Opel Olympia Rekord CarAVan – 70 anos
Em 1953, no Salão de Frankfurt, era apresentada a primeira station wagon de produção em série de um fabricante alemão. A Opel deu o pontapé de saída para uma tendência que ficaria na História.
Antes de mais – adivinharam! – o enquadramento histórico
A 29 de março de 1953, a Opel apresentava no Salão de Frankfurt um veículo comercial/utilitário, baseado no seu recente modelo Rekord: uma station wagon, com a carroçaria toda vidrada, em vez dos painéis laterais fechados da versão 100% comercial. A diferença fundamental dessa carroçaria vidrada prendia-se com uma tendência que começava a verificar-se na Alemanha do pós-Guerra: com a milagrosa recuperação económica, apareciam os tempos livres na vida dos cidadãos. Depois de uma semana de trabalho, havia a possibilidade de usar o mesmo veículo que de segunda a sexta-feira transportou mercadorias e fez entregas, para ao fim de semana levar a família em passeio de lazer.
O conceito CarAVan da Opel
Carro e carrinha num só, está bem de ver, ainda por cima com o nome a aludir ao termo "caravana". Por falar nisso, o nome comprido – Opel Olympia Rekord CarAVan – que parecia o de um aristocrata ou de um membro de uma família real, tinha a seguinte explicação: Olympia era o modelo de 1935, batizado em alusão aos Jogos Olímpicos de Berlim do ano seguinte; Rekord tinha – tem – também uma conotação desportiva e nasceu no pós-II Guerra Mundial; e CarAVan era isso mesmo, um misto de carro e de ‘van’, o familiar e o comercial, o yin e o yang, que sobrevive até aos dias de hoje na gama Opel.
Lançado em 1950, o Olympia apresentava-se numa carroçaria ‘sedan’ de duas portas e numa ‘van’ de painéis laterais fechados. A grande revolução deu-se três anos mais tarde, com a versão station wagon. À época, a publicidade da Opel rezava assim: "Um veículo ideal, que combina harmoniosamente beleza e praticidade – durante a semana para as entregas aos clientes, aos fins de semana para um agradável relaxamento".
O design não escondia a ligação da Opel ao gigante General Motors, algo que se manteria nos anos vindouros, com os modelos Rekord, e principalmente Kapitän, a serem uma espécie de "cadillacs europeus". Para além da profusão de cromados, a linguagem estilística do Olympia Rekord Caravan é dominada pela secção dianteira: muitos compararam a grelha à boca de um tubarão, enquanto os detractores preferiram referir-se à lâmina de um ralador de cortar pepinos.
Duas portas para o acesso aos lugares da frente e de trás (quatro no total), um portão traseiro a abrir lateralmente e a dar acesso a um vasto espaço de bagagens/mercadorias que podia ser aumentado, quase duplicado, com o rebatimento do banco traseiro.
O motor era o único a destoar da inovação: tratava-se de um 1500 cm3 datado dos anos 30, que desenvolvia uns normais 40 cavalos e permitia uma velocidade máxima de 115 km/h. A caixa de velocidades era de três relações e a manete encontrava-se na coluna da direção.
Dez anos depois, o novíssimo modelo compacto Kadett – já aqui referido – viria a ter também uma versão Caravan e o termo (e o conceito) perduraram até hoje.
E, depois do passado, um olhar até ao futuro próximo
Dentro de poucas semanas, no Salão Automóvel – já não de Frankfurt, mas de Munique – de 2023, a Opel vai apresentar a carrinha Astra 100% elétrica. Depois do híbrido plug-in, os responsáveis da marca de Rüsselsheim acharam boa ideia continuar a ligar o Astra à corrente e irão assim juntar a apresentação do novo modelo ao "velhinho" Olympia Rekord Caravan, uma forma de homenagear os 70 anos de um clássico do qual descende, ainda que num tamanho mais compacto e adequado ao mercado atual.
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