O luxo circula aqui
Conforto, tecnologia e potência impressionantes fazem parte dos requisitos de um carro de luxo. Há muitos a que deve estar atento, este ano, dos Bentleys aos Aston Martin.
Há cada vez mais compradores para os verdadeiros carros de sonho, nos quais o luxo e o requinte imperam. Em Portugal, venderam-se mais 15,3% de carros de luxo em 2018 do que no ano anterior. Resultado prático? Foram vendidos 980 veículos acima dos 100 mil euros. O modelo mais vendido foi o Mercedes CLS, logo seguido de outro Mercedes, o Classe S. A nível internacional venderam-se 57,2 mil carros de luxo, o ano passado, mais 2 mil do que em 2017. É o sonho (e o dinheiro) a comandar as decisões do número crescente de milionários. A Mercedes, a BMW e a Porsche são as marcas deste luxo em termos de volume de vendas e mesmo as exclusivas Ferrari ou Bugatti nunca venderam tantos desses objetos de desejo. A Bentley e a Jaguar trilham o mesmo caminho. E onde se vende mais? Os EUA são os maiores compradores de carros de luxo (em volume), seguidos pela China e pela Alemanha. Mais recentemente foi fabricado um automóvel de luxo absoluto: o Bugatti La Voiture Noire. É o carro mais caro do mundo e só existe um com o preço oficial de 16,7 milhões de euros. Tem 1.500 cavalos de potência e um ar futurista combinado com linhas clássicas inspiradas nos anos de 1930 (que união!). Durante umas semanas foi noticiado que teria sido comprado por Cristiano Ronaldo. A notícia foi desmentida.
Destaquemos os automóveis que prometem fazer a diferença nesse segmento, este ano. Seguindo o exemplo do novo Mercedes Classe S, o veículo de luxo mais vendido no mundo, em 2018, e cuja nova geração já foi lançada o ano passado, a Mercedes deposita grandes esperanças no seu modelo elétrico EQC, um SUV que usa muito do luxo do Classe S – o requinte e a tecnologia do interior não ficam muito aquém do bem mais exclusivo e caro Rolls-Royce. A marca de Estugarda estreia agora uma nova submarca, a EQ, baseada em automóveis elétricos com tecnologia exclusiva e o primeiro dessa linha é este EQC. O visual é um exemplo de vanguarda. Ao seu estilo de design, a Mercedes atribuiu-lhe um nome: Progressive Luxury. Os dois motores elétricos dão-lhe um total de 400 cavalos de potência e a autonomia de 450 km está perto da rival Tesla. O preço-base é o mais acessível da nossa lista de luxo, pois ronda os 80 mil euros. Mas muitos desejam-no por ser o primeiro de uma nova era para a Mercedes.
Inspiração britânica
Tem duas portas e quatro lugares e uma elegância que não deixa ninguém indiferente. A Bentley lançou, este ano, a terceira geração do seu modelo mais espetacular desde o virar do milénio. O Continental GT é um denominado Grand Tourer pensado para as grandes viagens e que não só está mais "magro" como, graças ao uso de alumínio com técnicas inovadoras, consegue ostentar formas mais complexas, sensuais e distintivas. Embora use como base a plataforma do Porsche Panamera, este é um Bentley à imagem da elegância automóvel britânica que foi imaginado e feito, em parte, à mão em terras de Sua Majestade, mais precisamente na localidade de Crewe. O ecrã é tátil e rotativo para se ajustar melhor ao condutor ou ao ‘pendura’. O motor biturbo 6.0 capaz de debitar 635 cv demora apenas 3,6 segundos a chegar aos 100 km/h e promete uma velocidade máxima de 333 km/h. Rapidez à parte, este Bentley é um dos mais belos automóveis do momento e já tem na lista de espera milionários ou não custasse 265 mil euros.
Da Bentley passamos para outro modelo bem britânico, o Aston Martin DB11 AMR. Esta é uma marca que simboliza luxo, elegância e moda. Ainda para mais, o DB11 é o modelo de James Bond. A versão DB11 AMR é ainda mais agressiva do que a DB11 normal e foi desenvolvida no moderno AMR Performance Center, o novo centro da Aston Martin ao lado do mítico circuito de Nürburgring, na Alemanha, conhecido como inferno verde, por se tratar de uma pista dentro da floresta. Todos os acabamentos cromados deram lugar a componentes em fibra de carbono tão leves quanto atrativos para quem gosta de velocidade. Tem um acabamento de pintura com o nome Stirling Green que imita os modelos de competição da marca. Por baixo do capot está o motor V12 biturbo de 5.2 que debita, agora, 639 cv de potência e chega aos 100 km/h em 3,5 segundos, atingindo os 334 km/h de velocidade máxima. Numa palavra: intenso. O preço ronda os 350 mil euros.
Da nossa lista de luxo não podia faltar um Rolls-Royce. A marca iniciou a produção em 1904 com o objetivo de construir o "melhor carro do mundo". Rendeu-se agora e pela primeira vez à moda dos modelos SUV e garante que construiu o melhor SUV do mundo em 2019. Chama-se Cullinan e usa como base o Phantom, outro dos modelos da marca, a qual pertence aos alemães da BMW desde 1998, embora continue a ter o Reino Unido, mais precisamente Goodwood, como sede de operações. Certo é que o Cullinan é o primeiro 4x4 da Rolls-Royce, que em 1987 era considerada a segunda marca mais conhecida, ficando atrás da Coca-Cola. E porquê Cullinan? Esse é o nome do maior diamante com 3.100 quilates. A estrutura do SUV é toda em alumínio, no que a Rolls-Royce chama da plataforma modular "Arquitetura do Luxo". Tem suspensão adaptativa, podendo-se não só subir ou descer a suspensão, mas também os para-choques. Há uma câmara frontal que mapeia o caminho e ajusta a suspensão para que a viagem seja ainda mais confortável. O motor V12 com dois turbos, 6.75 litros e 570 cv promete passar por cima de todos os obstáculos. Não sendo o Rolls-Royce mais caro, ainda assim o preço ronda os 300 mil euros.
Que futuro para os carros elétricos?
A gasolina, híbridos, elétricos e a hidrogénio. Adivinha-se um futuro bastante complexo para quem quiser andar sentado sobre quatro rodas.
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Já aqui o havíamos afirmado: 2021 é um belo ano para efemérides automóveis. E esta é uma das mais importantes.
Não é bem isso. É mais uma segunda vida para o construtor que já foi inglês, mas mudou de bandeira, e que agora é uma marca chinesa fabricante de viaturas elétricas.
O modelo da marca francesa de automóveis não só é fácil de estacionar, como pode ser conduzido a partir dos 16 anos. A Citroën oferece a possibilidade de total personalização, abrindo o elétrico ao mercado profissional. Falamos, claro, do Citroën AMI, que até já chamou à atenção do mercado chinês, que o copiou por cerca de 2000 euros.
Pois, é natural que não. Para todos os efeitos, ainda não é vendido em Portugal. Trata-se de um SUV plug-in chinês, “primo direito” do Volvo XC40, que tivemos a oportunidade de testar em Madrid – a marca Lynk & Co está a lançar-se em Espanha e antes de 2023 não virá para Portugal – infelizmente...