta

Não é só o charme do chef Carlos Afonso que enche este novo Oitto, é a sua cozinha de conforto e bem feita num ambiente cuidado e muito descontraído. Este é o restaurante orgulhosamente made in Portugal no coração do Chiado onde vale a pena ficar.

Mais Lidas
Sabores Regresso ao passado, na Passarella

Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.