Na Tasca da Memória “come-se à grande e à portuguesa”
O Porto tem uma nova morada gastronómica, onde os pratos tradicionais recebem um toque mais sofisticado, por vezes até surpreendente. E, mesmo quando falham, nunca pecam por falta de generosidade.
Sabemos que as doses não são pequenas quando, depois da refeição, só nos apetece ir dar uma volta a pé. Foi o que nos aconteceu na Tasca da Memória, o novo fine dining do Porto, aberto desde o primeiro dia de outubro.
O restaurante traz um selo já conhecido pelos lisboetas, entre a Igreja da Memória e Belém. Ambos partilham o nome e a casa – o Wine & Books Hotel, membro da Small Luxury Hotels of the World – assim como a filosofia: ambiente sofisticado, gastronomia tradicional. Fora isso, são dois espaços totalmente independentes, com carta própria. No Porto, já com a direção criativa de Osvalde Stange Silva, antigo chef executivo do Pine Cliffs e do Conrad, no Algarve. Osvalde assumiu o cargo de diretor de F&B neste grupo, e a Tasca da Memória é o seu bebé mais novo. Em breve, seguir-se-á o Wine & Books Sintra, e a mão do chef é bem visível na preparação e no cuidado com o empratamento, pois são realmente bonitos.
Já a carta parece retirada de uma lista dos "pratos mais típicos da gastronomia portuguesa". A saber: jaquinzinhos com arroz de tomate frito, caldeirada de peixe, bacalhau à Zé do Pipo (com uma maionese de wasabi que faz a diferença), peixe da costa, açorda, frango de churrasco (com um pani puri indiano, uma bolinha recheada com batata e grão), arroz de pato (com queijo da ilha), cabrito assado, carne de porco à alentejana e o bife à portuguesa, um naco da vazia com ovo e batata frita.
Para quem preferir, há três opções vegetarianas: um arroz cremoso de abóbora (não é risoto, porque é Carolino), uma pasta fresca com cogumelos, espargos e molho de caril, ou uma couve-flor com castanha e chips de tubérculos.
Se gosta de comida típica, é provável que já esteja a salivar. Mas sabemos que os chefs – Osvalde Silva está muito bem representado na cozinha por Henrique Vilarinho – têm mais algumas surpresas na manga. Na nossa experiência, provámos dois pratos que não estão na carta atualmente: uma feijoada de casulas com lírio grelhado, super saborosa, e um leitão com batatas e laranja, que só pecou por não ter a pele tão estaladiça quanto merecia. Corrigida essa questão, acreditamos que ambos encontrarão o seu lugar ao sol.
À sobremesa – por favor, guarde um pouco de espaço para as sobremesas –, continuam os clássicos revisitados: Rabanada (com miso e tamarindo), pão de ló (com gelado de queijo da ilha), tarte tatin (de pera rocha fermentada e fava tonka), mousse de chocolate (com azeite infusionado a laranja) e um pudim abade de priscos com gengibre e sorbet de yuzu. Estes dois últimos trazem acidez e frescura à doçura do abade de priscos, e foi o ponto alto da refeição.
Falta falar das entradas, que deixámos propositadamente para o fim. Provámos apenas uma da carta, o ovo BT (a baixa temperatura) com chouriço de porco preto, ervilhas e pão frito, que não nos impressionou pela positiva. As pipocas decorativas eram perfeitamente dispensáveis e a experiência algo enjoativa. Não queremos ser injustos com a sopa de peixe, nem com a xara, mas se o tempo estiver agradável e o bar do rooftop aberto, aproveite antes para tomar um cocktail lá em cima (também há snacks) com vista para o Porto e para o Largo do Moinho de Vento, onde se pode admirar um bonito painel de azulejos de Joana Vasconcelos.
Como estamos num hotel chamado Wine & Books e acabámos de ter uma longa refeição com pairing de vinhos, não resistimos a fazer um trocadilho com o nosso segundo maior poeta e perguntar: "tudo vale a pena quando as doses não são pequenas?"
Não vale a pena subir a A1 toda só para experimentar, mas se já estiver pelas redondezas, pode inscrever esta nova morada na lista de restaurantes a visitar (muito) em breve.
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