Cinco factos sobre o Renault 5, que celebra 50 anos
Sim, apenas cinco e não 50, a idade que o popular modelo francês comemora neste mês de janeiro. Começa bem o ano da graça de 2022, com uma efeméride de monta: felizes 50 anos, Renault 5!
Facto 1
A 28 de janeiro de 1972, a então Régie Nationale des Usines Renault, empresa pertencente ao Estado francês, lançava um modelo inteiramente novo: o Renault 5. Concebido ao longo de cinco anos pelo designer Michel Boué, nas suas horas vagas, foi mostrado à administração da marca do losango e esta de imediato colocou-o em linha para entrar em produção. A plataforma-base utilizada foi a do ‘best-seller’ Renault 4, mas seria a carroçaria desenhada por Boué a marcar toda a diferença. Linhas modernas – tipicamente anos 70 – e uma postura única e revolucionária para a época. Duas portas e dois volumes para um carro que se quer familiar? Vai ser um fracasso, diziam os seus detratores. Enganaram-se redondamente. Ao longo de 24 anos e duas gerações, foram produzidas 5.580.626 unidades, nada mal para um pequeno e simpático modelo que não deveria durar muito.
Facto 2
Um ano depois do lançamento do Fiat 127, o R5 viria a juntar-se ao modelo italiano e a disputar com ele um segmento – o dos utilitários familiares e versáteis, correspondente ao que se viria a tornar o segmento B – que se assumiria como o mais importante da indústria europeia durante os anos vindouros. Datsun 100A, Alfa Romeo Alfasud, Honda Civic, Audi 50, Ford Fiesta, Toyota Starlet, Peugeot 104 (não poderia faltar um modelo do arqui-rival construtor de Sochaux), todos eles viriam a entrar numa guerra comercial que animou as vendas de automóveis no Velho Continente – então como agora, mas principalmente então, os EUA e o Japão eram mercados à parte.
Facto 3
Um ano antes do choque petrolífero desencadeado por outra guerra, a do Yom Kippur, o Renault 5 conseguiu, ainda assim, vingar num mercado que não voltaria a ser o mesmo. Com o embargo dos países produtores de petróleo e a consequente escassez do "ouro negro", os preços escalaram até valores nunca vistos e, pela primeira vez, os fabricantes automóveis começaram a preocupar-se com o consumo de combustível. Não mais deixariam de olhar para o manómetro do depósito, numa tentativa de, com cada vez menos litros, conseguirem cada vez mais quilómetros.
Com os seus motores robustos e pouco rotativos, logo, pouco gulosos – inicialmente um 782 cm3 com 36 cavalos e um 956 cm3 de 47 – o R5 proporcionava consumos comedidos, o que lhe permitiu atravessar esses tempos de "vacas magras", como os classificou antes de 1974 um governante cá do burgo. Também o peso reduzido, entre os 730 e os 810 kg, consoante a versão, contribuiu para esse score de frugalidade. E por falar em medições, as dimensões exteriores extremamente compactas (3.52 m de comprimento, 1.53 m de largura e 1.41 m de altura) conferiam-lhe uma agilidade e uma facilidade de condução notáveis para a época e para o segmento. A distância entre eixos de 2.42 m (quase 70% do comprimento total) permitia uma habitabilidade interior que era mais uma forte razão para o seu sucesso.
Facto 4
"Une gueule sympa", dizia a inventiva publicidade francesa ao novo modelo. E sim, o R5 tinha mesmo uma cara simpática. Isto para quem não acredita em signos nem em numerologia, mas que acha que os carros têm mesmo "cara"... claro que têm! Têm expressão, têm olhar (os faróis são, obviamente, os olhos), são calmos ou agressivos, sérios ou alegres, e o Renault 5 era definitivamente alegre. Residiu na linguagem publicitária um dos mais importantes trunfos do modelo francês: uma abordagem ao mercado inovadora e simples, bem disposta, positiva, de resto na senda do que de melhor faziam – e ainda fazem – os criativos franceses.
