6 vinhos para aquecer a alma
Num mês que se prevê rigoroso, os trabalhos no campo nunca param. É a altura da poda, uma das operações mais delicadas e importantes para o crescimento das uvas. Só para quem sabe. Quatro tintos do Alentejo, Lisboa e Douro, um branco alentejano da Madeira e um duriense feito de tradição e terroir.
Paulo Laureano Verdelho 2019
Um monocasta Verdelho, obtido a partir de vinhas velhas provenientes da ilha da Madeira. Um branco obtido a partir de vinhas velhas enxertadas com garfos provenientes do arquipélago. Após a fermentação o vinho estagiou sob borras finas de forma a obter uma maior untuosidade. Foi engarrafado em junho de 2021. €20,35
Caves Velhas Romeira Garrafeira Reserva 2019
Um lançamento com história de um tinto que nos anos 80 deu que falar e que mantém a prática antiga de guardar o vinho por mais um ano em garrafa depois do estágio. Da vinícola Quinta do Boição, feito com as castas Castelão, Tinta Miúda e Trincadeira, o vinho passou vários meses em barricas de carvalho francês. Os responsáveis apelidam-no de vinho de guarda, com mais de 30 meses de estágio no total. €6,69
São Luiz Grande Reserva Branco 2018
Um vinho da casa Kopke da série Winemaker’s Collection da região do Baixo Corgo no Douro, com enologia de Ricardo Macedo, feito a partir das castas Folgazão e Rabigato com estágio em barricas de 300 litros numa edição limitada, numerada e assinada de 4400 garrafas. As uvas foram vindimadas manualmente com seleção em tapete de escolha. Após prensagem, terminou a fermentação já nas barricas entre 2018 e 2022. €30
Syrah da Discórdia 2020
Produzido exclusivamente com uvas da casta Syrah colhidas na vinha da Herdade Vale d’Évora num terroir diferenciado junto à cidade de Mértola, uma das regiões mais quentes do país e de solos áridos de xisto. Os responsáveis referem um tinto terroso, quente, de perfil clássico, mas com frescura. A vindima foi manual com seleção e desengace total. A fermentação ocorreu a temperatura controlada. Estagiou em barricas de 300 litros de carvalho francês. Foram produzidas 2500 garrafas. €16,50
Falua Reserva Unoaked Tinto 2020
Um 100% Touriga Nacional, um tinto regional do Tejo feito em solos arenosos com calhau rolado. As uvas foram vindimadas manualmente em caixas de 15 quilos e, logo após a vindima, arrefecidas e mantidas à mesma temperatura durante 24 horas. Após este período são desengaçadas e esmagadas, seguindo-se uma maceração pré-fermentativa e fermentação alcoólica com temperatura controlada em pequenas cubas de inox, com maceração prolongada. €14,49
José de Sousa Tinto 2019
Um tinto da adega José de Sousa Rosado Fernandes que existe desde 1878, situada em Reguengos de Monsaraz, e adquirida pela José Maria da Fonseca em 1986. Com enologia de Domingos Soares Franco, feito a partir das castas Grand Noir (56%), Trincadeira (32%) e Aragonês (12%), esteve oito meses em barricas de carvalho francês. Os responsáveis da casa referem uma longevidade de 10 anos após o engarrafamento que ocorreu em fevereiro de 2022. €9,99
O frigorífico que percebe mais de vinhos do que nós
E se a sua cave de vinhos fosse capaz de lhe sugerir o mais indicado para cada prato? Entre os vinhos que guarda, obviamente. Tal e qual como um sommelier.
Vinhos para esquecer as segundas-feiras
Há quem diga que janeiro equivale às segundas-feiras, mais difícil, custoso e demorado. Nada como desmontar a perceção com três tintos durienses todos da região do Cima Corgo, e mais dois que descem pelo Dão até ao Alentejo. Para concluir, um branco dos verdes com uma casta típica.
Cristiano van Zeller: o regresso de uma história com 400 anos
As convulsões europeias do século XVII empurraram a família van Zeller para Portugal em 1620. Durante séculos, as casas burguesas do Porto e as quintas no Douro cruzaram famílias e nacionalidades. A história ainda vai a meio.
Vinhos para começar 2023 em grande
Algumas propostas para um começo de ano mais reconfortante: dois tintos do Alto Alentejo e dois monocasta ainda alentejanos, um tinto biológico do Douro e, a fechar, um branco do Tejo.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.