João Sousa: os melhores momentos da carreira do tenista
O percurso excepcional de João Sousa termina demasiado cedo, a poucas semanas de fazer 35 anos. O próximo Estoril Open, que decorre entre 30 de março e 7 de abril, será o seu último torneio.
João Sousa nasceu a 30 de Março de 1989, em Guimarães. O gosto pelo ténis foi-lhe transmitido pelo pai, juiz e tenista amador autodidata. Foi com ele que começou a praticar a modalidade e, aos 7 anos, começou a ter aulas no Clube de Ténis de Guimarães. A sabedoria popular diz que não se pode servir dois senhores – João Sousa fê-lo: durante anos foi jogador de ténis e de futebol com possibilidade de futuro risonho em qualquer das modalidades. Com 12 anos conseguiu ser campeão nacional de iniciados e foi então que o seu treinador achou que tinha potencial para ser profissional no ténis. Não obstante, João Sousa continuou a jogar futebol no Vitória de Guimarães até aos 15 anos e, aos 14, a sua equipa de futebol foi também campeã de iniciados. Os treinos começaram a colidir e foi preciso escolher. Ganhou o ténis. Caso para acrescentar: ganhou o país, ganhámos todos. Nunca um tenista português chegou tão longe quanto ele. Hoje, a pouco mais de um mês de fazer 35 anos, anunciou que vai pôr um ponto final na sua carreira. O próximo Estoril Open, que se realizará entre 30 de Março e 7 de Abril, será o seu último torneio.
Quando se decidiu, definitivamente, pelo ténis, foi para Barcelona, onde se profissionalizou. João Sousa, o melhor jogador português de todos os tempos, tornou-se profissional em 2007 e, ao longo de 17 temporadas no circuito mundial de ténis, conquistou quatro títulos ATP (Kuala Lumpur em 2013, Valência em 2015, Estoril Open em 2018 e Pune em 2022) e alcançou o 28.º lugar no ranking ATP, em Maio de 2016.
2018 foi o melhor ano da sua carreira. Fez história ao tornar-se o primeiro tenista nacional a vencer o Estoril Open – único torneio do circuito ATP que se realiza em Portugal. João Sousa nunca escondeu que vencer em casa era um objetivo que tinha há muitos anos. Para além disso, terminou no 45.º posto do ranking ATP, tanto em singular como em pares – além dele, só outros dois jogadores conseguiram atingir o top 50 simultaneamente em pares e singulares: Nicolas Jarry e Robin Haase. Em cima disso, ainda chegou aos oitavos-de-final do US Open (nunca um português tinha chegado tão longe numa prova do Grand Slam).
Um percurso de excelência, principalmente no desporto, apresenta sempre a fatura, mais cedo ou mais tarde. No caso de João Sousa, foi mais cedo. O tenista despede-se da modalidade porque as lesões que sofreu nos últimos anos, principalmente, a fissura no pé esquerdo, que o obrigou a terminar a temporada de 2019 mais cedo, e a lesão crónica nas costas, o têm impedido de dar o seu melhor.
"Os últimos tempos têm sido muito difíceis. Tive muitas lesões que me impedem de jogar ao mais alto nível. Tenho lutado contra isso, mas o meu corpo e mente têm dado sinais de muito cansaço e dores diárias. Após muita consideração, decidi retirar-me do ténis profissional e o Estoril Open vai ser o meu último torneio como tenista profissional", explicou João Sousa numa conferência de imprensa. Quem acompanha a modalidade não se surpreende, mas entristece-se.
Em entrevista à GQ, em 2018, João Sousa foi questionado sobre um eventual futuro fora do ténis. Respondeu o seguinte: "Nunca pensei muito nisso. Fora do ténis acho que não vai acontecer, acredito que vá fazer alguma coisa ligada à modalidade. Já me falaram de academias, já me falaram de estar ligado à federação. Sinceramente, não pensei sobre isso, estou muito mais focado na minha carreira, ainda. Faria sentido manter-me ligado à modalidade, até para transmitir a experiência de todos estes anos de prática."
Chegou o momento de pensar nisso.
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