Facto 5
Poderá o Renault 5 renascer? Numa bela jogada de marketing, ou talvez algo mais, a Renault lançou em 2021 um concept-car daqueles quase prontos para entrar na linha de produção (para bom entendedor...). Baseia-se na inconfundível silhueta do R5 e, a ser mesmo lançado – fala-se em 2023 – será 100% elétrico, o que junta ainda mais interesse aos olhos de uma potencial clientela que, entretanto, ficou em transe e com água na boca. Se vir a luz do dia, venderá como pãezinhos quentes – croissants, vá.
O R5 e o desporto
Nem as apelativas versões desportivas, e muito menos a competição automóvel pura e dura, podiam escapar à sedução do Renault 5: em versões civis ou transformados em máquinas de competição, o R5 Alpine, o R5 Turbo e o R5 GT Turbo deram cartas nos troços de terra e no asfalto dos circuitos, contribuindo para enriquecer a história do modelo.
Type 3, Sua Alteza O Carro do Povo
Depois do primeiro Volkswagen, o carro do povo, ser apresentado em 1938 e ter iniciado produção em 1946, em 1950 chegava o Type 2, o famoso “pão de forma”. Onze anos mais tarde, em 1961, era a vez do Type 3, o carro do povo... e da burguesia. Comemora agora 60 anos.
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É um exclusivo do modelo elétrico Mini Cooper SE e conta com unidades limitadas. O lucro do reverte para iniciativas de arte urbana em Portugal.
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Rolex 24 Horas de Daytona. A corrida de resistência mais esperada do ano arranca este fim de semana
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“Estes portugueses são loucos!”
Nem Astérix o teria dito melhor: correr o Rally Safari Clássico num, perdão, em dois Renault 4L, é obra. E revela um espírito, como dizer, aventureiro, livre de quaisquer amarras e, porque não dizê-lo, um pouco... assim, pois.
Model 3, a conta que a Tesla fez
E fez muito bem, já que este modelo permitiu à marca norte-americana ganhar escala e não ser apenas “aquele fabricante dos carros acima dos 100 mil euros”. Além disso, ou muito devido a isso, o Tesla Model 3 é a menina dos olhos do ‘renting’ e das empresas.
Opel Corsa: a ternura dos 40
Lançado em 1982, o Opel Corsa já se tornou um clássico da história do Automóvel. Quarenta anos e seis gerações depois, continua a povoar as nossas ruas, estradas, auto-estradas, ultrapassando já a fasquia dos 14 milhões de unidades vendidas.
Mazda2, híbrido mais híbrido não há
A silhueta inconfundível de um... Toyota Yaris (?) abriga a alma do Mazda2 híbrido. Não é ‘plug-in’, autocarrega-se em andamento, mas neste test-drive comprovou ser uma ótima estratégia. A Mazda levou o conceito híbrido ao extremo: é mesmo igualzinho a outro carro, é quase um híbrido duas vezes.
Feliz aniversário, Civic-san!
Cinquenta anos após o seu lançamento, 11 gerações e mais de 27 milhões de unidades depois, o Honda Civic está aí para as curvas. Tornou-se parte integrante da paisagem automóvel global e nem os circuitos lhe escaparam – que o diga Tiago Monteiro.
Já aqui o havíamos afirmado: 2021 é um belo ano para efemérides automóveis. E esta é uma das mais importantes.
Não é bem isso. É mais uma segunda vida para o construtor que já foi inglês, mas mudou de bandeira, e que agora é uma marca chinesa fabricante de viaturas elétricas.
O modelo da marca francesa de automóveis não só é fácil de estacionar, como pode ser conduzido a partir dos 16 anos. A Citroën oferece a possibilidade de total personalização, abrindo o elétrico ao mercado profissional. Falamos, claro, do Citroën AMI, que até já chamou à atenção do mercado chinês, que o copiou por cerca de 2000 euros.
Pois, é natural que não. Para todos os efeitos, ainda não é vendido em Portugal. Trata-se de um SUV plug-in chinês, “primo direito” do Volvo XC40, que tivemos a oportunidade de testar em Madrid – a marca Lynk & Co está a lançar-se em Espanha e antes de 2023 não virá para Portugal – infelizmente...