Britannia: 25 anos depois do adeus ao navio favorito da realeza britânica
Era o único lugar onde Isabel II podia realmente descansar e ser ela mesma. Foi um emblema do poder da monarquia britânica e fez quase mil viagens.
Nesta sua primeira semana de Holyrood como monarca, no início de julho, Carlos III visitou o iate Britannia, celebrando o 70º aniversário do seu lançamento e o 25º desde que chegou a Edimburgo depois de ter sido retirado de serviço. Para marcar o momento, a casa real partilhou nas redes sociais uma imagem da jovem Isabel II ao lado do marido Philip de Edimburgo, ambos acompanhados pelos príncipes Carlos e Ana, a bordo daquele barco, em 1956.
Este era o navio que a família real considerava a sua casa mais querida, ancorado agora no cais de Leith, na Escócia. Durante os 43 anos que esteve ao serviço tornou-se a 'casa' favorita da rainha e de toda a família porque ali estavam longe dos olhares do público, ali podiam relaxar e serem eles próprios. A rainha Isabel II descreveu o iate Britannia como o único lugar no mundo onde ela sentiu que poderia realmente relaxar. Era comum vê-la a passear-se pelo convés, a vislumbrar o horizonte com o seu lenço característico na cabeça.
O Britannia fez quase mil visitas de estado a 135 países e mais de 1 milhão de milhas náuticas navegadas estão assinaladas no registo de serviço deste que era muito mais do que um navio, era um lar para a realeza britânica. Foi palco das melhores viagens e férias da monarquia inglesa e são essas que também fazem parte da sua história.
O barco tornou-se, por exemplo, local de eleição para as luas de mel reais, não só pela privacidade que oferecia, mas também por permitir navegar para locais remotos. A princesa Margarida e Anthony Armstrong-Jones foram os primeiros a passar a lua de mel ali, em 1960, e Carlos e Diana seguiriam-lhes os passos. O príncipe André e Sarah Fergunson também lá passaram a lua de mel.
O célebre navio foi encomendado durante o reinado de George VI, mas o monarca acabou por morrer antes que este fosse lançado. John Brown & Co, o estaleiro onde foram construídos os famosos transatlânticos Queen Elizabeth e Queen Mary, foi o encarregado da sua construção. Após a sua ascensão ao trono, Isabel II introduziu alterações nos planos previstos, e recusou a decoração ornamentada, apostando nos móveis de mogno, nos detalhes em latão, nas paredes brancas e nas tapeçarias de flores que tradicionalmente marcavam presença nos seus palácios.
Segundo Sir Hugh Casson, arquiteto do Britannia, a ideia era transferir a atmosfera de uma casa de campo para o alto mar. Quando foi inaugurado em abril de 1953, tornou-se o maior iate do mundo, um símbolo do poder da coroa britânica. O primeiro porto ultramarino que visitou foi Grand Harbour, em Malta. A família real passava ali alguns dias todos os verões e, a par disso, servia como meio para a monarca e o seu marido visitarem praticamente todos os territórios da Commonwealth, em longas viagens a lugares remotos.
Durante as suas viagens, Isabel II foi sempre convidando líderes importantes a conhecerem o barco. Em 1983, Ronald Reagan e a mulher Nancy foram homenageados a bordo durante uma viagem pela América.
Além de navio da família real inglesa, o Britannia cumpriu ainda outras funções, como tornar-se embaixador de empresas britânicas, nos chamados Sea Days. E até na evacuação de Aden, no sul do Iêmen. Foi em 1986, quando o iate atracou na praia de Khormaksar. A guerra civil estourou no Iêmen do Sul e os navios eram necessários com urgência para evacuar os cidadãos britânicos e outros presos pelos combates. É que como navio da Marinha Real não combatente, o Britannia podia entrar em águas territoriais sem alimentar ainda mais o conflito.
O navio deixou de operar em 1997. Desde que abriu ao público em outubro de 1998 já recebeu mais de 6,5 milhões de visitantes que a ele se dirigem para conheceram os seus luxuosos salões e quartos. O último verão a bordo do Britannia ficou assinalado com várias imagens de Isabel II ao lado dos netos Harry, Peter e Zara Phillips, enquanto cruzavam a costa da Escócia.
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