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Tem mais de 40 anos? Este é o numero exato de horas que deve dormir

A partir da casa dos 40, dormir a mais ou a menos pode ter consequências graves para a saúde cognitiva, afirmam os cientistas das Universidade de Cambridge. Descubra porquê.

Foto: IMDB
05 de maio de 2022 | Ana Filipa Damião

Dormir mal ou horas a menos é um dos males do século - seja por se ter filhos pequenos ou pela falta de horários de descanso saudáveis, entre mil outras situações. Até certo ponto, uma caneca de café é o remédio santo para ultrapassar a moleza da manhã, sim, mas não se deve tornar uma solução a longo prazo.

Investigadores da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, e da Universidade de Fudan, na China, descobriram que indivíduos com 40 ou mais anos necessitam de sete horas de sono por noite – nem mais, nem menos – para protegerem a saúde mental. No decorrer do estudo, publicado na revista Nature Aging, analisaram os dados genéticos de 500 mil voluntários, com idades compreendidas entre os 38 e os 73 anos, sendo que 94% eram caucasianos. Os indivíduos submeteram-se a uma série de questões relacionadas com os seus hábitos de sono, saúde mental e bem-estar geral, e ainda à realização de testes cognitivos.

No fim, chegou-se à conclusão de que quem dormia sete horas diárias tinha melhores resultados nos testes de velocidade de processamento de informação, de atenção visual, de memória e de resolução de problemas. Além disso, eram indivíduos com menos sinais visíveis de ansiedade e depressão. Segundo a pesquisa, a área do cérebro que foi afetada pela duração do sono dos voluntários denomina-se de lobo temporal, a estrutura onde se localiza o hipocampo, considerado o centro da nossa memória.

Embora a investigação sugira uma ligação entre descanso insuficiente e o declínio cognitivo, não é possível afirmar que existe com certeza absoluta uma relação de causa-efeito. "Ter uma boa noite de sono é importante em todas as fases da vida, mas especialmente à medida que envelhecemos", alerta Barbara Sahakian, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge.

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