O polémico hotel de luxo na Suíça que oferece um serviço Covid-19
Se optar por 14 dias no Le Bijou pode gastar até 25200 euros só com a dormida. Mas se quiser incluir testes ao novo coronavírus e consultas médicas o valor sobe. As reservas continuam a aumentar.

O que o dinheiro não compra? Há muitas respostas a esta pergunta e esta é uma delas. Na Suíça parece que nem o avanço da pandemia do novo coronavírus refreou o hotel de luxo Le Bijou, em Zurique, a encerrar as portas. Muito pelo contrário: está a funcionar e lançou um novo pacote, o Serviço Covid-19. Além da estada, que varia entre os 700 euros e os 1800 euros por noite, os hóspedes podem escolher serviços extra como testes ao novo vírus por cerca de 450 euros.
Em entrevista ao jornal Washington Post, o cofundador e diretor-executivo do Le Bijou, Alexander Hübner, afirmou que as receitas caíram significativamente no início de março, como foi registado em quase todo o setor hoteleiro pelo mundo conforme a pandemia do novo coronavírus foi avançando pelo globo. Ao contrário de muitos hotéis – até o histórico Ritz, em Lisboa, encerrou as portas após 60 anos sempre aberto e juntou-se à lista de hotéis que fecharam temporariamente "por precaução e em resposta à atual situação do Covid-19" – o luxuoso Le Bijou resolveu lançar uma oferta diferente.
O objetivo foi adequar-se aos pedidos de clientes que gostariam de se resguardar do contágio do novo vírus sem ter de recorrer aos hospitais. Até o momento da publicação deste artigo, a Suíça é o oitavo país no mundo com mais pessoas infetadas, com 11952 casos detetados e 197 mortes. Para criar um isolamento de luxo, outros complementos oferecidos pelo Le Bijou incluem check-in automático para que os novos hóspedes não precisem de entrar em contacto com ninguém na receção. E ainda serviços médicos personalizados no quarto, como cuidados de enfermagem duas vezes ao dia por até 1600 euros ou até aos 4300 euros por 24 horas, serviços estes realizados por uma clínica de saúde privada.

"No começo, tínhamos apenas duas reservas por dia", partilhou Alexander ao Washington Post. "Agora, aumentámos para quatro, cinco, seis por dia, e começámos, acho, há uma semana ou dez dias." E as comodidades das 42 unidades do hotel não se resumem a serviços médicos, já que o Le Bijou – como é obviamente de se esperar – não está a motivar pessoas infetadas com o Covid-19 que se tratem por lá. O aconselhamento é o mesmo do Governo suíço e da Organização Mundial da Saúde: quem estiver doente deve ficar em quarentena. Portanto, aos que estão bem de saúde e querem aproveitar o tempo num quarto de luxo, com jacuzzi, ginásio e lareira, o hotel também oferece um serviço de entrega de comida com refeições confecionadas por um chef.
A única "chatice" é que, ao cumprir as normas de higiene e seguranças impostas no país, os serviços de limpeza diários não estão incluídos durante a estada, já que o quarto pode apenas ser limpo antes e depois da saída dos hóspedes. Mas se for organizado e limpo (além de rico), isso não será um problema.

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