Talha à Mesa: dois dias para juntar alta gastronomia alentejana e Vinho de Talha
Nos dias 23 e 24 de março, a Adega Cooperativa da Vidigueira promove um encontro onde grandes chefs vão mostrar toda a versatilidade, à mesa, dos vinhos de talha.
É seguro dizer que o Vinho de Talha está na moda. Seguro e mais ou menos fácil de comprovar, dada a popularidade crescente de todos os eventos que celebram a abertura das Talhas, mas este novo festival pretende "elevar o papel do Vinho de Talha na gastronomia portuguesa" e, para o fazer, a Adega da Vidigueira, Cuba e Alvito vai juntar chefs de renome, almoços e jantares vínicos, showcookings e masterclasses − tudo à volta destes vinhos que os romanos nos deixaram.
O evento decorre entre os dias 23 e 24 de março, porque se é bem verdade que o ditado manda que "no dia São Martinho se vá à adega e prove o vinho", também é certo que depois dessa data nem toda gente tem uma taberna alentejana à mão, para dois dedos de conversa e uns copos servidos diretamente do pote. Ou seja, o consumo de vinho de talha passa cada vez mais pela garrafa, e é por isso que esta nova data faz sentido, logo no primeiro fim de semana de primavera, quando as talhas já foram engarrafas.
O momento contará então com os chefes João Mourato, da Quinta do Quetzal, uma das grandes referências da região atualmente, do surpreendente Pedro Mendes, do Áurea em Lisboa, e que passou muitos anos no Alentejo, e de José Júlio Vintém, do Tombalobos, em Portalegre, sem grande contestação o maior embaixador da gastronomia regional. Aos três, o desafio de usar a criatividade para criar refeições que casem na perfeição com os Talha, o que promete, uma vez que a gastronomia alentejana evoluiu, também, de mãos dadas com estes vinhos. Luís Gradíssimo, da Enóphilo, parceira do evento, refere que "não podíamos estar mais longe do conceito de cantina", habitual neste tipo de festivais, acrescentando que "não será apenas possível ver os chefs em ação, como conversar e trocar opiniões sobre os pratos".
Os showcookings de sábado e domingo decorrem em plenas vinhas centenárias de Vila Alva, onde a cooperativa produz um branco de talha muito gastronómico e, para além dos chefs, o programa conta ainda com masterclasses e um bar de Vinhos de Talha, onde será sempre possível provar qualquer um dos produtores associados, escolhidos entre as maiores referências da região. Já o Copo das 5 será um excelente contraponto às refeições mais gourmet, uma vez que aqui estamos a falar dos petiscos mais típicos, como torresmos, bacalhau com grão, pica pau, queijos ou enchidos, servidos por duas cozinheiras locais.
As entradas estão disponíveis na Ticketline, ou no site da Adega Cooperativa da Vidigueira, individualizadas para cada um dos momentos, sendo que a ideia será sempre criar uma experiência intimista, fugindo às enchentes, e por isso existe e um número reservado de lugares para cada momento. "Entre as 15 e as 150 pessoas, com preços entre os 10 e os 65 euros" avança a organização. Haverá ainda um bilhete "total", que não só dará entrada a todos os momentos, como direito ao Vila de Frades 1656, a nova referência Talha da Adega, um tinto que estagiou numa ânfora de barro desse longínquo ano. Uma verdadeira preciosidade.
O Vinho de Talha não deixa de ser um nicho − 120 mil litros contra os cerca de 90 milhões que o Alentejo produz no total, mas é um nicho que atrai cada vez mais apreciadores à procura de vinhos diferentes, autênticos, e este festival parece-nos o local perfeito para conhecer o que de melhor se faz por aqui.
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