Carros voadores à venda no próximo ano
Se tiver 180 mil euros a pesar-lhe no bolso, pense em comprar um Helix. A empresa que fabrica este carro voador aceita encomendas a partir de janeiro. É elétrico, não precisa de brevet para o pilotar e pode estacioná-lo no terraço.
O mundo vai ser um sítio certamente mais difícil de navegar quando pudermos ser atropelados a partir de cima, que é como quem diz, levar com um carro na cabeça. Por outro lado, o problema do estacionamento fica resolvido para quem tiver um terraço ou varanda de dimensões generosas. Desde que há ficção científica que a ideia do carro voador é um dos seus temas mais recorrentes – basta pensar na série de animação The Jetsons, ou nos filmes Blade Runner e Quinto Elemento – e, em breve, qualquer pessoa vai poder comprar um e nem precisa de brevet ou sequer de saber pilotar – esta é a grande diferença do Helix para outros carros voadores que estão a ser desenvolvidos. Basta ter 190 mil dólares (ou 180 mil euros) e o céu é o limite. Mas não suba muito que a máquina não aguenta.
Chama-se Helix, é o menino de ouro da empresa Pivotal, sedeada em Silicon Valley – onde mais? –, e assemelha-se mais a uma micro avioneta que embateu com duas antenas de televisão, do que a um carro com asas. E, no entanto, é isso que é. Ou, tendo em conta que só leva uma pessoa, talvez seja mais correto chamar-lhe motoreta com asas. Seja como for, o seu nome completo é (respire fundo antes de ler) aeronave de descolagem e aterragem vertical com propulsão elétrica: EVTOL para os amigos. Ou seja, da mesma forma que um avião pode ser, ao mesmo tempo, um avião e um Boeing 747, este é um EVTOL e um Helix.
De acordo com informações do fabricante, o Helix foi projetado para estar de acordo com a categoria de ultraleve, nos Estados Unidos. O que significa que os pilotos – este é o termo usado pela Pivotal, mas se calhar não lhes podemos chamar isso – podem voar o seu EVTOL no espaço aéreo de Classe G – aquela fatia de atmosfera mais próxima do chão, onde os drones se movimentam –, em áreas não congestionadas, durante o dia, e não são obrigados a ter licença de piloto, mas têm de completar um treino de voo inicial. Para além disso, o software do Helix impede qualquer movimento ou ação que não esteja de acordo com os seus parâmetros de segurança. Ainda assim, se alguma coisa correr mail, o EVTOL vem equipado com um paraquedas.
O Helix tem uma velocidade máxima de 100 quilómetros por hora e uma autonomia de 30 quilómetros, ou seja, pouco mais que uma viagem entre Cascais e Lisboa.
Quem estiver interessado, pode encomendar o Helix a partir de 9 de janeiro do próximo ano, mediante o pagamento de 25% do valor total, ou seja, 47.500 dólares (cerca de 45.200 euros). Os primeiros exemplares começam a ser entregues a partir de 10 de junho de 2024. Vai haver possibilidade de encomendar extras e opções personalizadas – em princípio, jantes de liga leve não serão uma opção, mas talvez estofos em pele –, mas ainda não se sabe nem os preços, nem que extras estarão disponíveis.
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