A cozinha do mundo de Lucas Aaron no Catch Me
Em Alcântara, junto ao rio, há um restaurante que arrecada uma das melhores vistas de Lisboa. Mas é da cozinha que saem as melhores iguarias, capazes de voltarmos e repetir o pedido, sem provar novas coisas.
"O ambiente e a decoração são inspirados nos lounges de aeroporto dos anos 70 tal como o horário que permite acolher os 'passageiros' a qualquer hora do dia" lemos na descrição do restaurante, que também divide a ementa como se fosse uma viagem de avião, "descolagem" (entradas), "longo curso" (principais), "aterragem" (sobremesas). A cozinha está aberta até à meia-noite (uma raridade), todos os dias da semana, seja para uma refeição completa, um cocktail ao pôr-do-sol, um late snack ou dançar com amigos nas noites quentes.
Sobretudo este último prato, o risotto al Gamberini com camarão grelhado, espinafres e molho cítrico (€20), que desde o início da refeição teima em sobressair como aroma principal das outras mesas. É, de longe, um dos mais cremosos e apurados risottos, e quem já tentou em casa sabe do que falamos. Não houve estômago para sobremesas, mas ficou a piscar-nos o olho a Apple Crumble (compota de maçã, crumble de canela e biscoito Lótus, coulis de frutos vermelhos e gelado de baunilha, €7) e a "Cheese If You Can" com farofa doce, mascarpone, curd de maracujá e cubos de manga (€6). Por fim, e embora não tenhamos provado nenhum, os cocktails são tantos quanto os vinhos, e dividem-se entre os clássico e os do Catch Me. Na segunda, há invenções tão criativas como "Having a Green Affair", que junta mezcal, pisco, xarope de gengibre, shrub de maçã de aipo, lima, sumo de maçã (€12) ou "Getting Hot" com tequila Don Julio Reposado, lima, Ginjinha Mariquinhas e xarope de malagueta (€14).
Onde? Jardim 9 de Abril, Lisboa. Quando? Todos os dias do 12h30 à 1h, excepto de sexta-feira a domingo, que encerra às 2h. Reservas 21 396 3668.
Uma cerveja abençoada (ou como um padre se tornou mestre cervejeiro)
Chama-se Santa Cruz, existe nas versões IPA e imperial season, e é a mais recente ideia do padre Edgar Clara, pároco da Igreja do Castelo, que depois de ter aberto a torre sineira aos turistas, como miradouro, começou agora a produzir cerveja para financiar as obras de restauro de um dos mais antigos templos de Lisboa.
Tradicionalmente o mês de todas as vindimas, setembro marca o culminar de um trabalho que começa logo após a “lavagem dos cestos”. Além da família e dos amigos, é neste período que surgem algumas equipas sazonais para ajudar à festa.
O JNcQUOI Frou Frou, que passa a abrir também de dia, tem uma nova experiência de menu de degustão à base destes pequenos "bolinhos". Em apenas uma semana, já é um sucesso.
Entre 19 e 20 de outubro o festival chega ao Museu do Côa, para dar oportunidade de experimentar iguariais confeccionadas em fogo por chefs, nesta zona do País.
Maio, ou na versão endeusada dos romanos, Maya, é geralmente um mês de muito trabalho na vinha. Aqui segue-se a rota do românico no Alentejo, ouve-se um grito de liberdade no Douro e percebe-se a cor rosada de dois durienses.