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50 anos de Bar Procópio, um incontornável da noite lisboeta

O famoso bar, que ao longo das décadas foi o local predileto de encontro de políticos, filósofos, jornalistas e escritores, abriu em 1972. Para assinalar a data, o Procópio celebra com uma noite de festa.

Foto: Bar Procópio
05 de maio de 2022 | Ana Filipa Damião

Paragem obrigatória para uma boa noite em Lisboa, o bar Procópio celebra a 5 de maio cinco décadas, com uma comemoração especial a partir das 18h da tarde. Mas este estabelecimento não é conhecido como um clássico apenas porque lhe assenta bem a expressão - não senhor. Situado no Jardim das Amoreiras, foi o primeiro de um conjunto de bares vintage a abrir na cidade, do quais fazem parte o Paródia, o Foxtrot e o Pavilhão Chinês, criado por Luís Pinto Coelho e posteriormente gerido com a sua mulher Alice, que hoje detém o estabelecimento com as duas filhas.

Luís Pinto Coelho e Alice Pinto Coelho, fundadores do bar
Luís Pinto Coelho e Alice Pinto Coelho, fundadores do bar Foto: Bar Procópio

Começou como um bar de whisky, em 1972, mas rapidamente se adaptou às tendências da altura. Abriu caminho entre as vodkas e os gins, sendo hoje um bar de cocktails. De origem grega, Procópio significa "o que progride", uma espécie de promessa que a família tem mantido ao longos das décadas, como podemos ver pelas mudanças no menu. A sua proximidade à Assembleia da República fez com que se tornasse um local de encontro de políticos de todas as frentes, mas também de jornalistas, filósofos, escritores e outros artistas. Como se não bastassem as memórias dos clientes, José Cardoso Pires (1925-1998) imortalizou-o na sua obra Lisboa, Livro de Bordo com a frase "Um chafariz à porta de um bar é cá uma saudação que enternece o maior malvado."

Piña Colada e o Mary Jane, da autoria do Chef de bar do Procópio, José Barros
Piña Colada e o Mary Jane, da autoria do Chef de bar do Procópio, José Barros Foto: Bar Procópio

Desde a abertura que o bar mantém a decoração original, à Arte Nova, com sofás de veludo cor de vinho, variadas peças de arte, quadros da época e candeeiros à meia-luz, o necessário para um ambiente agradável de convívio. Ao longo dos 50 anos, foi local de tertúlias, apresentações políticas, eventos empresariais, produções de moda e até filmagens de anúncios publicitários, videoclipes e longas-metragens.

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