Um chá no Ritz (como dita a tradição)
Este Natal, o Ritz Four Seasons, em Lisboa, oferece a experiência de chá mais deliciosa, exuberante e bonita da Europa. Se calhar, até de Portugal…
É já uma tradição. Durante a época natalícia, o "Chá da Tarde", no Lounge Almada Negreiros, recebe uma pequena reviravolta festiva e os doces e bolos ganham outra dimensão. Pequenos presentes encarnados de laço branco (recheados de chocolate de leite e avelã), trenós de maçã (com vinho do Porto e crocante de noz pecan), sonhos de abóbora (e recheio) ou uma árvore de Natal de citrinos (e mascarpone) chegam à mesa em pequenos tabuleiros de três andares, numa verdadeira experiência cénica. Porque os olhos "também comem", como se diz.
Quem estiver a olhar para as fotografias, pode até pensar que é uma pena partir e comer todas estas maravilhas, e tem toda a razão. Sim, dá pena, mas só até à primeira dentada porque depois as considerações estéticas passam para segundo plano, e o ataque pode ser feroz.
No papel de (verdadeiro) Pai Natal, temos o chef de pastelaria do Ritz, Diogo Lopes, que imagina, cria e prepara todas estas pequenas maravilhas, em conjunto com a sua equipa de mágicos elfos de cozinha. Há mais surpresas no lanche (deixamos para quando for experimentar), há macarrons e scones, simples ou com passas, servidos com creme e geleia, e há, também, um lado mais salgado, porque não podem ser só doces. Temos então um tramezzini de legumes assados, pepino e creme fraîche, uma tartelete de camarão marinado com chilli yuzu, que lhe dá um ligeiro picante muito bem-vindo, ou um foie gras com vinho do Porto e pera macerada. Para acompanhar, claro, uma lista de chás bastante exaustiva, ou cafés.
A ligação artística
O chá de Natal pode ser pedido no piso térreo do hotel, enquanto se admiram os magníficos painéis que Almada Negreiros criou propositadamente para a inauguração do Ritz Four Seasons Lisboa, em finais dos anos 1950, e há outro motivo ainda a justificar esta visita. Seguindo essa tradição original, o hotel convidou a artista plástica Joana Astolfi a criar uma peça natalícia para o lobby do hotel. O resultado acabou por ser bastante divertido, algo disruptivo para um lobby clássico, e que promete despertar a nossa curiosidade. Trata-se de um edifício residencial, com vinte e tal janelas, e que se oferece a uma leitura de 360 graus, ou seja, somos "convidados" a dar a volta à peça, olhando para dentro de cada janela e a espreitar o que se passa em cada casa. Algumas situações são bastante inusitadas. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, a peça não é simples, bem pelo contrário, e criar cada uma dessas situações requereu muita imaginação e trabalho − só nos "interiores" trabalharam seis artesãs em exclusivo, durante mais de um mês, para afinar cada detalhe.
Não há duas sem três
Finalmente, temos mais uma razão para justificar a visita: porque não aproveitar também o serviço de take away do Ritz e fazer um upgrade à ceia da consoada? Os troncos de Natal são já um ex-líbris, mas este ano podes ainda encontrar uma bola de chocolate extra grande (mais um deslumbre) ou um calendário do advento (para comer todos os dias que já passaram de uma vez).
O "Chá da Tarde" tem um preço de 55 euros por pessoa, mas é uma experiência que vale bem a pena e, afinal, estamos em época de oferecer presentes. Por que não a nós próprios?
Centenário de Saramago celebrado com jantar em formato blind experience
A comemoração arranca com a leitura de algumas das passagens mais marcantes do escritor, lidas pela sua neta Ana Saramago Matos, e termina com uma blind experience, uma viagem gastronómica com destino aos sentidos, no restaurante do Torel Palace, do Porto.
Receita de Ano Novo. Pudim de frutos secos
Sem imaginação para a sobremesa do fim de ano? Este pudim reúne consenso entre os mais gulosos e os pouco apreciadores de açúcar. Cortesia do chef Miguel Mesquita.
Vinhos para receber o solstício de inverno
Esta é a altura em que se aproxima o dia mais curto do ano, a noite mais longa e o dia em que o sol está mais próximo. Um tinto exclusivo do Douro, outro tinto, um branco e um Porto, todos da mesma região, e ainda um espumante “verde” e um abafado do Tejo.
Vinhos para começar 2023 em grande
Algumas propostas para um começo de ano mais reconfortante: dois tintos do Alto Alentejo e dois monocasta ainda alentejanos, um tinto biológico do Douro e, a fechar, um branco do Tejo.
Ritz e Guerlain servem chá "Orchidée Impériale”
Novo Chá da Tarde temático no Ritz Four Seasons junta o melhor que a cozinha do hotel tem para oferecer com a linha de skincare mais sumptuosa da Guerlain. Uma iniciativa inspirada nas orquídeas que decoram o lounge do hotel, e que decorre até ao fim de novembro.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.