Os 50 anos do Porsche 911 Turbo
É, para muito boa gente, “o” Porsche 911. Por maioria de razão, também é, para essa muito boa gente, “o” Porsche, ponto final. Há 50 anos, nascia o 911 Turbo.
Ano da graça do Senhor de 1974. Apesar do choque petrolífero que há um ano afetava a Europa, a 3 de outubro o Salão Automóvel de Paris abria portas, pródigo em apresentações mundiais: Citroën CX, Fiat 131 Mirafiori e VW Golf. E no stand da Porsche, uma novidade: pela primeira vez, o construtor alemão lançava um modelo de série com turbocompressor. Era um motor 3-litros, que desenvolvia uns invulgares (para a época) 260 cavalos e levava o novo modelo aos 250 km/h de velocidade máxima.
A 1ª geração, agora cinquentenária
A Porsche tinha experimentado a tecnologia turbo pela primeira vez em competição (Can Am e Le Mans), com bons resultados, mas a passagem para a produção em série revelava dificuldades que era preciso ultrapassar. Logo à partida, a entrega da potência às rodas traseiras era brutal, difícil de dosear, e chegava como um coice, o que aumentava a desagradável tendência que o eixo traseiro já tinha de "ultrapassar" o eixo dianteiro. O Porsche 911 era, então, um modelo de comportamento caprichoso e difícil de domesticar, do qual apenas os melhores condutores conseguiam tirar boas prestações sem acabarem a olhar para o sentido errado da estrada. Depois, a resistência dos componentes mecânicos: sujeitos à brutalidade do motor, a embraiagem, a caixa (que teve de ser de quatro velocidades, em vez das cinco que a Porsche já utilizava) e o próprio bloco e peças móveis, como válvulas e pistons, poderiam não resistir e apresentar problemas numa utilização mais alongada do que umas meras duas ou três corridas. Mas os engenheiros da Porsche operaram milagres e conseguiram domar (um pouco) a "besta" e torná-la capaz de entrar nas linhas de produção em série.
Do lado estético, o 911 Turbo entraria para a história com os seus guarda-lamas alargados, os pneus de generosa largura e, principalmente, o imponente aileron traseiro, alcunhado de "cauda de baleia, "prateleira" e outros epítetos mais ou menos bem intencionados. Ainda hoje a passagem de um Porsche 911 Turbo faz virar cabeças e, em muitos casos, suspirar.
1977: a barreira dos 300 cavalos é ultrapassada
Mediante um aumento da cilindrada (para os 3300 cm3) e de otimizações no funcionamento do motor, a potência de 300 cavalos era atingida. O modelo recebia o 'codename' interno de 930, um número que transportou para as pistas e ainda hoje é sinónimo de clássico da velocidade. Nos anos que se seguiram, a potência foi sempre aumentando: 320 cavalos a partir de 1991; 360 em 1993, com a cilindrada aumentada para 3.6 litros; e em 1995, 408 cavalos (!), com a adoção de um segundo turbo. A aceleração dos zero aos 100 km/h era agora de 4.5 segundos, a velocidade máxima atingia os 290 km/h (a Porsche nunca foi grande adepta de a limitar eletronicamente) e a tração integral fazia a sua entrada na gama 911, conferindo maior segurança a um modelo que se tinha transformado num supercarro.
Anos 2000: (ainda) mais potência, menos combustível
Parece paradoxal? Sim, mas é real. Logo em inícios de 2000, através de uma arquitetura de motor (ainda e sempre o 6-cilindros opostos, evidentemente) com quatro válvulas por cilindro, gestão eletrónica do ‘timing’ dessas mesmas válvulas e arrefecimento a água, a potência passou para os 420 cavalos, o 0-100 era abatido em 4.2 segundos e a velocidade máxima fixada em 305 km/h. E seis anos depois, a caixa automática Tiptronic S permitia, pela primeira vez, acelerações mais rápidas do que a caixa manual (3.7 segundos dos 0 aos 100, contra 3.9), com a velocidade máxima, essa, a atingir em ambos os casos os 310 km/h. A potência tinha, entretanto, subido para os 480 cavalos.
Novo motor de 500 cavalos em 2010
Sim, quinhentos cavalos, por extenso. Um motor concebido de raiz tinha agora 3800 cm3 de cilindrada e desenvolvia meio milhar de cavalos-vapor. Mas era mais económico que o seu antecessor, poupando 16% de combustível. ‘Noblesse oblige’, havia nisto uma razão subjacente: colocar o 911 Turbo abaixo da nova legislação norte-americana que passou a taxar fortemente os motores mais "gulosos". O mercado da terra do Tio Sam continua a ser a mais importante fonte de vendas da marca alemã.
Venham mais 50 anos!
Ao longo destas cinco décadas, o Porsche 911 Turbo manteve-se fiel à filosofia que o viu nascer. É um clássico desportivo que conseguiu tornar-se intemporal. E mais do que revoluções, foi sofrendo evoluções. Para assinalar os seus 50 anos, o fabricante alemão lança agora uma série especial, adequadamente limitada a 1974 unidades, que recupera o design dos anos 70, mas aproveita o que de melhor a tecnologia atual oferece: motor de 3700 cm3, 650 cavalos (!), 2.7 segundos dos 0 aos 100 km/h (!!) e, pasme-se, 8.9 segundos para atingir os 200 km/h (!!!).
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Era. Convenhamos, cavalos nunca são a mais e estes 460 da variante Performance cumprem muito bem a sua missão: fazer do Tesla Model 3 um lobo em pele de cordeiro.
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Já aqui o havíamos afirmado: 2021 é um belo ano para efemérides automóveis. E esta é uma das mais importantes.
Não é um comparativo, muito menos um ranking de posições definidas e medalhas para os três primeiros. Trata-se apenas de enumerar os 10 melhores 100% elétricos testados no ano que agora finda. Em 2024 haverá mais, muitos mais.
Não exatamente. Uma marca chinesa, sim, mas especializada em veículos elétricos dirigidos ao setor premium. E que visa, direta e desavergonhadamente, a Tesla de Mr. Elon Musk. Conseguirá batê-la? As primeiras impressões são muito promissoras.