Terrace, um segredo gastronómico em Lisboa
No restaurante do Hotel Martinhal Oriente, servem-se jantares surpreendentes, almoços a preços simpáticos e um brunch de domingo para adultos e crianças.
O Terrace abriu sem contratações famosas, pretensões a estrelas ou outras fanfarronices habituais da "nova" Lisboa. Abriu "apenas" com a promessa de nos levar numa viagem pelos sabores do Próximo e do Extremo Oriente, e é isso que faz, com distinção. Em primeira classe, e nem é preciso apertar o cinto…
Não se trata de um restaurante oriental, longe disso, mas antes influenciado por diversas culinárias, do Mediterrâneo às latitudes mais longínquas, numa espécie de piscar de olhos aos descobrimentos portugueses, à localização, na zona da antiga Expo 98, e até às origens indianas de Chitra Stern que gere o grupo Martinhal, a par do marido Roman Stern.
O restaurante fica no piso térreo do novo Martinhal Oriente, um edifício de 19 andares que junta o Martinhal Lisbon Oriente e o Martinhal Residences. Nos primeiros quatro pisos funciona o hotel, com apartamentos turísticos muito confortáveis, e nos restantes as residências de luxo. Ambos os conceitos beneficiam de um conjunto de serviços como o centro de fitness, as duas piscinas (interior e exterior) e o Terrace. A diferença, como nos explicou Roman Stern pegando no exemplo do Martinhal Sagres, é que no Algarve "os restaurantes estão virados para dentro, para servir os hóspedes do resort. Aqui queremos estar abertos à cidade. A filosofia é muito diferente".
Para chefiar o restaurante, o casal Stern trouxe um madeirense com uma larga experiência a liderar cozinhas em vários hotéis e restaurantes de luxo, maioritariamente em Inglaterra, mas muito pouco conhecido por cá. E foi o próprio Daniel Andrade quem definiu a sua cozinha como "simples", mas recorrendo "sempre a ingredientes frescos e sazonais", e com "combinações de sabores ousadas e inovadoras". Assim o entendemos em entradas como "polvo kumquat e cebola caramelizada" ou nuns "jaquinzinhos, limão e maionese de coentros". Familiar e surpreendente ao mesmo tempo, a base e os ingredientes principais são os nossos, mas depois a criatividade do chef faz-nos voar para longe, para cada vez mais longe à medida que a refeição evolui para os pratos principais: "bacalhau negro, pack choi, pera asiática, miso", "pregado, caranguejo, quinoa, algas, chutney de caril" ou "entrecosto coreano de porco preto, chutney de lima e limão". E porque uma refeição não fica completa sem a sobremesa, deixe-se surpreender pela "flôr de laranjeira Yuzu, mel e pistachio", ou pela "framboesa, chocolate branco, wasabi, gengibre e sorvete de framboesa". São apenas algumas escolhas de uma ementa infinitamente mais rica, e se não ficámos convencidos com a ideia da "cozinha simples", não temos dúvidas de que é "ousada e inovadora", acrescentando até, sofisticada e deliciosa.
A ementa ao almoço é um pouco menos elaborada do que ao jantar, embora alguns dos pratos que acabamos de descrever também façam parte da carta. Mas vamos encontrar outro tipo de sugestões, como baos, tacos ou ceviches, assim como um menu de €25 que inclui entrada partilhada, prato de peixe e carne ou vegetariano, acompanhamento, mais café ou chá. Será sempre uma excelente opção para um almoço de trabalho.
Em setembro, o Terrace abriu também uma opção de brunch diário (até às 16h00), que ganha uma grandeza especial ao domingo. Num conceito de buffet que vai desde um pequeno-almoço clássico, continental ou inglês, a delícias mediterrânicas, do Médio Oriente, da Índia, Tailândia, Japão… um desvairo de opções permitindo saltar de um esparguete à bolonhesa para um thai beef, de um mix de vegetais grelhados para uma shakshuka do Médio Oriente… Sashimis, hosomakis ou poke bowls perfilam-se à janela da cozinha, ao lado de panipuris indianos, ostras, sapateiras ou camarões tigre… Não é difícil sentirmo-nos uma criança numa loja de doces – por €50 o Buffet. Mais 12, com opção de vinhos.
O brunch conta também com um set de música ao vivo, que contribui para a atmosfera descontraída e que não se impõe à refeição, o que é perfeito. Como em todos os espaços da marca Martinhal, as crianças são muito bem vidas e há sempre algo pensado para elas, também em termos gastronómicos. E até aos 12 anos beneficiam de um desconto de 50%, sendo que até aos três não pagam. Quando o tempo permite, muitas aproveitam o enorme relvado em frente do restaurante para brincar, mas o kids corner é garantia suficiente de que vão ter sempre algo com que se divertir depois de experimentarem metade dos pratos.
A decoração geral é descontraída, embora elegante, com mesas em tampo de pedra e um jardim sobre as nossas cabeças. Mais marcante ainda será o coala de cabeça para baixo, um néon enorme do artista Bordalo II que capta todos os olhares de quem entra (de referir que vários artistas portugueses criaram peças exclusivas para o hotel, caso de Kruella D’Enfer, Graça Paz ou Vasco Águas). O Terrace divide-se ainda em duas zonas, uma mais de café e outra de lounge, onde podemos descobrir uma excelente carta de cocktails. Perfeito para um copo ao final da tarde ou para um aperitivo antes do jantar.
Palavra final para o serviço, comunicativo, alegre e sempre profissional. O Terrace recebe-nos tão bem que é impossível esconder o segredo por mais tempo.
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