E que tal fazer a Consoada num restaurante?
Passar o Natal num restaurante nunca será uma opção para muitas famílias, mas para outras pode ser a solução que sempre procuraram. Os números não mentem: há cada vez mais adesões. E a repetir.
Ahhh... As memórias dos natais passados! A família reunida à mesa, alegre e imbuída do espírito natalício e com as crianças loucas de excitação. Um quadro terno e perfeito, principalmente se pudesse ser congelado no tempo. Infelizmente, o Natal não é uma fotografia, mas um filme, e basta um pequeno rewind para percebermos como pode ser um de terror.
Comecemos pelo início, pelas semanas de preparações e pelas conference calls familiares para decidir um menu que ninguém vai respeitar. Corridas às lojas e aos supermercados, no meio de um trânsito infernal. Na noite de 24 de dezembro, os convidados começam a chegar e metade vem carregada com sacos que, infelizmente, não trazem nem o que se combinou, nem presentes de jeito, mas todo o tipo de gulodices – das boas e das más. Na cozinha já não cabe nem mais um tupperware ou um pirex, o frigorífico parece um aterro sanitário na Bobadela e, em breve, os tachos e as panelas sujas vão competir pelo espaço de bancada. E, já se sabe, a cada saco novo que entra são mais calorias para ingerir nos dias seguintes porque, movidos por um qualquer sentimento irracional de culpa, não vai ficar filhós por comer por mais dura que esteja. Lá se vai a dieta, a linha e a saúde.
Mas antes disso ainda temos de aturar as idas e as vindas à cozinha "só para lembrar que o tio Manuel não gosta de salada" ou que "a tia Joaquina vai perguntar: ‘Isso não leva frutos secos, pois não?’". Claro que não. Mas, na verdade, a pergunta era de retórica só para opinar qualquer coisa sobre a nossa comida – e isto vindo de pessoas que trouxeram bacalhau espiritual com delícias do mar. Mais delícias até do que bacalhau. Pelo meio, na sala, os gémeos já conseguiram desfazer o centro de mesa que deu tanto trabalho a preparar. E ninguém viu nada, claro. Pelo menos já se tinha tirado uma fotografia para postar no Instagram. O que vinha a calhar, agora, era um copo de vinho… mas quem é que levou a garrafa?!
Ok. Acabámos de pintar um cenário dantesco – e nem todas as famílias subiram diretamente do Inferno para a Consoada (menos aqueles terríveis gémeos!) –, mas não será difícil identificar-se com algumas destas cenas porque, sejamos sinceros, organizar um jantar ou almoço de Natal dá uma trabalheira dos diabos. É como se fosse uma ladeira no final de uma maratona que já passou por festas do escritório, de amigos, de antigos colegas e por todos os centros comerciais do país.
O ideal era se não desse trabalho nenhum. Mas, esperem… isso não é um mito. Existe mesmo e está a uma reserva de distância. Cada vez mais famílias já o descobriram e há, por isso mesmo, cada vez mais restaurantes a apostar seriamente nesta época, mantendo as melhores equipas ao serviço.
Calma! Nós sabemos que nada bate os cozinhados da sua mãe, mas e que tal dar uma oportunidade a um chef "encartado" que tirou um curso e cozinha profissionalmente todo o santo dia? Imagina o que pode fazer por si no dia mais santo? Porque uma das grandes vantagens de passar o Natal fora é precisamente a hipótese de escolher a oferta que mais lhe agradar. Por exemplo, poderá escolher entre um Creme de Abóbora com Bacalhau Confitado, um Polvo Assado com Batata-doce e Torchon (uma espécie de foie-gras) de Peru recheado com frutos secos, o menu de Natal do Altis Avenida (75 euros por pessoa, com bebidas incluídas, e desconto de 50% para crianças dos quatro aos 11 anos). Ou então o Choco Crocante com Maionese Aromatizada, o Carabineiro Glaceado com Kumquat e Kuacatay, o Pregado do Atlântico ou o Cabrito Serrano com Abóbora Hokaido, todos no menu do Ritz Four Seasons (225 euros por pessoa, sem bebidas e desconto de 50% para crianças entre os seis e os 12 anos. Até aos seis anos é gratuito). Uma proposta mais cara, sem dúvida, mas o Ritz é uma instituição e uma das mais tradicionais. Ainda por cima tem uma novidade, este ano: até 25 de dezembro pode ir lá tomar um chá de Natal muito especial, com direito a Mini Tronco de Natal de Chocolate Negro Itakuja, Macarons Dourados de Laranja, Sablé Mont Blanc de Castanha e Cassis, Tartelettes de Chocolate Branco e Lima e, claro, não podiam faltar os scones caseiros do chef Fabian Nguyen. Um chá de 45 euros, é certo...
