Vamos à neve! As melhores estâncias de esqui para 2024
Dos lugares mais clássicos aos spots que poucos ainda conhecem, aqui fica um guia das melhores estâncias de esqui para a temporada. Porque está na altura de nos fazermos de novo às pistas.
Dar os primeiros passos em Les Arcs
Voltada para o Monte Branco, Les Arcs faz parte do "Paradaski", um domínio esquiável com mais de 400 km de pistas. Dividida em quatro bases a 1600, 1800, 1950 e 2000 metros, tem às suas portas várias pistas verdes e azuis, onde se encontram diversas zonas de aprendizagem. A estância começou a ser construída no pós Segunda Guerra Mundial, num esforço francês para democratizar as férias na neve, pelo que as preocupações com os esquiadores principiantes está na sua génese, de tal forma que ainda hoje os meios mecânicos são grátis para quem está a aprender. E, como amigo não empata amigo, o domínio oferece também alguns dos declives mais impressionantes de toda França e uma grande área florestal.
Onde ficar: O Arc 1950, a 1950 metros de altitude, tem uma oferta variada de quartos e chalets e é um excelente endereço para explorar as pistas da região.
Champoluc, perfeito para famílias
Champoluc até é a maior estância de Monterosa, mas a verdade é que o turismo "de massas" passou um pouco ao lado desta da região também conhecida como os "trois vallées" italianos. Uma excelente notícia para quem pretende fazer férias de esqui em família, já que o aprés-ski é bastante calmo e as pistas estão mais vazias – e sempre são 180 quilómetros, entre os 1200 e os 2970 metros. Tem excelentes condições para iniciados, mas também uma das melhores ofertas off-piste de toda a Europa, incluindo heliskiing. A comida é tipicamente italiana, de montanha, e os preços mais simpáticos de que noutras estâncias "de moda", e estão disponíveis serviços de baby sitting desde a abertura das pistas até ao fecho.
Onde ficar: A 2h00 de Milão, e 1h30 de Turim, Champoluc conta com diversos hotéis pequenos familiares, como o Chalet Hotel Valverde, localizado bem ao lado do teleférico, ou o mais moderno Aethos Monterosa, a meio caminho entre os teleféricos de Champoluc e Frachey.
Grandvalira fica mesmo aqui ao lado
Não é de admirar que Andorra seja um dos destinos de neve de eleição dos portugueses. Oferece mais de 300 km esquiáveis com um único passe. Pistas de qualidade e para todos os níveis, e por preços geralmente mais acessíveis. Já para não falar na gastronomia, uma comida de montanha com influências francesas e bascas, duas das melhores cozinhas do mundo. Mas a proximidade é, obviamente, o fundamental e permite até que muitos portugueses optem por viajar de automóvel, em vez de apanhar o avião. A alternativa é o aeroporto de Barcelona.
Onde ficar: Em Canillo, o Ski Plaza Hotel tem o charme de uma cabana nas montanhas a preços muito acessíveis, a menos de 100 metros do teleférico. Para quem procura opções mais luxuosas, o Grau Roig Andorra Boutique Hotel & Spa, o Sport Hotel Hermitage & Spa e o Serras Andorra, com acesso direto às pistas, são muito boas escolhas.
No topo do mundo, em Val d’Isère
Val d’Isère orgulha-se de ter as pistas mais espetaculares dos Alpes e uma das temporadas de esqui mais longas também, porque algumas dessas pistas ficam a 3500 metros de altitude! Faltava-lhe, talvez, um pouco do glamour de outros resorts, como Verbier (em baixo), mas a abertura de hotéis como este Le Refuge de Solaise veio corrigir esse problema. O Le Refuge nasceu numa estação de estação de teleférico abandonada, a 2250 metros, e é o hotel mais alto de França. Além de altitude, sobra-lhe bom gosto, autenticidade, e vistas de cortar a respiração, a 360° para todo o vale. Sendo que as vistas são omnipresentes, quer esteja nos quartos, no restaurante ou no spa.
