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Earth 300. Uma viagem de 10 dias neste iate custará 3 milhões de dólares

Trata-se de um navio de propulsão nuclear que proporcionará viagens únicas a milionários, mas que também foi idealizado para levar cientistas, ativistas e investigadores para examinar o estado dos oceanos.

Foto: Earth 300
07 de maio de 2021 | Rita Silva Avelar

Este é o sonho do empresário Aaron Olivera, que acredita que este novo navio, desenhado pelo especialista em iates Ivan Salas Jefferson, ajudará a aumentar a consciência ambiental. Com quase 300 metros de comprimento e 60 metros de altura, e imaginado para funcionar com sistema de propulsão atómica, o Earth 300 será capaz de acomodar 425 pessoas. A maioria dessas pessoas serão cientistas, investigadores, ativistas e estudantes, que viajarão gratuitamente. Mas também haverá espaço para turistas ricos, alojados em suites de luxo, que pagarão 3 milhões de dólares cada  viagem de 10 dias - ajudando a tornar o empreendimento rentável.

Earth 300
Earth 300 Foto: Earth 300



Foram necessários seis anos e 5 milhões de dólares para chegar ao ponto de construção em que o iate já esta, mas os empresários responsáveis pelo Earth 300 estimam que o custo total se situe entre os 500 milhões e os 700 milhões de dólares. Com o lançamento do navio previsto para 2025, é provável que o navio funcione inicialmente com combustíveis verdes. A propulsão atómica pode também criar problemas com nações como a Nova Zelândia, que proibiu a atracagem de navios de propulsão nuclear desde 1984.

Earth 300
Earth 300 Foto: Earth 300



De acordo com a Bloomberg, Aaron Olivera quer que a primeira viagem do navio seja na Antárctida, seguida de uma viagem pelo Árctico. O navio foi idealizado para navegar durante 300 dias por ano, rentabilizado por 100 milhões de dólares com as viagens dos milionários que quiserem fazer a experiência. Prevê-se que a bordo deste navio existam 22 laboratórios, com cerca de 160 cientistas, que fariam investigação e reuniriam dados utilizando o equipamento do navio e milhares de sensores incorporados, incluindo o que poderia ser o primeiro computador quântico comercial do oceano. Olivera disse que o projecto seria "open source", com instalações de informação e processamento partilhadas com outros esforços de investigação climática em todo o mundo, avança ainda a Bloomberg.

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