No Porto, pode também optar por uma Canja de Capão, Soba Noodles com Tofu e Cogumelos Selvagens, e pelos muito tradicionais Bacalhau no Forno com Grão e Crosta de Broa, mais Cabrito Assado no Forno, o menu do Hotel Infante Sagres (85 euros por pessoa, bebidas incluídas e os tradicionais descontos infantis), ou então pelo Ceviche de Espadarte, Lagostins, Molejas e Enguia Fumada do Yeatman, em Vila Nova de Gaia, num menu onde também não falta o Polvo, o Bacalhau e o Cordeiro (por 170 euros, com bebidas incluídas).
No Porto, pode também experimentar uma fusão franco-portuguesa nos menus do novo Maison Albar Le Monumental Palace. Menus, no plural, porque o hotel tem dois restaurantes e estão ambos abertos esta noite. Assim, no Café Monumental servem-lhe um Lombo de Bacalhau, mas com Tártaro de Ostras e Alho-francês, ao passo que no Le Monument a oferta sobe para incluir umas Ostras da Ria de Aveiro com Pera e Caviar e um Tamboril com Alho-francês, Batata Fumada e Trufa Preta. Dois exemplos, apenas, dessa fusão que se vai estender às restantes entradas, pratos principais e sobremesas, naturalmente. No Café, o repasto terá um custo de 120 euros, enquanto no restaurante mais gastronómico o valor sobre para os 200 euros.
De regresso a Lisboa, ou melhor a Sintra, por 69 euros também pode ter um jantar de Natal digno de uma Consoada real, no faustoso Palácio de Seteais. Cenário, decor e ementa: Aveludado de Lagosta com Coentros e Lombo de Bacalhau em Crosta de Azeitona, seguido pelo tradicional Peru Assado Recheado com Castanhas. Não muito longe, o Penha Longa propõe uma alternativa inesperada: Creme de Pastinaca com Óleo de Manjericão e Panzanella, Risotto de Bacalhau, Tortelini de Atum, Polvo Confitado com Gnocchi. Um Natal à Italiana, no Il Mercatto, por 55 euros. Duas ofertas que, como se não bastasse, se encarregam de desmentir a lógica de que os jantares de Natal são sempre uma roubalheira…
Quem se sentir ainda mais aventureiro pode reservar passagens para a Madeira e instalar-se no Belmond Reid’s Palace, "o hotel dos reis e o rei dos hotéis" na ilha. Um passeio de meio-dia em jipe ou uma caminhada pelas famosas levadas vão certamente abrir apetite para a noite que se avizinha: a partir das 18 horas é servido um cocktail acompanhado por canções natalícias interpretadas por um coro local e, a partir das 19 horas, o jantar propriamente dito. Buffet, com dress code de "fato escuro" por 130 euros. Para o dia seguinte, o hotel já pediu ao Pai Natal para fazer uma visita aos hóspedes mais pequenos que depois podem entrar numa caça ao presente. Outra boa forma de abrir o apetite para o almoço, também buffet, por 50 euros, servido no terraço, junto à piscina e com uma vista magnífica sobre a baía do Funchal. A propósito, todas estas opções servem também, no dia seguinte, tanto o tradicional almoço de Natal como o jantar de 25 de dezembro. No primeiro caso, a opção é geralmente buffet e tem sempre um preço mais "simpático".
E pronto: aqui ficam algumas ideias para passar a próxima Consoada. Há muitas mais, mas, pelo menos, por estas podemos responder pela qualidade porque a última coisa que queremos é que passe o Natal a queixar-se da comida ou de empregados mal-encarados. É suposto ser um momento de festa com a família inteira reunida à mesa e imbuída do espírito natalício. Com a vantagem de que depois ninguém tem de ir lavar a loiça… Não se esqueceu da carteira, pois não?
O restaurante com filas de espera de 50 metros
Pegue em dois franceses, junte comida italiana simples, acrescente uma decoração louca e terá a receita do restaurante mais cool do momento. O editor gastronómico do The Times junta-se à fila de espera.
Viajar por todos os continentes sem sair do sítio
É a promessa do restaurante Geographia, um agradável recanto gastronómico na esquina da rua do Conde, junto ao Museu Nacional de Arte Antiga. De Macau ao Brasil, passando por São Tomé ou Guiné-Bissau, todos os pratos têm um toque especial.
À beira de um ataque de nervos?
Alegria e melancolia, família e solidão, afectos e sobressaltos. O espectro emocional do Natal oscila entre o reconfortante e o exasperante, mas há pistas seguras para manter o equilíbrio (até para os mais stressados). Fomos recolher testemunhos e ouvir especialistas.
Being Joaquim de Almeida
A Must manteve uma conversa com o ator português mais internacional por ocasião da celebração dos 150 anos do champanhe Moët Impérial. Entre memórias e copos desse champanhe se passou a tarde que antecedeu a festa mais glamorosa da temporada.
Penha Longa Resort organiza dia aberto para amantes de golfe
É já no próximo sábado, 11 de setembro, que o Penha Longa Resort oferece uma oportunidade única para toda a família com um dia recheado de golfe, seja principiante ou jogador profissional.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
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