Onde ficar: O Le Refuge de Solaise dispõe de 16 quartos, quatro apartamentos e um dormitório para grupos de amigos ou famílias bem numerosas (com capacidade para 14 pessoas).
Verbier, a montanha mais social
St Moritz ainda pode ter um charme clássico imbatível, mas Verbier é moderna e divertida, com uma cena de après-ski que, definitivamente, nem parece suíça. Mas se as noites são agitadas, as manhãs não lhe ficam atrás, porque por aqui o respeito ganha-se nas pistas de esqui, especialmente nas pretas mais desafiantes ou nas descidas off-piste, como é o caso da mítica Stairway to Heaven. E porque, de manhã bem cedo, famosos e anónimos encontram-se todos nos 400 km área esquiável, a melhor maneira de desfrutar de Verbier é mesmo esquiar fora de pista, facilmente acessíveis a partir dos teleféricos.
Onde ficar: A vila acolhe vários grandes nomes da hotelaria, mas o hotel mais cool continua a ser o Experimental Chalet do Experimental Group (que não por acaso tem hotéis e restaurantes em Londres, Paris, Menorca e Ibiza!). É lá, também, que fica o icónico Farm Club, aberto em 1971, e que ajudou a colocar o aprés-ski de Verbier no mapa. Por aqui passou toda a gente, de David Bowie a James Blunt, que também é proprietário de um restaurante em Verbier.
A neve que vem do leste
E que tal escolher a Bulgária como destino? Não vamos encontrar grandes pistas, nem muito exigentes, mas para pessoas de nível iniciado e intermédio as condições naturais são excelentes. Por isso o país tem vindo a apostar seriamente neste turismo de época, modernizando infraestruturas e oferta de alojamento, como é bem evidente em Bansko e em Pamporovo, as duas estâncias mais importantes e onde, evidentemente, os preços são muito mais em conta do que nos Alpes. Com outra vantagem: ao passear pelas ruas cheias de restaurantes e de bares no centro de Bansko, caminha-se por um património mundial reconhecido pela UNESCO.
Onde ficar: Em Pamporovo, pode optar pelo Hotel Orlovetz e pelo Perelik. O primeiro fica mesmo ao lado das pistas, com vistas espetaculares para as montanhas e o segundo oferece um spa com inúmeros tratamentos.
Neve para aventureiros, na Suécia
A Europa tem os melhores spots de freeride, incluindo Monterosa, que já aqui falámos, e Chamonix evidentemente, mas Riksgränsen, no extremo norte da Suécia, é um paraíso para quem faz heli-esqui. Desde logo porque possui 3.000 quilómetros esquiáveis, numa área do tamanho da Holanda, totalmente intocada, e porque os acessos de helicóptero são bastante simples. Claro que chegar a Riksgränsen não é tão fácil como viajar até aos Pirenéus ou aos Alpes, mas o facto de ficar a 200 km a norte do Círculo Polar Ártico garante-lhe nevões frequentes e uma temporada de esqui que vai de fevereiro até junho, o que é imbatível! Além disso, a possibilidade de assistir a uma aurora boreal é aqui muito grande... existirá melhor atrativo? E não se pense que Riksgränsen só serve para freeriders, porque a estância dispõe de cerca de três dezenas de pistas e elevações moderadas, com várias opções para os níveis iniciado e intermédio. Além disso, a cidade também tem os seus encantos, como a sua velha e original estação de comboios, e antigos edifícios de madeira, o que ajuda em toda a cena après-ski.
Onde Ficar: O Hotel Riksgränsen é um clássico e o Arctic Lodge oferece apartamentos a apenas 500 metros das pistas. Já o Niehku Mountain Villa é um boutique hotel de luxo com apenas 14 quartos cheio de estilo e totalmente orientado para o heli-esqui.
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