Insparya, a clínica da qual Cristiano Ronaldo é sócio e que é um sucesso internacional
Entrevistámos Carlos Portinha, Chief Clinical Officer desta empresa de transplantes capilares, sobre saúde e investigação biomédica, um plano de expansão de milhões e um projeto robótico revolucionário.
Hoje, é difícil não reconhecer o nome Insparya, dedicado ao diagnóstico, tratamento e investigação em saúde capilar. Há treze anos, quando Paulo Ramos criava a Saúde Viável, o cenário era distinto.
Com um rebranding global em 2021, o grupo cresceu, tornou-se Insparya e passou a contar com Cristiano Ronaldo como acionista, tal como o Fundo Vallis/Hermes. Com o jogador de futebol, a empresa partilha uma filosofia de dedicação, constante aperfeiçoamento e ambições maiores.
Neste universo, conversámos com Carlos Portinha, atual Chief Clinical Officer e Coordenador da Investigação Tecnológica e Biomédica do Grupo Clínico Insparya, para conhecer em primeira mão a mais recente novidade, a tecnologia de última geração BotHair Ultra Plus. Um avanço de gigante no desenvolvimento do transplante capilar, possibilitando economia de tempo e recursos e uma menor margem de erro associada.
Encontrámo-nos na clínica do Porto, na zona nobre da Foz do Douro, mas também poderíamos estar Lisboa, Braga, Vilamoura ou Viseu in loco, ou mesmo Madrid, Marbelha, Valência e Milão, na Europa. Paris e Dubai seguem-se, num investimento milionário.
Está na Insparya desde 2011, mas possui um vasto e diverso percurso profissional dentro da Saúde. Como foi o caminho até aqui?
Formei-me na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, onde fui posteriormente professor adjunto. Na Clínica Aviz-Porto, já como diretor clínico dediquei-me não só à Medicina Geral e Familiar como à Medicina Estética e Desportiva. Depois, surge a Insparya. Estou no grupo há quase 12 anos, é um longo caminho, efetivamente.
O setor da saúde capilar, principalmente o dos transplantes, sofreu um desenvolvimento substancial nos últimos anos. Foi sempre uma área de interesse para si?
Na verdade, o meu interesse por esta área em particular aumentou quando comecei, eu mesmo a sofrer de alopécia androgenética e a procurar uma solução, já há quase 20 anos.
No grupo, é responsável por várias centenas de profissionais especializados, em diferentes países, coordenando as ações nos campos da saúde, tecnologia e ciência. Como se consegue uma boa liderança e esta articulação multidisciplinar?
Penso que uma boa liderança passa por estabelecer uma relação de confiança mútua entre mim e os profissionais por quem sou responsável. Um bom líder é um líder que escuta, que procura soluções para os problemas e que vê nestes desafios uma resolução em conjunto. O estímulo que dou aos meus colaboradores para a formação e a atualização científica contínuas é igualmente algo que fortalece a relação de confiança, mais ainda numa área científica em constante evolução e na qual somos players tão importantes.
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Será que é essa convergência de áreas de conhecimento e de atuação distingue a Insparya da concorrência?
Há muitos fatores que nos distinguem, desde a longa experiência no setor, a uma atitude de busca constante de novas soluções, evidente no facto de sermos o único grupo mundial em saúde capilar com investigação biomédica e tecnológica próprias, desenvolvida no nosso Insparya Science and Clinical Institute, sob minha coordenação e em colaboração com várias universidades de prestígio, Outro fator diferenciador é a aposta na formação contínua, fundamental numa área tão específica.
Assumido líder europeu, o grupo acaba de apresentar um projeto revolucionário, a novidade por que estamos aqui…
Acreditamos tratar-se de um novo paradigma para o setor, uma nova era, com a Insparya a desempenhar um papel crucial na evolução e criação de novas ferramentas. Dispositivos esses, que permitirão oferecer um valor diferenciado aos nossos pacientes, numa lógica de melhoria contínua. Estes dois projetos pioneiros, ainda em fase de testes e processo de certificação, foram conseguidos com o trabalho conjunto de oito engenheiros investigadores.
De que falamos?
De uma ferramenta inovadora de extração capilar e um projeto robótico para a implantação de unidades foliculares, o BotHair Ultra Plus, desenvolvidos no Insparya Science and Clinical Institute. O objetivo é otimizar consideravelmente a precisão da extração [primeira fase de um transplante capilar], aumentando a quantidade de folículos extraídos num menor espaço temporal e em que a preservação da unidade folicular é assegurada. Desta forma garante-se a qualidade necessária à implantação [segunda fase do processo].
Nesta abordagem, apoiada em tecnologia de ponta, os transplantes conseguem-se em menos tempo, com redução de recursos humanos em cirurgia e menor margem para erro.
Com esta patente poderemos estar a falar de algo único em todo o mundo, o método Insparya?
