Lisboa no top 5 entre as cidades com maior crescimento no mercado de luxo em 2025
Estocolmo lidera previsões de crescimento no mercado residencial de luxo do próximo ano, à frente de cidades como Mónaco e Londres.
O mercado imobiliário de luxo europeu está prestes a entrar numa nova fase de expansão em 2025. De acordo com o relatório "2025 European Prime Price Forecast", produzido pela consultora Knight Frank, cidades como Estocolmo, Marbella e Madrid lideram o ranking dos mercados residenciais com maior previsão de crescimento nos preços. Lisboa ocupa um destacado quarto lugar, superando locais como Mónaco, Milão e Londres, e reafirmando a sua posição como um destino privilegiado no segmento prime.
Com uma previsão de crescimento de 4,5%, a capital portuguesa sobressai entre as cidades europeias que atraem cada vez mais investidores estrangeiros. Francisco Quintela, sócio fundador da imobiliária Quintela e Penalva, parceira da Knight Frank em Portugal, salienta, em comunicado, que a estabilidade política, o crescimento económico e a qualidade de vida são fatores chave que impulsionam esta procura. A abertura de novas rotas aéreas, especialmente para os Estados Unidos, também tem contribuído para diversificar a base de compradores, com um fluxo crescente de clientes oriundos do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Médio Oriente.
Além de Lisboa, também o Porto e as áreas periféricas estão a emergir como zonas atrativas para investimentos. A previsão é de que projetos de requalificação urbana nessas regiões atraiam novos investidores, criando produtos residenciais inovadores que alterem o panorama imobiliário local.
Por outro lado, a liderança de Estocolmo, com uma estimativa de crescimento de 6%, reflete uma recuperação económica após um declínio de 13% nos preços desde junho de 2022. A redução nas taxas de juro pelo Riksbank, o banco central sueco, foi determinante para impulsionar a confiança dos investidores. Esta tendência de recuperação posiciona Estocolmo como um dos mercados mais dinâmicos da Europa.
Logo após Estocolmo, Marbella e Madrid dividem o segundo lugar no ranking, ambas com previsão de crescimento de 5%. Estas cidades ibéricas destacam-se pela combinação de climas soalheiros, escolas internacionais de excelência e oportunidades de trabalho híbrido, que atraem compradores em busca de um estilo de vida de elevada qualidade. Segundo o FMI, as economias do sul da Europa vão superar muitas das economias da zona euro, fortalecendo ainda mais a procura por propriedades residenciais de luxo.
Em quinto lugar no ranking, Mónaco mantém a sua atratividade junto de indivíduos com património líquido ultra elevado (UHNWIs). A oferta limitada de imóveis, combinada com um ambiente de baixa tributação, assegura a resiliência nos preços, mesmo num cenário de crescente pressão fiscal global.
Apesar dos desafios económicos e políticos na Europa, o mercado imobiliário de luxo continua a ser um dos setores mais transparentes e atrativos para investidores globais. A combinação de alta qualidade de vida, acesso a escolas de classe mundial e uma forte infraestrutura de transportes promete manter o continente no radar dos grandes investidores em 2025. Lisboa, em particular, surge como um dos destinos mais promissores, confirmando o seu lugar no topo dos mercados residenciais de luxo.
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