Como a Covid-19 mudou aquilo que vemos, ouvimos e jogamos
Em tempos de pandemia, faz-se mais streaming e o horário nobre deixou de existir.
O surto de coronavírus obrigou bilhões de pessoas a responder a uma pergunta que nunca haviam contemplado: o que fazemos sem desportos ao vivo? Na última década, os eventos desportivos televisivos foram um dos últimos remanescentes confiáveis de uma cultura popular compartilhada. Em 2019, os desportes ao vivo respondiam por 88% dos programas mais vistos na televisão nos Estados Unidos. A Liga Nacional de Futebol Americano, o Game 7 da World Series e o campeonato de futebol universitário superavam qualquer drama ou comédia em termos de audiência.
Porém, com todos os principais eventos desportivos adiados para o verão no hemisfério norte, pelo menos, as pessoas estão presas em casa com muito tempo livre e muito menos para ver. A Bloomberg pesquisou relatórios de analistas, estudos e provedores de dados externos para sintetizar uma visão abrangente de como os hábitos de consumo dos media mudaram durante as primeiras semanas da atual crise global da saúde.
Se os nossos hábitos de media servem de guia, o coronavírus transformou-nos a todos em três tipos de pessoas: pré-adolescentes, avós e amantes de gatos.
O meio-dia é o novo horário nobre da televisão
As pessoas têm visto mais vídeos de todos os tipos: Netflix, TikTok, TV por cabo e YouTube. Mas, embora o consumo total esteja em alta, a audiência não é maior no período que associamos ao horário nobre na televisão. O uso de streaming de vídeo entre as 19h e 22h está em baixa no mundo todo, de acordo com a Conviva. No entanto, mais pessoas estão a ver televisão ao meio-dia. A quantidade de tempo no streaming de vídeo entre as 11h e as 14h aumentou em mais de 40%. O que estão todos a ver? Tiger King é o primeiro sucesso da quarentena. O documentário sobre uma subcultura de criadores e proprietários de grandes felinos foi o programa mais assistido na Netflix nos EUA durante quase duas semanas. Enquanto isso, o Hulu diz que seus telespetadores "gravitaram em direção a comédias e programas de TV de ‘conforto’".
Ouvimos menos música, mas vemos mais
O streaming de áudio caiu em todo o mundo durante as primeiras duas semanas de quarentena, de acordo com especialistas do setor e com a MRC Data. A transmissão nos EUA, o maior mercado do mundo, caiu para o nível mais baixo do ano, antes de se estabilizar no final de março. Alguns especialistas culparam a falta de músicas novas. Músicos como Lady Gaga e Alicia Keys atrasaram o lançamento de álbuns porque não poderão fazer turnés durante meses. Mas a questão maior, concordam executivos, é que a música é uma atividade em demanda quando as pessoas estão em movimento. E agora poucos se têm deslocado ou passado muito tempo nos seus carros, momentos em que costumam ouvir mais música.
O site de streaming Twitch bate recordes
Twitch, o site de streaming de vídeo da Amazon.com, é um dos maiores beneficiários das medidas de quarentena. O tempo gasto no Twitch, que registou 1,3 mil milhões de horas de audiência em março, aumentou 23%, em relação ao mês anterior, segundo a Streamlabs. Embora o Twitch seja mais conhecido como um site para gamers, também é comprovadamente popular para concertos ao vivo e um recurso chamado #JustChatting, que é muito parecido com o blog de vídeo do YouTube (ou vlog).
Jogos de tabuleiro são novamente cool
Pais ansiosos para entreter os filhos sem um ecrã estão regressar a passado. As vendas de brinquedos nos EUA aumentaram 26% na semana que terminou em 21 de março, de acordo com a NPD. As categorias que mais cresceram foram jogos e quebra-cabeças, como jogos de tabuleiro, de cartas e brinquedos como Lego.
Notícias superam desportos ao vivo
A audiência no horário nobre da ESPN caiu mais de 50% na última semana de março, enquanto o TBS, que normalmente mostraria o campeonato de basquete universitário March Madness, viu a sua audiência cair em mais de 2,4 milhões de espectadores em relação ao ano anterior. A falta de novos eventos ao vivo também encolheu o público em programas de destaque ("SportsCenter") e podcasts (Bill Simmons).
O maior beneficiário da TV? Notícias por cabo
O canal Fox News era o canal da TV cabo mais visto nos EUA, atraindo 4,2 milhões de telespetadores na semana, quase o dobro do segundo colocado, a MSNBC. Todos os três canais de notícias por cabo superaram 2 milhões de telespetadores naquela semana, enquanto nenhuma outra TV a cabo ultrapassou 1 milhão e 300 mil.
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