Em setembro, músicas MIL
É um festival de música? Uma convenção para profissionais do sector? Um espaço de partilha para artista nacionais e internacionais? Um núcleo de formação para quem está a começar a sua carreira na música? O MIL é isso e muito mais. Decorre no Cais do Sodré, nos próximos dias 27, 28 e 29.

Já falta pouco para começar a 7ª edição do MIL – o festival/convenção que se dedica à promoção e internacionalização da música dos países de língua portuguesa. Ao longo dos dias 27, 28 e 29 deste mês, os participantes podem contar com 42 atividades entre palestras, mesas-redondas, debates, workshops e apresentações, envolvendo mais de 200 participantes de diferentes países. As noites dos dias 28 e 29 são dedicadas aos concertos, com 50 atuações distribuídas por sete salas na zona do Cais do Sodré, a partir das 19h30.
Lançado em 2017, o MIL dedica-se à descoberta, promoção, valorização e internacionalização da música popular atual, proporcionando formação e oportunidades de networking a profissionais e estudantes do setor da cultura e promovendo uma reflexão sobre políticas e práticas culturais.

As palestras são sempre dos momentos mais aguardados e, mais uma vez, não desiludem. A primeira vai reunir Kelman Duran e DJ Marfox, dois dos nomes mais relevantes da música de dança da atualidade, que conversam sobre a criação de sons únicos que não almejam a alienação na pista de dança, mas o seu oposto. Na segunda palestra poderá ouvir Carminho, uma das principais vozes do fado, e Niño de Elche, músico de flamenco – numa conversa em que os dois artistas discutem as suas abordagens ao fado e ao flamenco, as semelhanças e diferenças entre os géneros e a forma como recontextualizam a sua herança cultural. O programa de convenção encerra com uma palestra de Bia Ferreira, com a artista e ativista brasileira a refletir sobre a sua música enquanto espaço de resistência queer, antirracista e feminista e de subversão de tradições.

Este ano, o programa da convenção organiza-se em torno de quatro áreas temáticas: Indústria da Música; Políticas Culturais; Economia Noturna; Acessibilidade, Sustentabilidade e Ética. Cada uma destas áreas oferece diversas mesas-redondas e debates. Os temas são tão distintos quanto o futuro do jornalismo e da crítica cultural; como descentralizar a oferta cultural em Portugal; o turismo e a possibilidade de transformar o setor cultural num departamento de marketing; ou a responsabilidade do setor cultural na ascensão dos movimentos de extrema-direita. Como não podia deixar de ser, haverá ainda um debate sobre inteligência artificial, em que se reflete sobre o que é que a sua utilização pode significar para as artes. Os concertos dividem-se entre o Musicbox, o Roterdão, o Estúdio Time Out, o Lounge, o LISA, o Titanic Sur Mer e o B.Leza.

Oportunidades de aprender é o que não falta, com workshops que prometem ensinar aos jovens artistas coisas tão importantes como obter financiamento europeu para os seus projetos culturais; estratégias de carreira e comunicação com o público; ou como fazer tours sustentáveis para que a música contribua para um futuro mais verde.
Cumprida a aprendizagem, é hora de diversão com duas noites de concertos. A lista de artistas portugueses inclui Ana Lua Caiano, Papillon, Cobrafuma, Femme Falafel, Baile, Glockenwise, Lucy Val, 5ª Punkada, Hetta, Meia/Fé, bbb Hairdryer, João Borsch, April Marmara, Margarida Campelo, Libra, Ellah Barbosa, Ricardo Crávidá e Napa. O maior número de artistas estrangeiros chega do Brasil (Getúlio Abelha, Leo Middea, Black Pantera, entre outros), Espanha (Paco Moreno, Tristan!, LaFrancessa e muito mais) e França (Jenys, Société Etrange, YMNK entre outros), com presenças marcadas também de artistas oriundos de Cabo Verde, Reino Unido, Bélgica, República Checa, Noruega, Países Baixos e Macedónia.
O MIL teve a sua primeira edição em 2017, onde foram apresentados mais de 50 showcases com cerca de 1500 espectadores. Na última edição, o MIL triplicou o número de profissionais envolvidos e a soma de espectadores diários em relação à primeira edição. Lisboa foi o ponto de encontro para 920 profissionais provenientes de 18 países, enquanto 265 artistas apresentaram 78 showcases em 8 salas, 3973 espectadores participaram nos três dias de festival e 69 debates, masterclasses, conferências, workshops, apresentações e reuniões impulsionaram a rede profissional do MIL. Mais em millisboa.com.
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