Exatamente, este é um desenvolvimento tecnológico e design 100% Insparya, desde a conceção das peças mais pequenas ao software adjacente. O novo dispositivo de extração capilar é um desenvolvimento intermédio [já em utilização] que integrará o robot final, o BotHair Ultra Plus. Este fará todo o transplante capilar do início ao fim – sempre supervisionado e programado por um médico. O que estamos a fazer é algo único que permitirá, por exemplo, o acompanhamento à distância de transplantes, sem a necessidade de presença física.
A Insparya colabora também com Instituto de Investigação e Inovação em Saúde i3S no Porto, um investimento na investigação biomédica. O que pode detalhar do trabalho ali desenvolvido?
A colaboração estreita com o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde i3S, permite-nos avançar em complementaridade no campo da investigação e conhecimento da unidade folicular. No momento, pretendemos conseguir multiplicar as unidades de células foliculares para que qualquer pessoa possa ser suscetível de um transplante, mesmo quem não possua uma grande área doadora… Ou seja, dar alternativas para quem sofre com problemas de saúde capilar, para não sejam uma limitação na sua vida e dia a dia.
E contam com uma equipa de peso…
Temos um grupo de cinco investigadores connosco, entre eles Elsa Logarinho, doutorada em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto e uma das biólogas mais reconhecidas nas temáticas de antienvelhecimento e células-mãe.
Em 2021, a Saúde Viável transforma-em Insparya e dá-se a entrada de Cristiano Ronaldo no capital da mesma. Que significado teve esta mudança?
Termos uma imagem corporativa única e assumirmos a mesma marca para todo o grupo foi fundamental, mais ainda quando isso significa a participação do Cristiano em todo o grupo, alguém que é uma inspiração para todos nós, pela dedicação incomparável que ele tem em tudo o que faz, algo em que nos revemos a 100%. Tudo isto traz, evidentemente, mais responsabilidade. Mas essa sempre a tivemos.
Como é trabalhar com o jogador português e até que ponto está envolvido no negócio?
O Cristiano sempre quis investir em saúde e viu na Insparya, pela nossa aposta na melhoria constante, pela excelência clínica e pela aposta na Investigação Biomédica e Tecnológica, a empresa certa para o fazer. Este é um projeto pelo qual o Cristiano, bem como a Georgina, têm muito carinho, estando absolutamente por dentro de tudo o que se faz e de como evoluímos no mesmo.
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Várias celebridades, do universo das artes à televisão, mas sobretudo futebol, admitiram confiar nos serviços Insparya: David Carreira, Jorge Gabriel, Rui Unas, inúmeros jogadores. É importante este voto de confiança assumido?
É muito importante. Uma figura pública é uma montra constante do nosso trabalho e da nossa qualidade. Ter pacientes que todos conhecem é, além de mais, uma garantia da qualidade do nosso trabalho. Todos podem ver o antes e depois, com toda a certeza da diferença que operamos nas pessoas. Como dizemos tantas vezes "transplantamos emoções".
Em setembro, inaugurou em Portugal mais uma clínica Insparya. O que podemos esperar do novo espaço em Viseu?
A recém-inaugurada clínica em Viseu estava contemplada no nosso plano de expansão há algum tempo e sentimos que este era o momento certo, contribuindo para a consolidação do trabalho que temos feito a nível nacional. É um veículo de aproximação, não só aos clientes que já conhecem o grupo como potenciais clientes de uma das maiores cidades do centro de Portugal. E conseguimo-lo numa localização privilegiada [a clínica situa-se na rua do Palácio do Gelo].
Constitui um grande investimento…
Certamente. Este espaço segue a linha das clínicas já existentes: áreas amplas e exclusivas, uma equipa sólida de profissionais especializados e a mais avançada tecnologia de última geração, incluindo o BotHair Ultra Plus. Em Viseu, temos 500 metros quadrados, com quatro salas de transplante e duas salas de tratamento premium e uma equipa composta por 23 profissionais, entre médicos, enfermeiros e assessores clínicos, num esforço conjunto imenso.
Há uma previsão de investimento de 20 milhões até 2025, com a abertura de novas unidades globais. O que pode avançar sobre este plano de expansão?
Enquanto líderes europeus no setor do transplante capilar, pretendemos reforçar esta mesma posição e, simultaneamente, destacarmo-nos noutras zonas do globo. Consumamos mais de uma década de experiência clínica adquirida ao serviço de 45 mil pacientes que confiaram em nós e queremos chegar a muitos mais.
Parece existir um plano estratégico bem definido e e uma visão clara de futuro para a Insparya, partilhada por todos, do fundador aos colaboradores. É assim?
É exatamente assim. O projeto Insparya é um projeto em constante crescimento e com uma aposta contínua na inovação. Sob o nome Insparya levamos ao mundo o que de melhor se faz na investigação, diagnóstico e tratamento da alopécia. Também nesta área colocamos Portugal num lugar cimeiro e da maior relevância na saúde capilar e não só.
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