Será esta a tábua de salvação das empresas de viagens?
Depois de meses de confinamento e proibições de circulação, a indústria encontrou soluções tecnológicas para os desafios impostos pela Covid-19.
No início deste ano, a plataforma de viagens Peek comemorou o facto de ter alcançado mil milhões de dólares em reservas desde a sua fundação, em 2012. Apesar da boa nova, num piscar de olhos a plataforma viu esta situação inverter-se e, dois meses depois, com o evoluir da pandemia o turismo paralisou.
Ruzwana Bashir, fundadora da start-up de viagens com sede em São Francisco, diz que os negócios desaparecerem da noite para o dia. "Em abril, estávamos a zeros", afirma Bashir. Acrescentando ainda que "com os Estados Unidos em ‘lockdown’, as pessoas não podiam experimentar nada. Tudo parecia terrível".
Depois da tempestade vem a bonança. Após a primeira vaga da pandemia, a empresa de viagens da Bashir deu a volta e conseguiu ser das poucas a crescer. Em julho, a Peek registou 50 milhões de dólares em reservas e desde então tem batido recordes de vendas.
Os poucos segmentos que apresentam um desempenho positivo no setor das viagens oferecem a esperança de uma recuperação e a possibilidade de viajar em segurança, mesmo durante um período tão incerto. Podem despertar o desejo de viajar ou permitir experiências em segurança, mas também relembram que a indústria das viagens ainda representa um grande negócio.
Experiências locais
A plataforma Peek liga os consumidores a milhares de proprietários de pequenas empresas, criando desta forma experiências de viagem diferentes e inovadoras. "Quando os nossos operadores não recebem reservas, nós também não recebemos reservas", disse à Bloomberg Bashir, cuja empresa recebe uma comissão por cada atividade comprada através do seu site. A Peek iniciou a pandemia com um financiamento de 23 milhões dólares.
Bashir utilizou a sua experiência para aconselhar clientes quanto à realização de empréstimos, à conceção de pagamentos sem contacto e à criação de seguros em situações calamitosas como a da Covid-19. As reservas dispararam para 50 milhões de dólares em julho, na altura em que as restrições começaram a ser suspensas
Viator, uma empresa da Tripadvisor, também recorreu às pequenas empresas para manter os seus fornecedores e negócios. Já o Airbnb sobreviveu aos primeiros dias da pandemia graças ao lançamento de cerca de 400 experiências virtuais, tais como a "Pedalar com um atleta olímpico", ao estilo da Peloton.
A crise afetou todas as empresas do setor e prova disso é a Broadway, que pode manter-se fechada até ao próximo ano. Contudo, a inovação e a criatividade são a alma do negócio e, mesmo encerrada, a Broadway prima pela diferença com os seus atores a servirem de guias pelo bairro do teatro, em Nova Iorque.
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