Um dia na vida de… Pedro Moreira, o “dono” das festas de Lisboa
Lidera a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) há dois anos onde gere e promove os espaços culturais e os eventos na capital.
É especialista em manuscritos antigos e em diplomacia, mas é na EGEAC que desempenha funções como presidente do conselho de administração. Antes de assumir o cargo, esteve como diretor do Museu do Tesouro Real do Palácio Nacional da Ajuda. Tenta reservar o fim de semana para a família e amigos, mas às vezes "o dia entra pela noite dentro".
A que horas se costuma levantar?
Normalmente levanto-me às 7:00.
O que costuma refletir/ponderar/pensar nos primeiros minutos acordado?
Ter em mente a agenda do dia e os assuntos prioritários a tratar.
Qual é a sua rotina quando se levanta?
Preparo a roupa que vou vestir e depois da normal rotina de higiene diária tomo o pequeno-almoço.
Que tipo de pequeno-almoço costuma tomar?
Começo sempre por comer fruta, depois torradas e leite com chocolate e, às vezes, como queijo, que gosto imenso.
Costuma haver algum tipo de atividade antes do trabalho?
Infelizmente, durante a semana, não tenho tempo para atividades-extra. Reservo-as para o fim de semana, como uma corrida de oito km à beira-rio que pratico com regularidade.
Qual é o seu trajeto diário? Como o faz? A pé, automóvel, transportes…
Normalmente de automóvel.
Tem algum tipo de preparação prévia para o trabalho?
Sempre que possível, ainda em casa, sintetizo alguma informação prévia relativas às tarefas previstas para o dia e respondo a alguns emails mais urgentes.
A que horas começa a trabalhar?
Habitualmente, a partir das 9:00 já estou no escritório.
Quais são as suas principais tarefas e responsabilidades no trabalho?
São diversificadas, sendo a componente de gestão a preponderante. Também dou um contributo no desenvolvimento da programação de eventos, sobretudo em espaço público. Tanto quanto possível, estou presente em inaugurações de exposições, estreias de espetáculos ou aniversários, nos museus e galerias, teatros, monumentos e cinema.
Como gere o seu tempo?
Procuro sempre manter o equilíbrio entre o cumprimento das tarefas diárias e os momentos de reflexão, guardando, ainda, tempo para conversar com as pessoas da equipa.
Como lida com a pressão e o stress?
Sou muito otimista por natureza, o que me ajuda a ultrapassar os momentos de maior pressão. Por outro lado, procuro sempre ouvir música, enquanto trabalho, o que me ajuda a relaxar e a concentrar-me.
Qual é a parte favorita e menos agradável do trabalho e porquê?
Quando gostamos muito daquilo que fazemos, atingimos os objetivos e os resultados são positivos, fico claramente satisfeito. A parte menos agradável decorre dos momentos em que nos sentimos impotentes para poder dar o nosso contributo, mas logo a seguir e com pensamento positivo e a colaboração de outras pessoas da equipa procuramos ultrapassar esses obstáculos.
Tem uma equipa a trabalhar consigo? Como gere a comunicação com eles?
Felizmente várias equipas que são uma grande equipa. Procuro sempre um contacto assíduo e regular e, sobretudo, presencial. Sou adepto de uma gestão de portas abertas em que as pessoas que trabalham comigo podem entrar e colocar questões, partilhar experiências e também desabafar.
Costuma fazer pausas no trabalho? Para?
Nem sempre isso é possível pois existem momentos tão intensos que não o permitem. Mas sempre que posso, faço pausas para descontrair e dar uns passeios por perto.
Interrompe o trabalho para almoçar? O que costuma comer e onde?
Sim, sempre que posso. Não sou uma pessoa que goste de comer muito pelo que procuro recorrer sempre a refeições ligeiras e em restaurantes perto do local de trabalho.
Como lida com eventuais críticas e elogios ao seu trabalho?
Se forem bem enquadradas e construtivas, lido com toda a normalidade e até agradeço. Obviamente que gostamos sempre mais dos elogios, mas as críticas, por vezes, são muito importantes para crescermos, como profissionais e como pessoas.
O que diria sobre a ideia de que as pessoas com quem se relaciona profissionalmente têm de si?
Resposta difícil de dar… possivelmente reconhecem a capacidade de tratar assuntos diversos ao mesmo tempo e dar respostas rápidas, mas lá está é sempre uma avaliação difícil de fazer.
Ao longo do dia dá importância às redes sociais?
Procuro reservar alguns minutos por dia para tentar estar a par daquilo que se passa nas redes sociais.
Tem hobbies ou atividades que faz regularmente?
Para além das corridas aos domingos de manhã, gosto muito de ler, ver séries e, sobretudo, viajar.
A que horas costuma terminar a atividade profissional?
Normalmente costumo terminar perto das 19:00, mas no período de maior intensidade de atividade, como nas Festas de Lisboa, o dia entra pela noite dentro…
"Leva" trabalho para casa?
Quase sempre.
Costuma conversar com alguém sobre a sua atividade no final do dia?
Por vezes abordo alguns temas em casa, com a minha mulher.
Costuma viajar com frequência nas suas atividades profissionais?
Quando é preciso realizo algumas viagens, embora não sejam muitas pois a esfera de ação da nossa empresa circunscreve-se ao concelho de Lisboa.
Há muita diferença entre os dias da semana e os fins de semana?
Felizmente sim. Os fins de semana, sempre que possível, são para estar com a família e com os amigos.
Quais são os seus hábitos de jantar? Horário e exemplo de menu?
Tal como ao almoço prefiro refeições ligeiras. Sempre em família, como é nossa tradição.
O que faz antes de dormir?
Leio algumas páginas do livro que tenho na mesa de cabeceira ou vejo uma série ou um filme.
A que horas se costuma deitar e quantas horas dedica ao sono?
Perto das 23:30, o que me permite ter sete a sete horas e meia de sono.
Como mantém o equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional?
Com toda a tranquilidade e naturalidade, procurando, em família, fazer programas que gostamos.
Vê-se a ter outra profissão?
Não. O meu percurso profissional tem-me permitido concretizar objetivos distintos, de forma positiva e com bons resultados.
O que mais gosta e menos gosta na sua profissão?
Em termos globais gosto praticamente de tudo na profissão que exerço. Mas é sempre mais desafiante e difícil a gestão de pessoas do que a concretização dos projetos.
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