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Coronavírus. Como proteger-se no regresso aos treinos

Agora que os ginásios começam a reabrir, reunimos algumas sugestões para evitar a contaminação nas salas de treino.

Foto: Victor Freitas | Unsplash
01 de junho de 2020 | Aline Fernandez e Rosário Mello e Castro

Quaisquer superfícies de contacto frequente, como os halteres e os botões das passadeiras e bicicletas ergonómicas podem representar um problema num período de pandemia. Mas antes de cair na tentação de ficar no sofá a ficar a ver o novo episódio de uma série, saiba quais as medidas a tomar para tornar possível o ritmo de treino num cenário de medo de contaminação por coronavírus.

Primeiro, é claro que como em qualquer espaço confinado, existem riscos de transmissão durante o treino. "Talvez esse seja o momento para ser mais cauteloso com todos os tipos de exposição, incluindo o ginásio", reforçou ao The New York Times David Thomas, professor de medicina e diretor da Divisão de Doenças Infeciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos da América. Contudo, o mesmo reitera que o suor não pode transmitir o vírus. Ou seja, não há motivo para (tanto) pânico.

Vale a pena ressalvar que antes de desistir de ir treinar, existe um risco menor de contrair o novo Covid-19 agora que os ginásios são obrigados a seguir regras próprias, como distanciamento entre máquinas, equipamento de proteção para os funcionários e balneários encerrados (apenas os cacifos e as instalações sanitárias continuarão em funcionamento). Também as saunas, banhos turcos, solários, jacuzzi e similares devem permanecer encerrados até indicação contrária.

Mantenha uma distância necessária e a higiene em qualquer lugar que frequentar.

Os investigadores continuam a tentar descobrir como o novo coronavírus se espalha exatamente, mas o que já se sabe – através do resultado de estudos sobre outros coronavírus – é que este permanece durante até nove dias em superfícies de metal, vidro e plástico. Sabendo isto, é importante evitar superfícies de alto contato em qualquer lado, que no ginásio vão desde as máquinas de levantar pesos, halteres, cordas aos botões de comando das passadeiras e bicicletas ergonómicas, áreas frequentemente manuseadas. O perigo, portanto, é o mesmo dos botões de elevadores e das maçanetas das portas, locais que estão sempre a serem tocados pelas mãos de diversas pessoas.

O primeiro passo é desinfetar todas as áreas com as quais terá contato antes de usá-las e repetir a higienização após o uso das facilidades com  frascos de spray de limpeza das máquinas, tapete e equipamentos. Se quiser ter mais precaução leve de casa um frasco de solução alcoólica (esta deve ter mais de 70% de álcool). 

Num período de preocupação global tão grande nenhuma medida é exagerada. Caso não se sinta confortável, converse com os responsáveis pelo ginásio para solicitar uma circulação de ar constante no espaço e uma rotina de limpeza realizada mais vezes do que o habitual – o cenário atual exige tamanho cuidado. 

Além da higienização das superfícies com frequência, provavelmente já sabe mas não custa reforçar, é recomendável que lave as mãos com frequência durante 30 segundos e não toque no rosto. Se se sentir doente, fique em casa – qualquer sintoma que diminua a sua imunidade no período atual deve ser tido em atenção. Outras soluções passam por utilizar treinos em casa, com a ajuda de aplicações. 

 

Saiba mais ginásio, treino, contaminação, coronavírus
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