Dos Açores ao Alentejo, vinhos para viajar sem sair de casa
Um mês para aguardar a primavera, preparar as novas safras e provar alguns vinhos prontos para engarrafar ou estagiar. Um tinto e um branco do Alentejo, dois tintos do Douro e Tejo, um Porto velho e um espumante certificado pela primeira vez.
Quinta da Boavista Vinha do Oratório 2019
A quinta, conhecida pela sua ligação histórica ao Barão de Forrester, lança este vinho cujas uvas provêm da parcela com o nome de Oratório, formada por terraços que chegam a atingir oito metros de altura. Uma mistura de mais de 25 castas durienses com uma idade média superior a 90 anos. A vindima é manual e a pisa a pé em lagares de granito. O tinto estagiou em barricas de carvalho francês durante, pelo menos, 18 meses e a consultoria enológica é de Jean-Claude Berrouet. €125
Vieira de Sousa Porto Tawny 50 Anos
Um dos vinhos mais exclusivos da casa elaborado a partir de vários lotes de vinhos do Porto com uma idade mínima de 50 anos de estágio em tonéis e pipas, guardados nos armazéns das propriedades da família. Os responsáveis referem que a estabilização natural deu origem a um vinho de qualidade superior com uma cor tawny profunda e uma complexidade de aromas. €234
Monte dos Cardeais Reserva Branco 2021
Um alentejano do produtor António Costa Boal, mais conhecido pelos vinhos no Douro e Trás-os-Montes. Este vinho, com enologia de Paulo Nunes, é feito a partir das castas Chardonnay e Antão Vaz. A vindima é manual em caixas de 20 quilos. Houve maceração pré-fermentativa após desengace de seis a 12h e, após desengace, prensagem suave. Arranque de fermentação espontânea em cuba de inox terminando em barrica, onde fica a estagiar sobre borras finas durante seis meses. €12
Reserva das Pedras Castelão 2017
Um DOC Tejo da Quinta da Alorna feito exclusivamente com a casta Castelão. Os vinhos Reserva das Pedras nascem de vinhas velhas plantadas na zona da Charneca num solo pelo qual o Rio Tejo já passou deixando um terreno arenoso, grande parte de areia e alguma argila. Na adega, a fermentação ocorre a temperatura controlada. Este tinto, com enologia de Martta Reis Simões, estagia 50% em barricas de carvalho francês durante 12 meses. Antes de engarrafar, o produto é estabilizado e filtrado. €19,99
Art. Terra Curtimenta 2022
Uma homenagem aos antigos métodos de produção de vinho no Alentejo produzido a partir das castas Arinto e Antão Vaz. A vindima é mecânica com pisa a pé. Este branco proveniente de vinhas que em 2022 tiveram maturação lenta, é elaborado através do mesmo processo que o vinho tinto, com fermentação em lagar com os bagos inteiros, maceração durante oito dias e um estágio de seis meses em barricas de carvalho francês usadas de 400 litros. €13
Espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017
O primeiro espumante certificado dos Açores, da Picowines, feito exclusivamente com a casta Arinto dos Açores da zona da Candelária, sob a orientação do enólogo Bernardo Cabral. A fermentação é espontânea em depósito de inox e a segunda fermentação foi feita em garrafa pelo método clássico durante dois meses, a uma temperatura de 12ºC. Dégorgement feito em outubro de 2022. €60
E se um hotel no Douro o convidasse a jantar com os melhores produtores de vinho da região?
É assim a primavera no restaurante Raiva do Octant, placidamente situado nas margens do rio, em Castelo de Paiva. A MUST foi conhecer as Semanas do Produtor e veio de lá encantada: com os vinhos, a comida, a hospitalidade e as estórias daqueles belos socalcos.
Quinta das Murgas, um enoturismo ao lado de Lisboa para descobrir sem rede
A 25 quilómetros da capital, a Murgas Wines organiza passeios a cavalo, piqueniques com produtos regionais e claro, provas de vinho. Uma experiência de enoturismo a pensar na primavera que se avizinha.
Constança Cordeiro, bartender. “Se o cocktail é um luxo, queremos criar experiências de bem-estar”
Irrequieta e apaixonada pelo seu trabalho, Constança Raposo Cordeiro tem vindo a afirmar-se numa profissão que era tradicionalmente masculina. Cinco anos depois de abrir o bar Toca da Raposa criou o UNI, com novo conceito, e promete voltar a surpreender.
Vinhos. Orange is the new… branco
A chegada ao mercado de alguns novos brancos de Curtimenta foi a desculpa ideal para explorar estes vinhos brancos tão especiais, e mostrar alguns dos melhores exemplos no nosso país.
Taboadella. A quinta, a casa, a adega e o vinho
O Dão foi o primeiro amor de Américo Amorim no mundo dos vinhos. Agora, a sua filha Luísa está a transformar a Taboadella num ex-líbris da região, que a MUST foi visitar.
6 vinhos para festejar entre pais e filhos
Um tempo para comemorar o Dia do Pai, celebrar a contagem decrescente para a primavera ou ainda o famoso Saint Patrick's Day. Duas reservas do Douro e do Tejo, um monocasta e uma edição especial, ambos alentejanos, e dois "verdes" distintos.
Vinhos para antecipar a primavera
Chegámos ao mês da fase “pintor”, em que se inicia a maturação das uvas e estas começam a ganhar cor. Para assinalar o momento, elegemos quatro tintos dos Açores, Tejo, Douro e Alentejo e dois brancos com madeira.
Vinhos para encontrar antigos e novos sabores
No início da primavera, espera-se pelos dias mais longos enquanto se assiste a mais um ciclo de fertilidade nas terras cultivadas e nas mais selvagens. Um tinto especial de um produtor com história, dois tintos do Douro e Dão, um branco em forma de homenagem e dois vinhos colhidos muito mais tarde.
Depois deste vinho, o verde nunca mais foi Igual
Desde o século XVIII que a família Camizão produz vinhos verdes. Das gerações mais novas, João Camizão começou a sua carreira em telecomunicações e, a mulher Leila, na produção de eventos. Hoje dedicam-se ao Sem Igual, um vinho que rompeu tradições, mas sem as estragar.
Vinhos para celebrar a vida, a família e os amigos
Todas as razões são boas para comemorar. Religiosas, pagãs ou de outras origens, as festas regadas com vinho marcam a ligação do homem à natureza e aos seus. Um espumante histórico, um vinho de sobremesa e três durienses com alma e tradição. A sul, no Tejo, um reserva branco.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
Um Pinot Noir sem nada a temer dos borgonheses, um espumante que não é branco nem rosé, mas Baga, e três vinhos de terroir de vinhas muito velhas. A Casa da Passarella foi ao passado abrir caminho para os vinhos de amanhã, e o resultado é francamente especial.
Em novembro preparam-se as videiras para as chuvas e para o novo ciclo que se inicia. As folhas caem e a planta entra em hibernação antes de se iniciar a fase da poda. Para muitos, o mês mais tranquilo nas vinhas.