Livro. A melhor e a pior publicidade norte-americana dos anos 2000
Os anúncios publicitários dizem muito sobre a cultura de determinado sítio num dado momento, os usos e costumes, o Zeitgeist e – certamente – os hábitos de consumo. Há muitas formas de contar a história do mundo – esta é uma delas.

Ao folhear o livro All-American Ads of the 2000s, a mais recente edição da Taschen, tudo o que ocorre dizer é "eram felizes e não sabiam", ou "tão perto e tão longe", ou talvez ainda "como eles eram e como eles estão". Para quem já era adulto quando as Torres Gémeas caíram, o início dos anos 2000 foi ali, ao virar da esquina. É preciso fazer incrédulas contas de cabeça para chegar à conclusão que já se passaram 25 anos. Um quarto de século. Sim, leitor, nós compreendemos, vá beber um copo de água fresca que nós esperamos um bocadinho…

Já se recompôs do susto? Muito bem, vamos prosseguir. Este mais recente volume da coleção da Taschen chamada All-American Ads foca-se na primeira década dos anos 2000 – quando O Sexo e A Cidade ia para o ar todas as semanas, quando os NSYNC estavam na moda, quando Britney Spears ainda não tinha entrado em espiral descendente e quando Ben Stiller tinha a mesma cara que tem hoje. Se está com vontade de fazer uma caminhada pela alameda das memórias, este é o livro para si – desfrute de uma década de anúncios de revistas sobre comida, álcool, viagens, automóveis, moda, beleza e muito mais.

Nos anos 2000, um site chamado Amazon começava a dar lucro, as redes sociais davam o primeiro passo rumo à dominação global e o sentimento de invencibilidade dos Estados Unidos estava abalado com o 11 de setembro. Para escapismo, autoexpressão e até ligações românticas, os norte-americanos começaram a voltar-se para a tecnologia. Os irmãos iPod e iPhone reinavam tanto comercial, quanto criativamente. As séries de prestígio, como The Sopranos, Mad Men e Breaking Bad, dominavam a televisão. Enquanto a Netflix trocava o envio de DVDs – sim, foi assim que eles começaram! – pelo streaming, nascia a era dos reality shows e Paris Hilton imortalizava a expressão "That’s hot!".

Eis a cultura popular onde as agências publicitárias iam beber inspiração – e bebia-se muito na publicidade, antes da difusão daquela famosa frase que apela à moderação. Com 10 capítulos cobrindo toda a publicidade da década – desde comida e moda até entretenimento, negócios, viagens e automóveis – e com menções especiais tanto para os melhores como para os piores anúncios, All-American Ads of the 2000s capta uma era em que a publicidade ainda tinha o poder de vender produtos e sonhos a milhões, mas refletia uma nação em plena transformação.

Se ficou maravilhado com este livro, saiba que faz parte de uma colecção da Taschen que começa com os anúncios publicitários norte-americanos dos anos 40 e vem por aí abaixo até chegar à primeira década do século XXI.

O autor, Steven Heller, já produziu mais de 200 livros sobre comunicação visual e publicou inúmeros artigos em revistas internacionais de design. Atualmente, é cofundador e copresidente do programa de Mestrado em Design na School of Visual Arts, em Nova Iorque.
Este novíssimo volume All-American Ads of the 2000s está disponível no site da Taschen para pré-encomenda e custa 30 euros.
Livro. História de 225 anos de auto-retratos em 60 obras
"Self Portraits: From 1800 to the Present" é uma das mais recentes edições da Assouline. Um verdadeiro livro de mesa de café, este objeto de coleção promete horas bem passadas a analisar mais de 60 auto-retratos de artistas como Monet, Picasso, Félix Vallotton, Gustave Caillebotte, entre outros.
O livro dos cães chiques a valer
A Assouline lança esta edição especial, dedicada ao melhor amigo do ser humano, cheia de fotografias e histórias de cães finórios e dos seus donos aristocratas e glamorosos.
A história da Atlantic Records em imagens
Este grande volume da Taschen relata os 75 anos da famosa editora de música, fundada em 1947, que foi a casa de nomes tão aclamados quanto Ray Charles, Aretha Franklin, Otis Redding, Led Zeppelin, Rolling Stones, Stevie Nicks, Coldplay, Bruno Mars e muitos outros.
Os anúncios publicitários dizem muito sobre a cultura de determinado sítio num dado momento, os usos e costumes, o Zeitgeist e – certamente – os hábitos de consumo. Há muitas formas de contar a história do mundo – esta é uma delas.
Há pouco mais de um ano, umas calças de ganga propriedade do famoso vocalista dos Nirvana foram vendidas por mais de 412 mil dólares. Um valor astronómico, 40 vezes superior às estimativas iniciais. Este verão, as calças estarão expostas na sede da Levi's, em São Francisco, na Califórnia.
Será Hollywood o local encantado onde todos os artistas aspiram chegar? Acredite ou não, há quem prefira enveredar por outros caminhos, afastando-se das luzes da ribalta. Reunimos algumas estrelas de cinema que escolheram deixar o grande ecrã (e os filmes que levaram a tal decisão).
A edição Sardinha by Bordallo 2021conta com a colaboração de Nuno Markl, Nilton, Eduardo Madeira, entre outros artistas.