Myndru, um alentejano surpreendente e gastronómico para uma época especial
O Myndru, nascido na Herdade Aldeia de Cima, é um vinho que os antigos podiam ter feito. Mas é também um vinho de incrível elegância e modernidade, perfeito para uma ocasião única.
"O lote? O lote foi feito pelo senhor Fernando", brinca o enólogo Jorge Alves, referindo-se ao antigo proprietário de uma vinha velha, plantada no sopé da Serra do Mendro e recentemente adquirida por Luisa Amorim e Francisco Rêgo. É aqui, neste território muito particular, um daqueles tesouros que o nosso Portugal vínico ainda guarda, que nasce o Myndru.
Vinhas velhas, com castas típicas como o Alfrocheiro e a Tinta Grossa, que a equipa de enologia da Aldeia de Cima sublimou, com "muito pouca intervenção, mas afinamentos cirúrgicos e certeiros". Afinal, o prazer está nos pormenores, e o mais visível terá mesmo sido a inclusão de um pouco de Baga ao lote original que estava no terreno. Esta trouxe mais frescura e acidez natural, complementando muito bem o vigor do Alfrocheiro e o aroma exótico da Tinta Grossa. O lote, afinal, parece que foi mesmo feito a meias...
A Aldeia de Cima tem uma das mais bonitas e bem equipadas adegas da região, um laboratório perfeito para fazer evoluir os vinhos e, neste caso, estagiaram 12 meses em ânforas de gesso de 1000 litros, e de barro de 150 litros, sem madeira como se fazia antigamente na região. E se o Alfrocheiro costuma ser uma casta de cor forte, teve aqui pouca maceração, já que o resultado é um vinho de cor suave e muito agradável à vista. No nariz é vivo e na boca sobressaem as notas térreas, que ligam tão bem com a carne. Mas é também um vinho "de contemplação", como também contava Jorge Alves, enólogo da Aldeia de Cima (e também da Taboadella e da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo), sugerindo assim que ficaria muito bem a solo, para ir apreciando. Na dúvida, um vinho para ir bebendo demoradamente, em amena cavaqueira à mesa e bem acompanhado por uns petiscos.
Myndru, o vinho de um Alentejo ancestral
Trata-se de um vinho de uma elegância muito especial, resultado de um microterroir de vinhas velhas, capazes de produzir apenas quantidades muito reduzidas. Por isso só existem 2000 garrafas, o que só acentua a sua preciosidade. €70
Herdade Aldeia de Cima Reserva Tinto 2019
Se os seus gostos vão para um vinho de perfil clássico, com poder e concentração, então a escolha deve recair no Reserva da Aldeia de Cima. Com Trincadeira, Alfrocheiro, Alicante Bouschet e Aragonês, é um vinho que mais facilmente associamos ao Alentejo, apesar da frescura evidente. € 15,20
Aqui existem mais de 100 queijos diferentes para provar
Na Queijaria Machado, existem mais de 100 referências de queijos, de várias nacionalidades. Entre portugueses, franceses, italianos e holandeses, é escolher e provar.
Dos €9 aos €5000, vinhos para preparar o Natal
A dias da chegada do inverno, o vinho é sinónimo de conforto e prazer, em casa com a família, com amigos num bar ou restaurante numa ordem que se pode sempre inverter. Dois tintos do Alentejo, mas de terroirs diferentes, dois premiados na Bairrada e no Tejo, um tinto “da casa” e um Porto exclusivo. Para provar e saborear.
As bebidas certas para tornar estas festas mais espirituosas
Um tinto, um branco, um porto e um par de cognac, whiskies e espumantes para alegrar as festas e aquecer as noites frias.
Era uma vez Pedro & Inês - e um rosé cor de sangue
O Hotel Quinta das Lágrimas em Coimbra celebra um quarto de século com um brinde muito especial: um vinho do Dão, em edição limitada, faz uma belíssima entrada de Natal. Apreciá-lo mais tarde, é outra possibilidade, afinal, os rosés também se guardam…
6 vinhos para celebrar o fim de ano
Uma seleção que conta com dois vinhos feitos a partir de uma única casta, mas de regiões bem diferentes. Uns “autênticos” do Dão e do Douro, e um alentejano que desafia o habitual. Ainda um Porto que comemora duas décadas de atividade.
Branco, tinto ou rosé? Os destaques do início do ano
Numa altura de frio e de menos trabalho no campo, a poda nas vinhas não pode esperar. Técnicas que potenciam a qualidade como a do tinto na região que tem dado que falar: beira interior. Dois rosés do Tejo e Douro, um branco também duriense, um licoroso do Pico e um espumante de uma casa centenária.
SOI, o restaurante que recria street food com sabores asiáticos
O chef Maurício Vale transformou um restaurante de esquina no Cais Sodré num oásis gastronómico capaz de nos levar até aos sítios mais remotos da Ásia.
Vinhos imortais, naturais, velhos e novos
Uma das sugestões passa por vinhas que ao contrário do resto do país não foram dizimadas pela filoxera. E por isso, só se pode falar numa região: Colares. Um tinto natural invulgar e outro de assinatura e três brancos de outras tantas regiões. Para provar pausadamente com a família e amigos.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.