Não são rosas, senhores, são rosés. E ainda bem.
Desta vez o milagre transformou ótimos cachos de uvas tintas em vinhos leves e frescos, nos mais variados tons de rosa. Mesmo a pedir um belo sol para acompanhar.
Os rosés são vinhos extraordinários, desde logo pelas muitas variantes de cor em que se apresentam, do rosa mais escuro ao pálido, passando pelo salmão. É quase um vinho Pantone, que oferece a suprema vantagem de aliar a leveza e frescura típicas dos brancos a alguma estrutura e aromas mais característicos das castas tintas.
Quando são bons – como todos os que aqui lhe trazemos, em diferentes gamas de preço – são a companhia perfeita para saladas, grelhados, do mar e da terra, e todos os pratos de verão. Também se portam muito bem a solo, antes das refeições ou num final de tarde relaxante. Se já começa a sentir uma certa sede, venha conhecer os rosés que podia estar a provar.
Quinta Nova Rosé Colheita 2020, Douro
Este ano a Quinta Nova brindou-nos (passe o trocadilho) com uma excelente novidade: o rosé sofreu um upgrade com 25% da colheita a estagiar quatro meses em barricas usadas de carvalho francês. Algo que não acontecia até agora, e este "pormaior" acrescentou-lhe sem dúvida alguma complexidade de boca, ao ponto de nos deixar ansiosos por nunca ver o fim à garrafa, e poder continuar a prova, pois a cada gole descobrimos novas nuances e qualidades. Infelizmente, a garrafa acaba, e rápido, pelo que o nosso conselho é ter várias à mão. De cor salmão muito pálido, na melhor tradição francesa, é produzido a partir de Tinta Roriz (50%), Touriga Franca e Tinta Francisca (25% cada). € 12,80
Herdade de São Miguel, Alentejo
Temos um pequeno segredo para contar: sabem quando alguém diz que aquele vinho (barato) vale mais do que o outro (caro)? Pois é só uma desculpa para se convencerem de que o pouco dinheiro que gastaram foi bem empregue. A não ser…. A não ser que estejam a falar deste Herdade de São Miguel, um vinho simples, descomplexado, leve e fresco, como se querem os rosés, mas com alguma cremosidade na boca também. Cor rosa pálido. Perfeito para abrir uma refeição e para todos os pratos que rimam com calor. € 5
Quinta de Lemos Geraldine Rosé, Dão
Mudamo-nos agora para o reino dos espumantes e por isso buscamos um pouco mais de sofisticação, razão pela qual escolhemos este Geraldine, produzido na Quinta de Lemos a partir de Touriga Nacional. Um monocosta de cor muito atraente, oferecendo um excelente equilíbrio entre aromas florais e de fruta. Um espumante de bolha fina e persistente, elegante, e de final impactante. Perfeito para um brinde a dois, ou em roda de amigos, e à altura de qualquer ocasião. € 25
Mateus Rosé 2020, Bairrada
Sabe qual é o vinho estrangeiro mais vendido em França? O Mateus Rosé, precisamente. O nosso néctar mais internacional, verdadeiro embaixador do País. Sabemos que alguns ainda olham de soslaio para a garrafa em forma de cantil, mas percebam que quem faz esta compra não são os tolos dos americanos, como é normal ouvir-se – perceção também ela muito errada, mas enfim… – são os franceses, bem familiarizados com o mundo do vinho, ou não fosse França também a terra onde nasceu o rosé. Não há como justificar que estes não percebem do assunto, por isso seja inteligente e da próxima vez que for a supermercado não saia de lá sem um par de cantis bem fresquinhos. € 3,99
Soalheiro Mineral Rosé 2020, Minho
Se procura um rosé diferente, encontra-o no Soalheiro, produzido lá em cima, na terra onde o Alvarinho é rei. Aliás, este rosé começa com 70% de branco Alvarinho, ao qual se juntam 30% de Pinot Noir. Assim se consegue casar o lado mais aromático da casta francesa com a mineralidade típica dos verdes – e é por isso que o resultado é tão surpreendente. Um rosé sem aquele lado mais adocicado que costumamos encontrar nestes vinhos (e que os torna tão fáceis de beber), mas que por vezes também lhes retira elegância. Algo que este Soalheiro tem para dar e vender. € 12
Rosé de Ventozelo 2019, Douro
Feito exclusivamente a partir de Tinta Roriz, é um rosé de aroma intenso, onde sobressaem claramente os frutos vermelhos. Para cheirar demoradamente e sentir todas as framboesas, amoras e morangos invadirem-nos o nariz, antes de levar à boca. Aí, belíssima acidez, bem integrada, firme e elegante. É um vinho de 2019, ou seja, leva já um ano em garrafa, o que só lhe fez bem. É um rosé "de guarda", apesar de estar já muito saboroso. € 11,49
Torre de Palma Rosé 2020, Alentejo
Vinho "boutique" do qual se fizeram apenas 3000 garrafas, com as uvas a serem cuidadosamente selecionadas à mão nesta herdade do Alto Alentejo. Tem Tinta Miúda, Aragonez (Tinta Roriz) e Touriga Nacional, por isso não deixa de ser surpreendente a palidez do rosa, resultado da suavidade e celeridade na prensa. A cor surge em completo contraste com a abundância de aromas silvestres, cerejas até, que nos chegam do copo. Com excelente volume na boca, e acidez bem integrada, é um belo exemplo daquilo que podemos ganhar ao optar por um rosé. Sério e versátil. € 18 euros
Sei lá Rosé, Alentejo
Chama-se Sei Lá, mas nós temos de saber, porque estamos perante um rosé muito refrescante. Não é particularmente frutado nos aromas, e também não o classificamos como especialmente gourmet, mas como aperitivo, ou a acompanhar alguns pratos leves e maioritariamente vegetais torna-se mesmo muito agradável. € 3,98
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