Prazeres / Lugares

Chalet Ficalho em Cascais vence o Prémio Vilalva

Além deste, foram atribuídas, pela Fundação Calouste Gulbenkian, duas menções honrosas ao Edifício das Águas Livres, e às Casas Nobres de João Pereira e Sousa.

Foto: Fundação Calouste Gulbenkian
19 de setembro de 2023 | Rita Silva Avelar

Todos os anos, desde 2007, a Fundação Calouste Gulbenkian presta homenagem a Vasco Vilalva, um homem importante para o país na área da recuperação e da valorização do património, através do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva. São atribuídos 50 mil euros a projetos de excelência na área da conservação, recuperação, valorização ou divulgação do património português, imóvel ou móvel.

O júri desta edição distinção deliberou, por unanimidade, atribuir o prémio à Reabilitação do Chalet Ficalho, em Cascais, proposta a concurso pelo arquiteto Raúl Vieira (responsável técnico da intervenção) e Maria de Jesus da Câmara Chaves (dona da obra), por cinco razões, de acordo com o comunicado à imprensa. Porque "constitui um exemplo da arquitetura de luxo de veraneio que se instala em Cascais a partir do último quarto do século XIX, tendo sido implantado num pequeno parque com espécies arbóreas exóticas" e porque "o projeto incidiu sobre um edifício que, apesar de classificado, se encontrava já em acentuado grau de degradação e visava, por outro lado, a reconversão do imóvel num equipamento hoteleiro". 

Vista com piscina da casa Chalet Ficalho
Vista com piscina da casa Chalet Ficalho Foto: Fundação Calouste Gulbenkian

Ainda, devido a essa recuperação ter obedecido à traça original do edifício, com recurso a "técnicas e saberes artesanais tradicionais no trabalho das madeiras e da pedra"; pela recuperação do jardim, feita em colaboração com o Jardim Botânico de Lisboa; e, por fim, pela importância patrimonial do edifício.

Ao longo dos anos a fundação dedicou-se a assinalar intervenções exemplares em bens móveis ou imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do património. Após a morte da Condessa de Vilalva, em 2017, o Prémio recebeu o nome de Maria Tereza e Vasco Vilalva. O júri, composto por António Lamas (presidente), Gonçalo Byrne, Raquel Henriques da Silva, Rui Vieira Nery e Santiago Macias, decidiu atribuir ainda, nesta 15ª edição, duas menções honrosas à reabilitação e revisão dos espaços comuns e áreas de uso coletivo do Edifício das Águas Livres, e às Casas Nobres de João Pereira e Sousa, ambos em Lisboa.

Saiba mais Lugares, Cascais, , Fundação Calouste Gulbenkian, Chalet Ficalho, , construção e obras públicas, Maria Tereza, Vasco Vilalva, Jardim Botânico de Lisboa
Relacionadas

Visita guiada ao modernismo algarvio

The Modernist Weekend é um fim de semana temático dedicado à arquitetura modernista algarvia. Talvez surpreenda, mas Faro, onde decorre a iniciativa, tem centenas de edifícios modernistas. Alguns amados, muitos mal estimados.

Chefs on Fire regressa a Cascais

O festival gastronómico do fogo volta a acender o seu firepit em Cascais. Desta vez apresenta 27 chefs nacionais e três internacionais, dos quais oito têm estrelas Michelin, e 12 concertos.

Mais Lidas
Lugares Vistas largas. Viagem até ao Vila Vita Parc

O Vila Vita Parc continua a ser uma referência no saber receber em grande estilo. Três décadas depois de abrir as portas ao nosso contentamento, este resort apetece todo o ano, para um jantar em excelência, e com estrelas Michelin, para mergulhar no spa ou contemplar mundos das suas altas arribas sobre o mar.