Como viajar em económica (como se fosse em primeira classe)
Nos tempos que correm toda a gente anda de avião. E um dos resultados da democratização deste meio de transporte é a ausência daqueles luxos que podem fazer toda a diferença. Através de pequenos truques, tentamos subverter esta realidade. Não garantimos milagres, mas asseguramos melhorias.
De acordo com um relatório divulgado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), cerca de quatro mil milhões de pessoas viajaram de avião em 2018. O que significa que houve um crescimento de 6,9% no número de passageiros quando comparado com o ano anterior. O avião deixou assim de ser, tal como confirmam os números, um meio de transporte exclusivo a uma certa classe social. O luxo que era voar antigamente deu lugar à banalidade — apanham-se aviões como quem apanha o metro, hiperbolicamente falando. E, como em tudo o que deixa de ser restrito, as consequências tardam, mas acabam por chegar. Para trás ficou não apenas a condição de status alcançada por quem viajava de avião, mas principalmente o conforto e o luxo que este meio de transporte proporcionava (adeus Champagne servido com caviar, olá "cacahuetes").
A Must reuniu alguns truques — dos mais básicos a outros segredos mais bem guardados — que podem tornar um voo em classe económica numa experiência um bocadinho menos incómoda e relativamente mais luxuosa. Quase como se fosse em primeira.
Leve o seu pijama e os seus chinelos: em algumas companhias aéreas, tanto na classe executiva como na primeira classe, é oferecido ao passageiro um kit composto por um pijama e um par de chinelos. E tal não é por acaso já que nos voos mais longos este pequeno luxo pode fazer uma enorme diferença. A boa notícia é que este é um conforto fácil de concretizar: leve o seu próprio pijama e os seus próprios chinelos et voilà, o luxo é garantido.
Uma (boa) manta e um tapa olhos são essenciais: é fácil ter-se acesso a uma manta, até num voo económico. O difícil é a qualidade dessa manta — e até a limpeza da mesma. Assim, nada como levar a sua melhor e mais quente manta, muito bem acompanhada de um tapa olhos que cubra realmente os olhos — e não aqueles que, tantas vezes, nos são entregues, e que apenas caem e não tapam absolutamente nada. Uns tampões para os ouvidos são a cereja no topo deste kit de "boas noites".
No seu nécessaire ninguém mexe: à medida dos conselhos anteriores, o nécessaire faz parte da lista dos essenciais para um voo um bocadinho mais confortável. Tenha em conta o tamanho das embalagens, mas não deixe de levar sempre consigo um kit com os seus básicos de grooming. Além dos essenciais, lembre-se de colocar uma bruma em spray hidratante para a pele, um elixir, toalhetes húmidos e ainda um pacote de pastilhas elásticas (para as aterragens). A sua pele e o seu bem estar agradecem.
Entretenimento garantido: há muitos voos que já têm uma boa seleção de entretenimento, entre filmes, documentários e até música. Mas também há aqueles que não oferecem nada disto e outros cuja seleção é apenas fraca. Assim, leve o seu Ipad com os seus filmes e séries preferidos (a aplicação da Netflix possibilita downloads gratuitos) e salve a sua viagem do possível aborrecimento (ou de passageiros próximos que decidam querer fazer conversa).
Refeições a bordo, preparadas por si: as refeições a bordo são cada vez menos uma realidade. Os snacks, quando os há, são o que são (ou seja, não chegam sequer a alcançar a categoria de "entretém de boca"). Porque não preparar a sua própria refeição? Uma boa e saudável salada num recipiente com tamanho próprio; uma deliciosa e completa sanduíche; ou mesmo um saco cheio de fruta. O céu é o limite. As desculpas para comer mal a bordo, é que nem por isso.
Durma que nem um anjo: a melatonina é uma hormona produzida no cérebro pela glândula pineal, responsável por estabelecer o relógio biológico e gerar os ritmos circadianos. Esta é uma substância que tem o importante papel de mostrar ao organismo quando dormir e quando acordar. Nas lojas de produtos naturais é possível encontrar-se pastilhas de melatonina que podem ajudar bastante no sono ao longo da viagem.
Palavra de comissário de bordo: entrou no avião e sentou-se no seu lugar, ladeado de outros passageiros. Entretanto, repara que há diversos lugares vazios. Pedro Esteves, comissário de bordo na White há 18 anos, aconselha que "aguarde pelo sinal da tripulação que anuncia o embarque completo", e solicite (de forma simpática e educada, claro) a troca para um desses lugares vazios e sem "vizinhos".
Last but not least, o tão desejado upgrade: é tudo uma questão de sorte — ou de simpatia. Isabel Carvalho, assistente de bordo na White, explica: "às vezes surgem casais que nos vêm dizer que estão em lua de mel e, se possível, nós fazemos o upgrade". Tirando a óbvia questão da disponibilidade de lugares, a boa educação versus a má educação é condição sine qua non para este tipo de mordomias. Assim já sabe, sorria sempre e pode ser que leve a melhor.
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