Fomos a Mykonos com George Clooney para conhecer os novos Omega Seamaster
Se perguntar a um colecionador quais são os modelos mais icónicos da Omega, a resposta será imediatamente Speedmaster e Seamaster. Ora a MUST foi até à Grécia para ficar a conhecer a mais bela coleção de relógios de mergulho de sempre...
Nós sabemos… "a mais bonita coleção de sempre" é uma afirmação controversa. Mesmo para a Omega. Afinal, desde o primeiríssimo Seamaster de 1948, aos Planet Ocean e Aqua Terra deste século, não faltam modelos icónicos à coleção. Seguramente o Seamaster 300 original, de 1957, o primeiro cronógrafo de mergulho de 1968 ou o distinto PloProf, de Plongeur (mergulhador) Professionnel, que Jacques Cousteau usou tantas vezes durante os seus mergulhos mais exigentes. Mas este ano a Omega não poupou na criatividade e lançou 11 modelos diferentes, capazes de agradar a todos os entusiastas de diferentes gostos. Todos, no entanto, partilham um elemento em comum: distintos tonalidades de azul que vão ficando mais escuras à medida que os modelos nos permitem mergulhar cada vez mais fundo. Na verdade, tecnicamente são apenas oito modelos, uma vez que três dos 11 são diferentes declinações de bracelete, mas antes de dar a conhecer melhor a nova coleção, há que fazer uma pequena viagem histórica e perceber um pouco melhor a loucura à volta dos Seamaster. A mais importante coleção da Omega atrás, apenas, do modelo que foi à lua.
Os primeiros WWW da história
Já aqui dissemos que o primeiro Seamaster foi lançado em 1948, mas as suas raízes estão num modelo de 1932. Ironicamente, nesse ano, a Omega "pensou fora da caixa" e, em consequência, acabou por meter um relógio dentro de outra caixa. Esta dupla proteção permitiu criar o primeiro modelo à prova de água "civil", fora do âmbito militar. A Omega testou-o no lago Genebra, preso por um fio, até ao 73 metros e testes posteriores em laboratório confirmaram uma resistência à agua até aos 135 metros, o que lhe valeu o nome de Marine. Esteticamente era um modelo de caixa quadrada, em ouro, extremamente clássico no design e pouco tinha que ver com o Seamaster que seria lançado 16 anos mais tarde. Mas, pelo meio, não nos podemos esquecer que ainda houve uma guerra.
De 1939 a 1945, a Omega terá fornecido mais de 110 mil relógios aos pilotos, navegadores e soldados das Forças Armadas Britânicas. Grande parte desses modelos recebeu as (agora) famosas inicias WWW, que o Ministério da Defesa Britânico gravava em todos os relógios que fossem "Waterproof Wrist Watch", e foi destes modelos à prova de combate que surgiu mais tarde a linha Seamaster, lançada em 1948, para coincidir com os 100 anos da Omega. Um modelo robusto e resistente, mas ainda assim muito elegante, anunciado inicialmente como um relógio "Para a cidade, o mar e o campo", mesmo que a associação ao mar tenha acabado por sair vitoriosa.
2023, o ano em que o verão ficou mais azul
Fastforward para os dias de hoje e a marca suíça de nome grego escolheu a ilha de Mykonos para celebrar os 75 dos Seamaster, junto com uma galeria de amigos onde não faltaram embaixadores famosos como George Clooney e Naomi Harris ou Victor Vescovo, a primeira pessoa no mundo a visitar o ponto mais profundo dos oceanos. Aqui, também, apresentou a maior coleção de novidades Seamaster de sempre, começando por dois elegantes Aqua Terra em 38 e 41 mm, ambos resistentes à água até aos 150 metros de profundidade, e nas tonalidades mais claras de azul, perfeitos para mergulhos recreativos e ambientes mais festivos. O Aqua Terra Worldtimer é um pouco diferente, com um mostrador muito mais rico em detalhes, e com o planeta em relevo, permitindo escolher qualquer um dos fusos horários da Terra. Para quem gosta de mergulhar e de viajar.
Estes modelos, e todos os outros da coleção, oferecem movimentos Master Chronometer, certicados pelo METAS suíço. Oferecem também um novo efeito superluminova, criada em exclusivo para a Omega, em azul, e que faz um excelente contraste com a tradicional Luminova verde que se mantém no ponteiro dos minutos.
Lançado em 1957, como parte de uma trilogia que incluía o Speedmaster e o Railmaster, o Seamaster 300 afirmou-se rapidamente como um dos relógios de mergulho mais icónicos da história. Aqui surge bastante fiel ao modelo original, com o mostrador a enfatizar a tridimensionalidade dos números e num tom um pouco mais escuro que os modelos anteriores − para simbolizar a dupla resistência à água que, como o nome indica, chega aos 300 metros. Esfumado, é mais claro no centro e vai ficando progressivamente mais escuro.
Com a luneta muito distintiva e mostrador com o típico padrão em ondas, o Diver 300 é um dos mais reconhecidos e desejados Seamaster, até porque, de há uns anos a esta parte, é a escolha predileta do agente menos secreto de todos.
Para quem procura um relógio de mergulho ainda mais a sério, a escolha só pode recair no Planet Ocean, uma beleza com válvula de hélio e mostrador num lindíssimo azul profundo, capaz de ganhar inúmeras tonalidades consiante a luz. O Planet Ocean consegue descer a uns incríveis 600 metros.
O PloProf mantém esse número, mas numa caixa bem diferente, onde só se consegue mover a luneta apertando no botão superior. Nos anos 1970 foi uma caixa inovadora e muito útil, mas tendo caído em desuso é de louvar a Omega por ter mantido essa opção na recriação de 75 anos. Um modelo que se ama ou se odeia, e muitos amam…
Se o Speedmaster deu um salto gigantesco para a humanidade, o Ultra Deep deu um belo mergulho até aos 6000 metros de profundidade. E, na versão Professional, em protótipo, chegou mesmo aos 10 935 metros de profundidade. O ponto mais profundo do planeta. Por isso mesmo, o Ultra Deep tem um mostrador de um azul profundo, que exibe a escala topográfica da Fossa das Marianas, revelada por quase um milhão de contatos sonar realizados durante essa expedição. Assim como um toque genial, com a inscrição "A Omega esteve aqui", sendo que a frase só aparece em ambiente muito escuro e sob luz violeta. Quem procurar um relógio de mergulho estilo "bad boy", só pode ficar com este.
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