Um fim de semana com vista para a marina de Vilamoura
De passeios de barco a idas ao casino, as atividades de lazer que existem em Vilamoura, no Algarve, são múltiplas. Eis a experiência da MUST.
Outrora uma vasta paisagem de terrenos verdejantes, Vilamoura é hoje um dos destinos de férias mais populares de Portugal, a nível nacional e internacional. A trinta minutos do aeroporto de Faro e a cerca de três horas de Lisboa, a urbanização foi crescendo ao longo dos anos em redor da marina pela qual é conhecida, construída na década de 70 e a maior do país. É lá que encontramos imponentes iates atracados, com nomes como Brutus ou Eximius, mas também muitos turistas de passeio. Afinal, esta é uma das maiores estâncias de lazer da Europa, recheada de alojamentos, estabelecimentos comerciais e nacionalidades várias. É também lá que encontramos o Tivoli Marina Vilamoura Algarve Resort, cuja localização privilegiada deixa pouco à imaginação (porque tudo está bem à vista).
Com 35 anos de história, o hotel foi alvo de uma grande renovação (que ainda não está concluída), dos 383 quartos ao jardim, com o intuito de satisfazer as atuais necessidades de quem o visita, mas também de melhorar a experiência geral, elevando-a ao patamar seguinte, sempre num ambiente sofisticado, e ainda de quebrar a sazonalidade do Algarve. "Esta é uma história que se faz com uma visão quase internacional", refere, com entusiasmo, Hugo Gonçalves, diretor geral do resort, acrescentando em tom de brincadeira que o presente edifício é tão icónico que todos já o devemos ter visto num postal.
Com diversas tipologias de cliente - de turismo balnear ao do golfe (é reconhecido internacionalmente pela qualidade dos seus campos), passando pelo laboral, muito devido ao Centro de Congressos do Algarve inserido no hotel - a modernização dos quartos era urgente, incluindo as 21 suítes que agora transmitem ainda mais uma sensação de serenidade, alcançada através da paleta de cores neutra e materiais alusivos ao verão, como o rattan (uma fibra natural, que é agora uma tendência na decoração). Vemos esta tendência em peças como os candeeiros ou a cabeceira das camas, que fazem lembrar objetos feitos à mão que poderíamos encontrar numa feira de artesanato local.
A decoração é marcadamente náutica e contemporânea, mas mantendo o perfil clássico e de charme do hotel, transportando-nos de imediato para um passeio pela costa (em todo o caso, a vista da varanda, direta para a marina, já nos faz sentir a proximidade do mar). Mas a excelência não se fica apenas pelo que está à vista: a moderna casa-de-banho tem todos os utensílios de que uma família poderia precisar, e os espaçosos roupeiros, com luzes automáticas, permitem poupar na eletricidade - a sustentabilidade é um grande preocupação do resort, mas já lá vamos.
Além dos quartos, o lobby foi uma das áreas onde ocorreram mudanças mais profundas: majestoso, distingue-se pela madeira e chão de mármore, grandes colunas, e pelos tons bege que remetem para a areia da praia e outros inspirados no oceano, quase como "um navio atracado para quem o vê do parque de estacionamento", conta Hugo Gonçalves.
É também ali que os apreciadores de doçaria podem encontrar uma das recentes novidades. Ao invés de um bar disponíve all-day, que servia de cafés a cocktails, decidiram dividir os ambientes e criar assim o Glee Boutique Café (com portas abertas para o exterior), dedicado à pastelaria francesa e aos famosos macarrons, em tons de creme e pastel.
Numa outra ótica, esta mais noturna, surge o The Argo Cocktail Bar, descrito como "a mais pura experiência da coquetelaria", primada pelas referências londrinas e todos os essenciais de uma boa bebida, sem esquecer a música ao vivo, do jazz à bossa nova. O The Argo "representa uma caravela, e o que nos inspirou foi toda a água à sua volta, bem como a época dos descobrimentos, transportando-nos de imediato para a rota das especiarias". No interior destacam-se os tons e as texturas ricas, fazendo lembrar os luxuosos bares dos clássicos do cinema, mas é o seu grande terraço, também com vista para a marina, que nos tira a respiração, tanto quanto os iates ali perto - a varanda permite posicioná-lo num patamar estrategicamente acima, tanto a nível físico como de prestígio, explica o gerente aquando da nossa visita.
Ainda na cena gastronómica, navegamos até ao Voyage, onde comemos o pequeno-almoço de frente para a agradável piscina. Com a temperatura amena, optámos por nos sentar no interior, embora muitos hóspedes, na sua maioria estrangeiros, não o tenham feito. Funciona como um típico buffet, com ilhas recheadas de fruta, pastelaria, comidas quentes, enchidos e até opções gluten e lactose free, entre outras.
Em termos de design, o Voyage dá continuidade ao tema geral deste Tivoli: detalhes de decoração florais e geométricos, tecidos às riscas que remetem para as velas dos barcos, combinações de vermelho, azul e branco e oito (sim!) variedades de cadeiras, recriando um "sofisticado estilo riviera francesa". Claro que não seria justo visitar o sul do país sem conhecer a costa algarvia, o que fizemos com um belo passeio de barco. Já a meio da manhã, os raios solares começaram a aquecer, e mesmo estando na primavera, sentimos o calor do verão.
De volta ao resort, o difícil foi escolher onde almoçar: o Peppers steakhouse especializa-se em cortes de carne premium, o Purobeach fica à beira-mar e o Oregano leva-nos a Itália. No fim, elegemos a cozinha mediterrânea para um almoço descontraído de fim de semana, enquanto observávamos os trabalhos finais na zona exterior, também alvo de remodelação. A piscina principal (há três exteriores) conta agora com uma maior acessibilidade e uma menor pegada ecológica - o tanque foi reduzido em trinta por cento, o que diminui significativamente o consumo de água, químicos e energia; a entrada faz-se por uma rampa e o ponto mais fundo bate agora os 1,40 metros, de modo a que pais e crianças possam estar na mesma piscina, adornada por um mar de sofás, espreguiçadeiras brancas e pela sombra das 70 palmeiras (objetivo do projeto final), grandes chapéus de sol da natureza.
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E embora um dos principais motivos para se fazer férias no Algarve seja pôr em prática a arte do dolce far niente, há uma variedade de atividades para quem não aprecia este tipo de turismo. Podemos passear pelas praias, fazer uma aula de ioga, andar de bicicleta ou ainda explorar o ginásio e o spa, com piscina interior, sauna e tratamentos de rosto e corpo. Quando tudo isto falhar, porque não espreitar os livros da biblioteca do resort e deixar-se ficar nos confortáveis sofás? Foi o que fizemos depois de uma manhã cheia de atividades.
A remodelação permitiu que os valores no Tivoli Marina Vilamoura vissem um aumento de 20 a 25% este ano, admite Hugo Gonçalves. Atualmente, a estada num quarto premium para duas pessoas, com pequeno-almoço incluído, tem um custo base de €300.
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