Por que Bill Gates disse que Steve Jobs era um “ser humano defeituoso” e outras rivalidades entre CEO’s
Grandes líderes competem e, às vezes, odeiam-se.
O relacionamento de amor e ódio — e muitas vezes só ódio — marca a rivalidade entre os fundadores ou gestores das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Microsoft x Apple
No início houve cumplicidade, a Microsoft fazia software para o computador Apple II. Porém, uma reunião no início dos anos 1980 fez com que tudo se desmoronasse, pois Steve Jobs tentou convencer Bill Gates a criar um software para o seu novo computador Macintosh, ao mesmo tempo que dizia que não precisava da empresa.
Por consequência, a Microsoft lançou a primeira versão do Windows em 1985, à qual Steve Jobs chamou de "cópia descarada" do sistema operacional dos computadores da Apple. "Eles plagiaram-nos completamente, porque Gates não tem vergonha", contou anos mais tarde ao seu biógrafo, Walter Isaacson. Gates respondeu à acusação, afirmando: "se ele acredita nisso, é porque realmente entrou num dos seus próprios campos de realidade distorcida."
Jobs não parou por aí e disse que o fundador da Microsoft era "basicamente um homem sem imaginação que nunca inventou nada", sendo esta a razão por estar hoje mais à vontade com a filantropia do que com a tecnologia. "Steve Jobs é um ser humano estranhamente defeituoso", afirmou Bill Gates a Isaacson, para encerrar a troca de farpas.
Apple x Facebook
Em 2014, quando o escândalo do Cambridge Analytica — sobre fake news, a campanha do Brexit e a eleição de Donald Trump e os dados de 50 milhões de usuários roubados — ainda nem havia vindo à tona, o atual CEO da Apple já havia chamado a atenção à política de privacidade do Facebook. "Quando um serviço online é gratuito, tu não és o cliente. Tu és o produto", publicou na rede social de Mark Zuckerberg.
Em 2018, quando lhe perguntaram o que faria se estivesse no lugar de Zuckerberg após a polémica tomar conta das notícias, Tim Cook respondeu: "O que faria? Eu não estaria nesta situação." A declaração irritou mais uma vez Mark Zuckerberg, que segundo noticiou o jornal The New York Times pediu aos seus executivos que mudassem os aparelhos telemóveis para Android e parassem de usar iPhone.
Cook não é o único CEO de Silicon Valley a queixar-se do Facebook. Elon Musk excluiu as páginas de duas das suas empresas na rede social, Tesla e SpaceX.
Space X x Blue Origin
O CEO da Tesla e o CEO da Amazon não competem entre si por carros elétricos ou comércio electrónico, mas sim numa corrida espacial.
Em 2013, a SpaceX de Elon Musk solicitou o uso exclusivo de uma plataforma de lançamento da NASA, ao que a Blue Origin de Jeff Bezos, em conjunto com a United Launch Alliance, decretou um protesto formal com o governo dos Estados Unidos da América — mas, por fim, a SpaceX ganhou.
E foi só a primeira batalha, já que meses após a primeira disputa, as empresas entraram numa luta de patentes. A troca de animosidades no Twitter entre Musk e Bezos é comum. Com a imprensa, Elon já se referiu a Bezos como "Jeff, quem?" e, por sua vez, o homem mais rico do mundo criticou a ideia de colonizar Marte pela SpaceX de "pouco motivadora."
Twitter x Instagram
Jack Dorsey, fundador do Twitter, e Kevin Systrom, fundador do Instagram, eram amigos muito próximos, a ponto de a Systrom quase ter feito parte da equipa do Twitter nos primeiros meses de existência da rede. Em 2010, com o lançamento do Instagram, Dorsey investiu dinheiro e contribui com a sua divulgação no Twitter.
Com o crescimento exponencial do Instagram, Jack Dorsey não tinha investimento suficiente para comprá-la Então Kevin Systrom reuniu-se com Mark Zuckerberg para uma eventual aquisição. Quando o Facebook, rival do Twitter, comprou o Instagram, Dorsey parou de falar com Systrom — e também parou de usar a rede.
Bill Gates, o homem que quer salvar o mundo
Foi fantástico fazer programação, gerir a Microsoft e ganhar 98 mil milhões de dólares quando tinha 40 anos, mas não se compara ao que Bill Gates faz agora ao salvar milhões de vidas. E é um homem sensível que pode chorar com facilidade. Fomos à Etiópia com o filantropo, a fim de descobrir o que realmente o motiva – e o que faz para relaxar após um período de trabalho ou de tensão.
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