Um dia na vida de… Tiago Nunes, o pianista que adorava ser fotojornalista
O professor de piano do conservatório é diretor de um festival nos Açores que este ano aconteceu em todas as ilhas. É presidente da CulturXis que promove o concertos em Coimbra e concursos de piano em Oeiras. Nos tempos livres anda e mota e dedica-se à fotografia.
A que horas se costuma levantar?
Depende dos dias. Por norma, levanto-me por volta das sete da manhã e começo por ler os emails mais importantes ainda na cama.
O que costuma refletir/ponderar/pensar nos primeiros minutos acordado?
A escolha entre ir para o trabalho de mota ou de carro é sempre um motivo de reflexão ao acordar.
Qual é a sua rotina quando se levanta?
A primeira coisa que faço ao levantar-me é ligar o Spotify e selecionar uma das minhas playlists matinais favoritas, depois, sigo para a rotina de higiene.
Que tipo de pequeno-almoço costuma tomar?
Uma torrada com manteiga acompanhada de um café americano é a minha combinação perfeita para o pequeno-almoço. Simples, mas uma escolha de conforto, diria.
Costuma haver algum tipo de atividade antes do trabalho?
Sim, passeio sempre o meu cão, que se chama Tristão, antes de começar a trabalhar.
Qual é o seu trajeto diário? Como o faz? A pé, automóvel, transportes…
Depende dos dias. Por norma ando de mota, outras vezes de carro. É uma escolha que depende do tempo, do trânsito e, também, do meu estado de espírito.
Tem algum tipo de preparação prévia para o trabalho?
Não.
A que horas começa a trabalhar?
Por volta das 9h.
Quais são as suas principais tarefas e responsabilidades no trabalho?
Tenho sempre semanas muito pouco monótonas porque o meu trabalho está dividido entre dar aulas de piano no Conservatório, dirigir o Festival Internacional dos Açores, tratar de assuntos associativos, uma vez que sou presidente da CulturXis, e ainda faço consultoria de produção na Égide. Não tenho horários definidos, mas sim tarefas diversas em cada trabalho que tenho.
Como gere o seu tempo?
Confesso que é algo difícil para mim. Na maioria das vezes, devo admitir que não sei gerir bem o meu tempo. [risos]
Como lida com a pressão e o stress?
Aprendi que perante situações como a pressão e o stress é importante encará-las e resolvê-las com alguma distância emocional, como se fôssemos os espetadores das nossas próprias situações atuais. Somente assim conseguimos ter algum distanciamento para lidar com os inúmeros problemas que surgem ao longo da nossa vida.
Qual é a parte favorita e menos agradável do trabalho e porquê?
Gosto muito de idealizar, sonhar e concretizar projetos, assim como motivar as equipas com quem trabalho e que dirijo. A parte que menos me agrada é a de lidar com a excessiva carga burocrática a que sou sujeito. Leis, impostos, regulamentos, regras, mas lá está, faz parte da nossa sociedade. É preciso encontrar um equilíbrio entre a criatividade e as obrigações legais e administrativas.
Costuma fazer pausas no trabalho? Para?
Costumo fazer várias pausas, essencialmente, para ligar a amigos e a pessoas de quem gosto.
Interrompe o trabalho para almoçar? O que costuma comer e onde?
Por norma, os meus almoços são solitários. É quando consigo responder a assuntos urgentes que requerem concentração. Por vezes, peço comida para entrega e almoço sozinho. Algo que nunca acontece ao jantar.
Como lida com eventuais críticas e elogios ao seu trabalho?
Às primeiras lido com humildade e gratidão por poderem melhorar e contribuir para o sucesso dos projetos e o bem-estar das equipas. As segundas, sem embandeirar em arco, certo de que o sucesso é um desafio constante. Fico sempre desconfortável com elogios.
O que diria sobre a ideia de que as pessoas com quem se relaciona profissionalmente têm de si?
A ideia que tenho é que sou profissional, exigente, competente, sagaz, por vezes obcecado com os objetivos, com competências de liderança, confiável, maturidade superior ao que a jovem idade deixaria entender, empenhado e responsável e muito rápido a avaliar os desafios e a encontrar as soluções
Ao longo do dia dá importância às redes sociais?
As redes sociais tornaram-se uma ferramenta poderosa para interagir com o público e obter feedback valioso sobre eventos e iniciativas, como o Festival Internacional dos Açores. Através dessas plataformas, é possível tirar conclusões importantes, aprender a comunicar de forma mais eficaz e compreender melhor como a sociedade reage às atividades promovidas.
Tem hobbies ou atividades que faz regularmente?
Sim, gosto de andar de mota, sou fotógrafo amador, vou ao ginásio com regularidade, também gosto de ler e fazer longas caminhadas na praia.
A que horas costuma terminar a atividade profissional?
Pelas 23h.
"Leva" trabalho para casa?
Quase sempre.
Costuma conversar com alguém sobre a sua atividade no final do dia?
Sim, com os meus amigos que considero confidentes e conselheiros. É com eles que partilho as minhas dificuldades, angústias e as felicidades também!
Costuma viajar com frequência nas suas atividades profissionais?
Sim e quase sempre para ver concertos e espetáculos. Sinto-me no dever de estar informado acerca do que acontece culturalmente fora de Portugal.
Há muita diferença entre os dias da semana e os fins de semana?
Não, muitas vezes, acabo por ter de resolver assuntos profissionais também ao fim-de-semana, até porque quando falamos da agenda de eventos se torna inevitável. Tento compensar estando o máximo de tempo que consigo com as pessoas que gosto. No verão, vou à praia ou fico na piscina de amigos. Aproveito para comer fora, ter refeições mais descontraídas.
Quais são os seus hábitos de jantar? Horário e exemplo de menu?
Ao jantar costumo aproveitar para estar com amigos, pois é uma ótima maneira de partilhar bons momentos e desfrutar de uma refeição agradável em conjunto. E gosto de escolher um bom peixe grelhado com legumes salteados, por exemplo, pois é uma opção saudável e deliciosa. Quando temos um estilo de vida agitado, por vezes, descuidamos esta parte e é um cuidado que procuro ter.
O que faz antes de dormir?
Vejo documentários variados que existem pelo Youtube, às vezes seleciono assuntos aleatórios e fico a assistir. No fundo, gosto de absorver novidades e conhecimento.
A que horas se costuma deitar e quantas horas dedica ao sono?
Adormeço pela uma da manhã. Durmo cerca de seis horas por dia.
Como mantém o equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional?
Não mantenho [risos]. Tenho a sorte de ter amigos que me ajudam a equilibrar a minha vida pessoal com a profissional. Por norma, aceito sempre os seus conselhos e os convites para espairecer e conviver.
Vê-se a ter outra profissão?
Sim, adorava ser fotojornalista de guerra.
O que mais gosta e menos gosta na sua profissão?
Gosto muito de ter a oportunidade de conseguir concretizar os meus projetos em prol do bem comum, mas por vezes sinto-me muito cansado. Vivo numa constante tensão e, por vezes, é difícil de gerir e de desligar. Esse é o aspeto menos positivo.
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