Prazeres / Sabores

Vinhos para esquecer as segundas-feiras

Há quem diga que janeiro equivale às segundas-feiras, mais difícil, custoso e demorado. Nada como desmontar a perceção com três tintos durienses todos da região do Cima Corgo, e mais dois que descem pelo Dão até ao Alentejo. Para concluir, um branco dos verdes com uma casta típica.

Foto: Unsplash
20 de janeiro de 2023 | Augusto Freitas de Sousa

Grainha Reserva Tinto 2021

Já com a nova imagem, este tinto da casa Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo com enologia de Jorge Alves e Mafalda Machado, nasce nas terras altas do Cima Corgo feito com as castas Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinta Barroca e Touriga Nacional. Em modo de produção integrada, com vindima manual, foi elaborado sem colagem, 100% desengaçado e estagiou 11 meses em barricas de carvalho francês (70% usadas e 30% novas). €14,99

Grainha Reserva Tinto 2021
Grainha Reserva Tinto 2021 Foto: D.R

Ravasqueira Premium Tinto 2014

Um regional alentejano feito com as variedades Syrah, Touriga Nacional, Touriga Franca, Aragonês e Alicante Bouschet pela equipa de enologia de David Baverstock e Vasco Rosa Santos. Viticultura de precisão em 2014 com uvas vindimadas manualmente. Tapete de escolha, maceração a frio em lagares e fermentação longa de 12 dias. Estágio de 24 meses em barricas novas de carvalho francês e posterior estágio de um ano em garrafa. €55

Ravasqueira Premium Tinto 2014
Ravasqueira Premium Tinto 2014 Foto: D.R

Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2017

Da sub-região do Cima Corgo, no Douro, da série vinhos de parcela, definida pela família Ferreira em parceria com a equipa de enologia, um tinto com mais de 21 castas distintas de vinhas com 90 anos. As uvas foram desengaçadas e seguiram, sem esmagamento, para o lagar, onde foram pisadas a pé, onde ocorreu a fermentação. O estágio dividiu-se em: 65% do lote estagiou em barricas novas durante sete meses e 20% em barricas usadas durante 10 meses, todas de carvalho francês e de 225 litros. Os restantes 15% em cubas de inox. €29,90

Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2017
Quinta do Pôpa Vinhas Velhas 2017 Foto: D.R

Barão do Hospital Loureiro 2021 

Um vinho DOC Verde feito com as castas Loureiro (85%) e Alvarinho (15%). Proveniente de solos graníticos, este branco foi vindimado manualmente em caixas de 15 quilos. As uvas foram arrefecidas, seguindo-se um suave desengace e maceração pelicular durante algumas horas a baixa temperatura. Após a prensagem, o mosto foi clarificado por decantação e fermentado a temperatura controlada, mantendo-se o vinho sobre as borras finas. €8,49

Barão do Hospital Loureiro 2021 
Barão do Hospital Loureiro 2021  Foto: D.R

Taboadella Alfrocheiro Reserva 2020 

Um monocasta do Dão da família Amorim, elaborado exclusivamente com a casta Alfrocheiro com enologia de Jorge Alves e Rodrigo Costa e viticultura de Ana Mota. As uvas foram 100% desengaçadas por vibração e o estágio ocorreu 20% em barrica nova de 500 litros de carvalho francês e os restantes 80% em barrica de segundo ano de 500 litros de carvalho francês, durante nove meses. Foram produzidas 10 mil garrafas. €16,99 

Taboadella Alfrocheiro Reserva 2020 
Taboadella Alfrocheiro Reserva 2020  Foto: D.R

Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017

Um vinho da casa-mãe Kopke proveniente de uma pequena parcela centenária, com enologia de Ricardo Macedo. A produção muito reduzida destas vinhas velhas com mais 100 anos foi combinada com um estágio de dois anos em madeira e outros dois em garrafa. Uma edição numerada de 1.223 garrafas com colheita manual e uvas selecionadas na própria vinha. A fermentação alcoólica decorreu sem esmagamento dos bagos e com 20% de engaço em cascos de rotativos de 500 e 600 litros. €70

Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017
Quinta de São Luiz Vinha Rumilã Grande Reserva Tinto 2017 Foto: D.R
Saiba mais Vinhos, Enoturismo, Janeiro
Relacionadas

6 vinhos para aquecer a alma

Num mês que se prevê rigoroso, os trabalhos no campo nunca param. É a altura da poda, uma das operações mais delicadas e importantes para o crescimento das uvas. Só para quem sabe. Quatro tintos do Alentejo, Lisboa e Douro, um branco alentejano da Madeira e um duriense feito de tradição e terroir.

Mais Lidas
Sabores Regresso ao passado, na Passarella

Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.