Teletrabalho e a pressão para se ser produtivo. A paranóia da produtividade é real?
A expressão popularizada há cerca de dois anos, altura em que muitas empresas estavam em regime remoto, volta a ser destaque em 2023. A pandemia passou, mas continuam os medos relacionados com a eficiência de cada trabalhador.
Uma das coisas boas que a pandemia trouxe foi, sem dúvida, a normalização do teletrabalho. Afinal, em muitos casos não há necessidade de se ir para o escritório quando podemos realizar as mesmas tarefas no conforto da casa e quem sabe em menos tempo. Claro que socializar com os colegas também faz bem, daí muitas empresas terem adotado o horário híbrido, embora nenhum dos dois regimes seja totalmente perfeito, a toda a hora.
Segundo o britânico The Economist, a expressão "paranóia da produtividade" será uma das palavras-chave de 2023, referindo-se à pressão que tanto os empregados como os empregadores sofrem ao trabalhar remotamente – o primeiro grupo, muitas vezes vigiado através de software que segue todos os seus passos no computador, como cliques dados, tem medo de não se mostrar produtivo o suficiente, atento a toda a notificação e email; o segundo pode sentir a necessidade de controlar mais as equipas por receio que não trabalhem tanto em casa.
No ano passado, um inquérito da Microsoft concluiu que 87% dos vinte mil entrevistados acreditava que era tão eficientes em regime remoto como em presencial, apesar de apenas 12% dos líderes acharem que os primeiros trabalhavam melhor de casa. Um estudo da WFH Research, projeto dedicado à temática, afirma ainda que o modelo híbrido aumentaria o rendimento entre 10% a 20% quando comparado com o tradicional de escritório. Bastava ficar dois dias em casa para pouparmos, em média, 70 minutos em deslocações, sendo que a empresa ainda ganharia mais uma hora para a realização de tarefas por empregado, cita o El País.
Face a tamanha vigilância, muitos recorrem a batotas de modo a parecer que estão, de facto, a ser úteis, como estar com o cursor do rato sempre em movimento, entre outras engenhocas. Mas quando tudo falha, ou se opta pela honestidade, como combater a "paranóia da produtividade"?
Antes de tudo, é preciso criar limites, compartimentar o tempo, explica Hatim Rahman, professor assistente de gestão e organizações na Kellogg School of Management, nos Estados Unidos, em entrevista à publicação de negócios Fortune. O ideal seria escrever no calendário todas as tarefas do dia, mesmo as não profissionais, de modo a fazer a distinção entre horas de trabalho e de lazer, apontando mesmo os encontros com os amigos.
Fazer várias pausas, nem que seja de dez minutos, é determinante para a dita produtividade, pois ajudam a repor a energia e contribui para uma boa saúde mental. Em média, um adulto apenas consegue estar totalmente concentrado durante 90 a 120 minutos, com o pico a acontecer nos 45 minutos, segundo o mesmo meio.
De igual importância é ter uma hora de entrada e saída (relativamente) fixas, um desafio para quem, por força das circunstâncias, se pode ter habituado a terminar relatórios enquanto faz o jantar. Assim, ao comunicarmos agendas e necessidades, os sentimentos de ansiedade deverão diminuir.
No lado oposto da questão, as empresas e os chefes de equipa deverão criar um ambiente no qual os seus empregados se sintam confiantes e ouvidos, com estratégias claras de objetivos e limites de horários, sem esquecer a flexibilidade para pausas.
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