Estrelas Michelin: os perdedores da noite
A primeira gala Michelin dedicada, em exclusivo, a Portugal deu a conhecer os restaurantes que ganharam estrelas, os que mantêm, mas também os que perderam. Saiba quais são e quais os motivos das derrotas.
É inevitável. Em noite de prémios há sempre vencedores e perdedores. Se é duro ganhar uma tão cobiçada e desejada estrela Michelin, mais duro ainda será tê-la e vê-la escapar-se por entre os dedos. Foram três os restaurantes que viram isto acontecer. Nenhum dos casos foi uma surpresa. E se está já a pensar em fornos cheios de gordura ressequida, baratas a passear pelas bancadas e frangos que já estavam vivos quando Cavaco Silva era primeiro-ministro, deixe-nos sossegá-lo, por um lado e, por outro, dizer-lhe que anda a ver demasiados programas de televisão sobre cozinhas sebentas. As estrelas perdidas ficaram a dever-se a motivos muito mais inocentes.
Eneko Lisboa – Este restaurante, que fica no espaço do antigo Alcântara Café, e a que o chef basco Eneko Atxa deu o nome, fechou e, naturalmente, perdeu a sua estrela. O seu último serviço decorreu na noite de 31 de dezembro de 2023. Saiu em grande, mas a verdade é que saiu. O Penha Longa Resort, proprietário do restaurante, fechou primeiro o Basque, um restaurante mais descontraído, paredes meias com o Eneko Lisboa, e depois acabou mesmo por fechar o próprio. Prova de que nem uma estrela Michelin é garantia de sobrevivência.
Casa da Calçada, em Amarante – Neste caso, espera-se que a perda da estrela seja temporária e que o restaurante depressa recupere a glória perdida. A Casa da Calçada está em obras e, portanto, fechou temporariamente, razão pela qual perdeu a sua estrela.
Vistas, em Vila Nova de Cancela – As empresas são as pessoas que as compõem, já o sabemos. E isso é particularmente verdade nos restaurantes. É o chef e a sua equipa que o faz elevar e subir aos píncaros da qualidade e da inovação. Tendo em conta a saída do chef Rui Silvestre, que transitou para o Fifty Seconds, o Vistas perdeu aquilo que fazia dele o que ele era e, portanto, perdeu a sua estrela.
Com a entrega das estrelas deste ano, está aberta a "época de caça" às estrelas de 2025. Daqui a 12 meses veremos se algum destes restaurantes volta a entrar na lista mais desejada do negócio da restauração.Guia Michelin: Céu da restauração portuguesa continua estrelado
Um novo restaurante com duas estrelas e mais quatro com uma foram a grande novidade da primeira gala Michelin dedicada em exclusivo a Portugal. Por Miguel Judas, em Albufeira.
Vítor Matos: "No fundo, o que é uma estrela Michelin? É apenas uma recomendação para as pessoas nos visitarem."
A subida do Antiqvvm ao muito restrito grupo de duas estrelas nacionais (são agora oito) foi a maior novidade da primeira gala Michelin dedicada a Portugal. O transmontano recebeu outra estrela com o 2Monkeys, o restaurante lisboeta que tem em dupla com o jovem chef Francisco Quinta e viu ainda a sua chef do Blind (Porto), Rita Magro, ser distinguida.
Prémios Mesa Marcada 2023: os vencedores
Já são conhecidos os grandes nomes da 15ª edição dos prémios gastronómicos. Alguns nomes já eram esperados, mas também houve lugar para surpresas, afinal, uma noite de galardões sem suspense é como amêijoas à Bulhão Pato, sem coentros.
Ericeira recebe festival dedicado ao ouriço - uma iguaria do mar
Na 8ª Edição do Festival Internacional do Ouriço do Mar, que decorrerá entre os dias 15 e 24 de março, o mercado municipal da Ericeira será mais uma vez o palco de provas gastronómicas, showcookings e uma oficina de ciência.
Ninguém perdeu. Quem ganhou ou manteve as estrelas Michelin em Portugal?
De Norte a Sul, passando pelas ilhas, nomes nacionais e internacionais, cozinhas tradicionais portuguesas ou do mundo. A consagrada (e aguardada) lista dos melhores restaurantes nacionais do ano.
Portugal distinguido com 5 novas estrelas no Guia Michelin
Entre os 27 restaurantes portugueses premiados, a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, recebeu a sua segunda estrela Michelin, e quatro outros novos restaurantes juntaram-se ao guia: Mesa de Lemos, Vistas, Epur e Fifty Seconds.
No Convento do Beato, em Lisboa, premiou-se o talento nacional no que respeita à gastronomia, ao mesmo tempo que se assinalou o empoderamento feminino, com o cocktail e um jantar de gala exclusivamente criado por quatro chefs portuguesas: Justa Nobre, Ana Moura, Marlene Vieira e Sara Soares.
O emblemático guia gastronómico volta a Portugal, agora em versão digital, menos elitista e mais próximo de todos. Vai distribuir “Soís” (um, dois ou três) aos restaurantes e prestigiar o melhor da cozinha portuguesa.
Das entradas às sobremesas, o sabor intenso da trufa d’Alba delicia o inverno no restaurante italiano, em Sintra.
O restaurante italiano é já uma bem conhecida e obrigatória paragem no roteiro desta trufa. Uma vez mais, o chef Tanka Sapkota não desiludiu e conseguiu uma trufa branca com quase 700 gramas para arrancar a época. O espécime teve de vir de avião, no colo da fornecedora, ou não chegava a tempo.