10 discos para começar 2023 alto e bom som
Os primeiros meses do ano trazem-nos muita boa música por onde escolher. Volume up – estes são os lançamentos mais aguardados dos próximos tempos.
6 de janeiro
Iggy Pop: Every Loser
Frenzy, logo a abrir, dá o mote ao que será o resto de Every Loser, o novo disco de Iggy Pop. Uma coleção de temas que nos levam para um outro mundo, em que ouvíamos punk-rock no walkman e vestíamos t-shirts estampadas com "Loser". E neste seu 19.º registo de estúdio, o padrinho do punk conta com colaborações de Duff McKagan (Guns N’ Roses), Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), Stone Gossard (Pearl Jam) e do falecido Taylor Hawkins (Foo Fighters) numa soma de onze temas para ouvir no máximo. Destaques para o já mencionado Frenzy e Strung Out Johnny, sobre o vício das drogas.
20 de Janeiro
John Cale: Mercy
O primeiro disco de originais de Cale desde Shifty Adventures in Nookie Wood, de 2012. O ex-Velvet Underground inspirou-se nos acontecimentos dos últimos anos, como a eleição de Donald Trump, o Brexit ou a covid-19. O primeiro single, Night Crawling, uma homenagem a David Bowie traz-nos Cale clássico, com sintetizadores e cordas em plena harmonia. De resto, Mercy é para ouvir nas noites frias de inverno com um copo de vinho encorpado na mão.
27 de janeiro
The Smashing Pumpkins – ATUM: A Rock Opera in Three Acts – Act 2
Com as credenciais de roqueiro no ativo em riste, o senhor Billy Corgan dá-nos a segunda parte de uma tríade ambiciosa, a sua ópera-rock ATUM. Este Act 2 chega já no final de janeiro. Para abril está previsto o terceiro e final ato de um álbum conceptual tão ao estilo dos Smashing Pumpkins de Mellon Collie… E a provar que os anos 90 ainda não morreram.
27 de janeiro
Green Day: Nimrod (25th Anniversary Edition)
É uma reedição, mas para os fãs dos reis do punk-pop californiano é um momento marcante. Esta edição especial de comemoração do 25.º aniversário de Nimrod – foi há assim tanto tempo que cantámos Nice Guys Finish Last? – traz-nos demos do início de carreira dos Green Day, uma cover de Allison, de Elvis Costello, e um disco ao vivo gravado na Electric Factory, em Filadélfia.
27 de janeiro
Sam Smith: Gloria
Três anos depois de Love Goes, um interregno mais pop numa carreira construída a partir de baladas capazes de fazer chorar as pedras da calçada, Sam Smith está de volta com Gloria. O disco promete ser a representação fiel de uma fase de crescimento pessoal e artístico do cantor e compositor que nos deu I’m Not the Only One. A julgar pelo single Unholy, Smith está mais naughty e menos melancólico. Para ouvir com as luzes baixas ou a dois.
10 de fevereiro
Paramore: This Is Why
Seis anos depois de After Laughter, os Paramore regressam com este This Is Why, e, pelo que se ouve no single de estreia, homónimo, curiosamente o último tema escrito para o disco, a banda de Hayley Williams e companhia está em plena forma. A tal não será alheio o facto de este ser o primeiro registo em que os Paramore mantêm a formação da gravação anterior. Pop-rock mais pop não há.
10 de fevereiro
Yo La Tengo: This Stupid World
São poucas as bandas que podem ser consideradas sinónimo do estilo que praticam. Os Yo La Tengo, uma instituição do indie rock, são uma delas e porque acabam de lançar o seu 17.º disco de originais, não poderiam ficar de fora desta lista. De This Stupid World, título que rima com o ar dos tempos, e cuja produção ficou a cargo da banda, é apenas conhecido o tema Fallout, que não desilude. Os Yo La Tengo estarão em digressão este ano e passam por Portugal ainda em março.
24 de fevereiro
Gorillaz: Cracker Island
Com colaborações de Stevie Nicks, ex-Fleetwood Mac, Tame Impala ou Beck, entre outros, e o regresso à vida das personagens de ficção do costume – os cartoons 2-D, Murdoc Niccals, Russel Hobbs e Noodle – Cracker Island marca o regresso de Damon Albarn e de Jamie Hewlett aos Gorillaz. E com mais um disco para dançar até perder o fôlego, tal como ouvimos no single de estreia, que dá nome ao disco, com colaboração do baixista, produtor e ex-integrante dos Suicidal Tendencies, Thundercat.
10 de março
Lana Del Rey: Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd
Ícone da música alternativa, a all american e cinemática Lana Del Rey edita o seu nono registo de estúdio, com o longo título Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd. Para já, sabe-se que Father John Misty está entre os vários colaboradores e conhece-se o single de estreia, precisamente o que dá título ao álbum. Os arranjos de cordas e a voz melancólica e arrastada de Lana Del Rey, como nos clássicos Blue Jeans ou Video Games, mostram-nos que quem espera uma (r)evolução, deve aguardar sentado – isto é vintage Lana.
17 de março
Depeche Mode - Memento Mori
O primeiro LP dos Depeche Mode depois da perda do fundador Andrew Fletcher, em 2022, Memento Mori (do latim, "lembre-se que irá morrer") foi inspirado pela pandemia. A banda apresentou apenas o primeiro single do disco, Ghosts Again, que justifica o aviso de Martin Gore: apesar do título mórbido, este é um disco para celebrar a vida.The Legendary Tigerman: “O rock and roll é o melhor escape para o Natal”
A tradição volta a cumprir-se na ZDB, em Lisboa, com mais um concerto 'Fuck Christmas, I Got the Blues'.
Duas novas exposições a não perder na Underdogs
A 20 de janeiro inauguram, na Underdogs, as exposições de Halfstudio “A Journey” e de Tobias Gutmann,“I can do that too!”, que abordam temáticas contemporâneas ligadas à complexidade da condição humana.
Pedro Oliveira e o regresso dos Sétima Legião: “Queremos emocionar o público”
Os Sétima Legião estão de volta para dois concertos comemorativos dos 40 anos de carreira, que servem também para homenagear em palco o produtor e teclista do grupo, Ricardo Camacho, falecido em 2018.
Dino D’Santiago: “A cultura é o único trunfo que consegue realmente virar o jogo"
É já no sábado que o artista algarvio de origem cabo-verdiana se vai estrear em nome próprio no palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa. O espetáculo terá como base o último álbum Badiu, que nesta entrevista à Must classifica como o seu trabalho “mais honesto e pessoal”.
Depois de cinco anos de restauro, a catedral parisiense volta a abrir, com inauguração nos dias 7 e 8 de dezembro.
“Diálogos” é a exposição de cinco coleções nascida da partilha entre artesãos e designers que inovam a tradição com fibras vegetais.
Criada por José Ferreira Pinto Basto em 1824, num mundo em tudo tão diverso do nosso, a Vista Alegre está viva e de boa saúde. As comemorações do bicentenário iniciaram-se com o lançamento do prato de calendário "Duck Time", assinado pela dupla italiana ALE+ALE.
Nos dias 15, 16 e 17 de novembro, na Ilha de São Miguel, nos Açores, o evento kick-off promove o diálogo da comunidade e explora a identidade açoriana.